REISENDER 「 Changki, 2Won 」

#6

"— Changkyun! — Kihyun gritou ao ver o corpo do de fios de mel cair no chão. Correu até ele, porém o corpo esvaiu-se.

Kihyun olhou para o lado, e tudo que via era a escuridão. À leste, surgiu um espelho com detalhes barrocos dourados em seu entorno. Kihyun andou receosamente até ele, e examinou o reflexo: não era dele, e sim de Changkyun. Uma fina tira de sangue começou a escorrer de seu olho, depois de sua boca, e sua bochecha."

Kihyun acordou velozmente, com a respiração descompassada e o coração acelerado.

— Olha só quem acordou — Wonho sorriu — finalmente, Kihyun.

Hyungwon abriu a porta, e sorriu ao ver Kihyun acordado. Entregou um copo de café para Wonho, e sentou-se no colo do de fios roxos.

— Como está se sentindo?

— Bem, eu acho — Kihyun disse — como estão o resto?

— Já estão tomando café lá embaixo.

Kihyun examinou o quarto: era seu quarto do Traveler. Sorriu ao sentir o cheiro reconfortante do café e dos livros.
Dois toques foram dados, e logo foi possível ver o rosto de Changkyun, que sorriu largamente ao ver Kihyun acordado. O de fios rosados contorceu os lábios ao lembrar-se do sonho.
Hyungwon deu alguns tapinhas no ombro de Wonho antes de se levantar do colo dele e deixarem o quarto. Changkyun riu quando passaram e fechou a porta em seguida.

— Como está se sentindo? — a voz grave de Changkyun acalmou o coração inquieto de Kihyun, que agora já tinha sua vista embaçada — por quê está chorando, Kihyun? — caminhou até Kihyun e sentou-se ao lado dele. Kihyun o encarou antes de deitar a cabeça no colo de Changkyun e chorar cada vez mais. Changkyun molhou os lábios e tocou o cabelo de Kihyun. O acariciou até que o de fios rosados se acalmasse.

"Pennsylvania, 1633.

As espadas colidiram e eles se afastaram.

— Hyunwoo, pegue leve! — Jaebum gritou. Hyunwoo não o achava uma criança mimada, como os outros servos o achavam. Até mesmo porque Jaebum o salvou de ser torturado por um senhor.

— Jae, oponentes fortes vão atrás do filho do rei. Você tem que ser forte também.

Jaebum inflou as bochechas, bateu o pé no chão e sentou-se. Cruzou os braços e olhou para Hyunwoo, que revirou os olhos e caminhou até ele.

— Eu não estarei sempre ao seu lado, Jae — Hyunwoo disse e suspirou em seguida — príncipes e servos não estão no mesmo patamar.

— Então, quando eu pegar o trono, o farei o general do exército! — Hyunwoo riu. O rei aproximou-se e limpou a garganta, de forma a sorrir para o moreno.

Hyunwoo estava em dívida com a família Im, e era seu dever proteger Jaebum.

Até a morte."

— Jaebum não irá nos procurar por um tempo, Kihyun. Não precisa ter medo.

— Eu não estou com medo de Jaebum, Chang — a porta foi aberta, e a fala de Kihyun foi interrompida.

— Youngjae está lá embaixo, Chang — Jooheon disse.

Kihyun olhou para Changkyun, que respirou fundo.

— Já volto, Kihyun — o de fios de mel depositou um beijo no topo da testa do outro e deixou o quarto, sendo acompanhado por Jooheon.

"Eu estou com medo de perder você", era o que Kihyun queria ter dito.