#2

937 148 56
                                    

— Lisa faltou me matar quando eu passei pela porta — Minhyuk riu ao ouvir Changkyun — não é engraçado! Ela é assustadora quando está com raiva.
– Tenho que concordar.

— Quem é Lisa? — Hyungwon indagou. Kihyun aproximou-se com um copo de água em suas mãos pequenas e Changkyun o puxou para que se sentasse em seu colo.

— A conhecemos há cem ou cento e dez anos — Minhyuk disse — e ficamos bêbados no bar dela, bem quando abriu — Hyungwon riu, já imaginando o que viria a seguir — então eu e Changkyun brigamos lá dentro e ela ficou uma fera.

— Talvez ela seja mais forte que Jaebum — Changkyun disse. Kihyun o olhou e se ajeitou em seu colo. O de fios de mel o abraçou e encostou sua cabeça em suas costas — ela é uma boa pessoa, só tem pavio curto — Wonho imediatamente ergueu seus braços em forma de rendição e Changkyun riu — nem o mencionei.

— Você voltou com o cabelo preto, Kihyun — Minhyuk disse — se bem que lembra ainda mais Yun... — Jooheon o chutou por baixo da mesa e Kihyun riu baixinho.

— Eu mudo de cor, se isso o incomoda — Changkyun ficou boquiaberto.

— Nem pense! — exclamou — eu gostei da cor. Ficou lindo em você — Kihyun corou e sorriu antes de beber um gole de água.

Jooheon limpou a garganta.

— Lisa nos disse que podem estar tentando reviver um vampiro antigo, pela quantidade de pessoas drenadas.

— Acha que Jaebum está por trás disso?

— Espero que esteja — Wonho murmurou — assim podemos finalmente matá-lo.

[...]

South Korea, 23:04PM.

— Por quê está do lado de fora? — Changkyun indagou. Esfregou os braços devido ao frio — volte para dentro, Kihyun.

— Eu só queria pensar — Kihyun murmurou. Changkyun aproximou-se do pequeno corpo de Kihyun e sentou-se ao lado dele na calçada.

— Aconteceu alguma coisa?

— Estou tendo visões e sonhos estranhos — Kihyun disse após molhar os lábios.

— Deve ser o cansaço, vamos ent... — Kihyun o interrompeu com um grito.

— Não é cansaço! — Kihyun gritou e se levantou — eu estou ficando louco, Chang! — o olhou — o que está acontecendo comigo? — Changkyun contorceu os lábios e o envolveu em um abraço quente. Mesmo que estivesse frio, Changkyun tentou esquentá-lo com o amor transmitido por aquele abraço. Kihyun deixou uma lágrima cair e a secou, desajeitado, em seguida — o que está acontecendo, Chang?

Changkyun não conseguiu responder. Apenas apertou o corpo de Kihyun contra o seu e apoiou seu queixo na cabeça do outro.

— Vamos entrar — Changkyun murmurou — está frio.

Kihyun afastou-se de Changkyun e o encarou. Tão bonito, pensou. Eu quero protegê-lo, Changkyun.
Changkyun enlaçou seus dedos nos de Kihyun e o puxou para dentro. O fez sentar-se em uma das cadeiras almofadadas e sorriu.

— Farei um café para você — Kihyun abriu um sorriso mínimo e sentiu-se aquecido por Changkyun.

O de fios negros observou Changkyun esquentar a água, moer os grãos, despejar o líquido em uma xícara e o entregar.

— Beba — pediu suavemente com um sorriso. Kihyun molhou os lábios e bebeu um gole do café. "Forte", pensou. "Mas está gostoso" — se sente um pouco melhor? — Kihyun fez um movimento positivo com a cabeça.

— Quem está fazendo café uma hora dessas? — um Wonho sonolento desceu a escada e um sorriso desabrochou em seus lábios carnudos — ainda tem um pouco? — Changkyun sorriu e tratou de pegar outra xícara, a colocou no balcão e pôs o café nela — faz tanto tempo que não bebo do seu café, Chang.

— Só cinquenta anos, Wonho — Changkyun murmurou.

Wonho riu baixinho.

— Obrigado — Wonho disse assim que terminou de beber o café. Deu um suspiro pesado — eu estou com medo desse novo vampiro que está na cidade, Chang.

Você está com medo? — Changkyun riu — essa é nova.

— É um vampiro muito mais forte que nós, Changkyun.

— Conseguimos lidar com Jaebum até agora, não é? — Wonho assentiu — então tudo vai dar certo. Só precisamos encontrar uma forma de o matar, e acabar com isso.

— Não vai ser fácil.

— Eu não disse que seria — Changkyun deu-o uma piscadela.

[...]

— Chang — Kihyun o chamou manhoso — fique acordado comigo?

— Fico, Kihyun — Changkyun disse ao fechar a porta o quarto e apagou a luz. Kihyun deitou-se e sentiu os braços de Changkyun o envolverem.

O de fios de mel deu um beijinho no pescoço de Kihyun e encarou a parede até que percebesse que Kihyun pegou no sono.
Desvencilhou-se dele, levantou-se da cama lentamente e deixou o quarto.

— Não consegue dormir também? — Minhyuk indagou. Estava sentado em uma das cadeiras almofadadas e bebia um pouco de água.

— O que aconteceu com você? — Changkyun perguntou e se sentou à frente de Minhyuk, que suspirou e olhou pela janela.

— Estou apreensivo. Algo me diz que coisas ruins acontecerão.

— Pense positivo, Minhyuk — Changkyun disse — vamos conseguir.

— E você, por quê está acordado? — Minhyuk ignorou completamente o comentário anterior de Changkyun.

— Estou preocupado com Kihyun — suspirou — ele vem tendo pesadelos.

— Isso é normal.

— Ele está perturbado, Minhyuk. Eu sinto isso.

— Às vezes eu esqueço que vocês estão conectados — riu sem vontade — tente o distrair. O leve para sair.

— Kihyun não vai querer sair comigo.

— Já sei! — Minhyuk exclamou — ele vinha resmungando há um tempo sobre não saber se você o ama.

— Eu já disse que o amo.

— Isso não é suficiente — Minhyuk cruzou os braços — você por acaso já pensou em o pedir em namoro? — Changkyun encostou a testa contra a madeira fria da mesa.

— Não — chiou.

— Então peça — Minhyuk bebeu outro gole da água — ele deve estar perturbado por causa disso.

Changkyun riu.

— Merda — murmurou.

REISENDER 「 Changki, 2Won 」Onde histórias criam vida. Descubra agora