MESS ME 「 Changki 」

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spotlight hino, apenas

[ 🍰 .*+ ]

Tive que aturar, durante todo o primeiro intervalo, Jooheon e Minhyuk falando coisas sobre "tensão sexual" ou "se você não transar até o final do ano, vai continuar virgem eternamente".
Ao voltar para a sala, sem querer esbarrei em Hyungwon, e soube que minha sentença de morte estava escrita no segundo intervalo.
Não apenas eu tinha medo de Hyungwon, como também Jooheon e Minhyuk.

Os dois entraram no colégio antes de mim, e já foram humilhados completamente por Hyungwon. E como eu andava somente com os dois, eu era o próximo alvo.
Respirei fundo antes de abrir a porta da sala e caminhar até minha cadeira. Quando me sentei, retirei o livro de matemática debaixo da carteira e o abri na página que havia parado na noite anterior. Alguns problemas eram complicados demais, e eu provavelmente iria até a sala dos professores no segundo intervalo — se não fosse morto por Hyungwon e seu grupo durante o processo.

[...]

Minhyuk e Jooheon me esperavam do outro lado, e arregalaram os olhos ao ver que eu estava com o livro de matemática na mão.

— Você está estudando? Vai acabar adoecendo, Kyu — Minhyuk reclamou e eu bufei.

— Vou até a sala dos professores — Jooheon rolou os olhos e comecei a andar, sendo seguido por eles.

— Ouvi que Hyungwon quer arrancar sua pele.

— O quê? — exclamei. Minhyuk fez sinal para que eu abaixasse a voz — só esbarrei nele mais cedo.

— Hyungwon é mais chato que minha irmã — Minhyuk disse.

— Mas você não tem irmã, Min — arqueei uma das sobrancelhas. Ele me empurrou em resposta.

— Só ande — Jooheon riu baixinho. Era como se nos esquivássemos de qualquer cara alto que passava por nós. Pegávamos um atalho aqui e ali, evitando qualquer contato com Hyungwon e seu grupo.

Quando chegamos na sala dos professores, abri a porta e averiguei se Hyungwon estava ali. Felizmente, a área estava limpa. O professor de matemática era bem legal, e era um dos poucos professores com quem eu conversava sem ter vergonha.

Aproximei-me e vi que ele estava conversando com um aluno. Sentei-me em uma das cadeiras da larga mesa à direita e deitei o rosto no livro.

— Você quer ajuda? — aquela voz grave surgiu atrás de mim. Levantei-me bruscamente, tanto porque estava assustado quanto porque reconheci a voz de Changkyun.

Acabei atingindo o nariz Changkyun ao me levantar daquele jeito. Eu não sabia se corria ou se pedia desculpas.
O único problema é que minha voz não saía, e eu só quis esconder meu rosto atrás do livro.