Pelos Eternos...
A sensação que o reino transmitia era indescritível... Tudo parecia verter vida própria como se uma energia pulsasse e conectasse tudo e todos.
Caminhando pelas ruas comecei a ter mais contato com a cultura das fadas. A cidade inteira estava em festa pois podia se escutar músicas com letras em uma língua estranha por todos os cantos e estabelecimentos, havia fadas dançando em uma roda enquanto outras batiam palmas e cantavam a melodia.
No centro da roda se formava uma criatura com asas com pescoço e cauda alongados, tratava-se de Arkenos. O protótipo de meu Eterno alçou voou por toda a rua, vi as pétalas de flores se moldando conforme sua boca abria para liberar um rugido.
-O nosso povo tem um carinho imenso por Arkenos. -Comentou Rusthen deixando seu guarda nos guiar e diminuir o passo para ficar ao meu lado, senti o olhar de Karias cair sobre nós. -Seu Eterno salvou a cidade de um ataque dos Mensageiros da Morte e dedicou sua lealdade e servidão ao povo das fadas.
Olhei de relance para Karias, afinal ninguém tinha me dito que eu teria que jurar lealdade a um povo. Nem mesmo Arkenos havia me contado isso.
Meu mestre apenas me contemplou por um tempo e se voltou para a multidão.
Conforme andávamos comecei a reparar nas roupas da fadas que por mais que fossem diferentes seguiam um certo padrão.
As fadas responsáveis pela flora vestiam roupas com tecidos leves em tons claros de diversas cores, os vestidos da mulheres eram devorados com bordados de flores e renda e a blusas e calças dos homens continham rendas nas barras e nas bordas.
Já os responsáveis pela fauna tinham roupas que mais lembravam trajes de caçador, as botas de caça e as ombreiras e peitorais feitos de couro de animal era visível tanto em homem quanto em mulheres, os tecidos para as blusas e calças eram mais escuros como verde musgo ou azul escuro.
As fadas guerreiras trajavam armaduras idênticas, havia apenas uma leve diferença nas cores dos ornamentos que deveria servir para identificar a patente dos oficiais.
Os responsáveis pelos lagos e rios usavam roupas leves como os da flora mas havia algo diferente neles, suas roupas podiam até ser de tecido leve mas tinham detalhes pesados nela. Os detalhes em roupa eram feitos com pedras preciosas, todas as blusas e agasalhos continham capuzes com uma outra faixa de pano que serviria para cobrir a boca e o nariz.
Uma fada passou do meu lado, os cabelos loiros contrastavam com o azul de seu agasalho, era visível que ela pertencia ao clã dos rios e lagos, mas o agasalho me chamou a atenção pois ele parecia muito com o de Felícia, que eu estava usando.
Será que eles tinham dado isso para ela quando salvou a cidade? Ou será que ela era um fada ? Se isso fosse verdade significaria que Falis tem sangue de fada?
E por fim os trabalhadores da cidade, esses pareciam mais perto da minha realidade humana já que as suas roupas lembravam bem as que pessoas comuns usam, sendo a única diferença o véu transparente que cai sobre as costas.
As barracas coloridas e charmosas vendiam de tudo, desde alimentos até vestuário e acessórios para casa, um vendedor me abordou enquanto passávamos. Os feirantes ficavam de pé e gritavam para anunciar a multidão de potenciais fregueses as suas mercadorias e os preços delas.
Parei para observar uma barraca que vendia acessórios, feitos de pedra, como: colares, pulseiras, brincos e tiaras.
Havia um colar que me chamará atenção, ele continha um pingente azul escuro que mais me lembrava o céu à noite. Me afeiçoei a primeira vista por ele.
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A Aprendiz do Mago
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