REISENDER 「 Changki, 2Won 」

#8

Minhyuk olhou para Jooheon. De fato, o de fios escuros estava inquieto.

— Devíamos ajudar Chang.

— Ele sabe o que está fazendo, deixe-o.

— Como você pode ficar tão calmo numa hora dessas? — Minhyuk murmurou e molhou os lábios. O café estava mergulhado em um clima tenso e frio. Jooheon não sabia o que dizer, mas tinha a certeza de que calmo ele não estava. Preocupava-se com Changkyun, mas sabia que se corresse atrás acabaria por atrapalhar.

[...]

O celular de Wonho vibrara. Desbloqueou-o e viu uma mensagem de Changkyun.

— Wonho? — Hyungwon o chamara pela segunda vez. Cansado e não querendo o chamar uma terceira, arrancou o celular de sua mão e leu a mensagem.

— Changkyun está com problemas — Wonho murmurou.

— Onde fica esse campo?

— Na margem da cidade — Wonho levantou-se, vestiu o casaco e foi seguido por Hyungwon até a porta da casa. Subiu na moto, e não se preocupou em colocar capacete; raramente o usava para falar a verdade.

— Quem é Yunseo? — Hyungwon indagou quando sentou-se atrás de Wonho e abraçou-o. Wonho molhou os lábios e depois os contorceu. Respirou fundo e deu a partida.

Provavelmente, Wonho receberia dezenas de multas por estar nessa velocidade. Ele, por outro lado, não se importava. Ajudar Changkyun era mais importante.
Hyungwon desceu primeiro e Wonho o acompanhou. Changkyun estava em uma clara desvantagem, mas nem por isso havia recuado.

— Não conheço esses rostos — Jinyoung murmurou.

— Eles não vão viver muito para que você reconheça esses rostos na próxima vez — Bambam disse. Sorriu e deu um passo. Vendo que nenhum deles se moveu, aproximou-se de Hyungwon e segurou-o pelo pescoço. Wonho deixou que seus caninos aparecessem, mas a mão de Hyungwon em seu abdômen o aquietou.

Hyungwon riu baixinho.

— Já acabou? — Bambam soltou-o. Hyungwon tocou o pescoço e respirou fundo antes de socar a boca do estômago do outro. Hyungwon cogitou arrancar seu coração, mas acabaria com a diversão rápido demais. Yugyeom rolou os olhos e correu até Hyungwon. Foi surpreendido no meio do caminho com um soco de Wonho. Jinyoung suspirou e andou até Kihyun. Segurou o queixo do de fios rosados e examinou o rosto pálido com manchas de sangue. Bambam o maltratou durante o caminho, tinha certeza disso.

Foi quando se levantou que Jinyoung sentiu uma nuvem de ódio crescer atrás de si, e ela tem nome e sobrenome: Lim Changkyun. O de cabelos de mel ignorou a presença de Jinyoung e apenas tomou Kihyun em seus braços.

— A diferença entre nossos clãs está na lealdade — Changkyun murmurou. Aproximou-se do ouvido do de cabelos negros — não me esquecerei do que fizeram hoje.

Bambam encarava Hyungwon, que estava de braços cruzados. Wonho mantinha seus olhos e atenção fixas nos três inimigos. Changkyun passou por Bambam e Yugyeom, esses que não ousaram se mover devido ao olhar mortal que Hyungwon os lançava.
Kihyun aconchegou sua cabeça no peito de Changkyun, que o olhou e amaldiçoou-se por tê-lo colocado nessa situação.
Changkyun deitou Kihyun no banco de trás e fechou a porta. Colocou as mãos nos bolsos e olhou para Hyungwon.