South Korea, 16 years later.
Minhyuk era muito rápido. Jooheon mal o conseguia acompanhar.
— Você é muito devagar, hyung! — Minhyuk exclamou ao ziguezaguear as árvores em volta do lago.
Jooheon acompanhou-o, logo atrás. Minhyuk cansou-se e sentou-se no chão terroso.
— Você vai perder essa vitalidade caso não beba sangue direito.
Minhyuk suspirou.
Ficou belo com o tempo.
Kihyun, ao lembrar-se que o aniversário de Minhyuk, deixou que Jooheon o transformasse. Além disso, deixou que o filho fizesse o que queria há tanto tempo: tingir o cabelo de loiro.
Um loiro não tão claro, mas também não tão escuro.— Esse poder é ótimo — Minhyuk disse enquanto observava os galhos das árvores tamparem os raios de sol.
— Devemos voltar logo, Minnie — Jooheon falou ao se sentar em um toco de madeira.
— Papai pediu para que você me levasse antes do escurecer — Minhyuk disse emburrado — o sol ainda está escancarado.
Jooheon suspirou. Changkyun o mataria caso chegassem muito tarde.
— Temos tempo ainda, hyung — Minhyuk levantou-se e andou até Jooheon. Agachou-se e tocou sua bochecha; o achava tão fofinho — é bom que terei tempo para te diz... — foi interrompido pelos lábios de Jooheon contra os seus.
Jooheon o ergueu para que se sentasse em seu colo, e assim o mais novo o fez; pediu passagem com a língua, e foi recebido de bom grado pelo Lim.
Um calor percorria o corpo de ambos, e a sensação a cada chocar das línguas era diferente.
Assim que o ar faltou, Minhyuk encarou Jooheon por longos minutos antes de o beijar novamente.— O que você queria me dizer, Minnie? — indagou Jooheon. Minhyuk negou com a cabeça múltiplas vezes.
— Não era nada — sussurrou, ainda de olhos fechados. Minhyuk estava vulneral, e os lábios inchados e vermelhinhos seduziam Jooheon de forma absurda.
— Posso continuar a te beijar? — Jooheon perguntou um pouco mais baixo, com medo de que alguém os ouvisse.
— Pelo o tempo que você quiser — respondeu Minhyuk, ao abrir os olhos e sorriu.
Ambos ouviram algo se mexer na floresta e Minhyuk imediatamente levantou-se do colo do maior, que o pôs atrás de si.
A tensão acabou quando o pequeno Chae apareceu de trás de uma árvore gritando que contaria para Kihyun que o filho havia beijado.
Minhyuk correu atrás do garoto e soube que seu pai o mataria assim que atravessasse o hall.— Kihyun — o filho de Chae sentou-se na cadeira e sorriu assim que Minhyuk aproximou-se — você não vai acreditar.
— O quê? — Kihyun parou de lavar a louça e os olhou — Minhyuk, por quê você está com cara de quem aprontou?
Minhyuk coçou a nuca.
Jooheon apareceu alguns segundos depois, tão desconcertado quanto Minhyuk. E foi apenas com essa cena que Kihyun entendeu tudo. Changkyun tratou de segurar o amado e retirou a faca de sua mão.— Você fez alguma coisa com meu filho, Jooheon? — Kihyun indagou alto.
— Eu o beijei.
O queixo de Kihyun foi ao chão e o pequeno Chae correu para o colo do pai.
— Youngjae, o que você fez? — Hyungwon perguntou ao filho em um tom sussurrado. Wonho os observou e sorriu.
— Nada, pai — disse inocente e abraçou-o.
O fato era que após uns seis anos, Hyungwon achou que estava na hora de adotar uma criança — Changkyun o provocava dizendo que tinha um filho, e ele não. Claro, Hyungwon não deixaria barato. Então, adotou uma criança.
Assim que o viu, Wonho lembrou-se de Youngjae, então o deram esse nome.
O problema veio depois: Minhyuk e Youngjae são como gato e rato; Youngjae é apenas dois anos mais novo, e Minhyuk adora tirar proveito disso.
Talvez isso explique o motivo da "vingança" de Youngjae: foi o troco por todos esses anos.— Ah, só isso? — Kihyun voltou ao normal bem rápido.
— Você não vai brigar, pai? — Minhyuk indagou, meio receoso. Kihyun sorriu.
— Claro que não — afagou o cabelo do filho.
Changkyun puxou Jooheon pela gola da camisa pelo hall e disse:
— Quem vai fazer isso sou eu — Lim sorriu sádico e o arrastou até o lado de fora.
— Em minha defesa, eu n... — Jooheon começou e foi interrompido por um Changkyun o abraçando.
Jooheon não entendeu merda nenhuma, apenas retribuiu o abraço.
— Cuide bem do meu filho — sussurrou.
Changkyun afastou-se e o deu uma piscadela.
— Agora volte e faça de conta que eu briguei feio com você — Changkyun falou e Jooheon assentiu, meio perdido nos acontecimentos.
Changkyun teve de controlar-se para não rir enquanto Minhyuk falava que os sentimentos eram só dos dois, e que o pai não tinha nada a ver com isso. Até que o de fios de mel não se segurou e gargalhou: Minhyuk o estapeou até que suas mãos ardessem.
[...]
— Estranhei você não estar no quarto — disse Changkyun ao se aproximar e se sentou ao lado de Kihyun. Abraçou-o pela cintura e beijou sua bochecha.
— Dezesseis anos passam muito rápido para um vampiro.
Changkyun concordou.
— Minhyuk cresceu bem rápido — o de fios de mel falou e Kihyun sorriu — você está feliz comigo, amor?
Kihyun estremeceu quando ouviu o apelido e o olhou. Seus orbes fixaram-se nos lábios de Changkyun e Kihyun aproximou-se para o beijar.
Um beijo calmo, como se fosse a primeira vez de ambos.— Claro que sim — respondeu Kihyun.
O vento brincava com seus fios, mas não estava tão frio: o sol se punha e aquecia seus corpos diante da brisa.
E aquilo estava muito confortável.
Afinal, Changkyun tinha Kihyun.
E Kihyun tinha Changkyun.Para sempre.
VOCÊ ESTÁ LENDO
REISENDER 「 Changki, 2Won 」
FanfictionOnde Kihyun é um cidadão do Norte que atravessou a fronteira entre as duas Coréias, e Changkyun é seu salvador - esse que esconde um passado sangrento preenchido por dentes pontiagudos. 1ª revisão: 07/01/2019. Capa feita pela leitora mais linda do s...