#3

1K 151 80
                                    

South Korea, 06:22AM.

Changkyun acordou cedo naquele dia. Pela manhã, deu um beijo na bochecha de Kihyun e desceu a escada.

— Faça o que pedi — Changkyun disse quando viu Minhyuk limpando o balcão.

— Sim, senhor — o de fios azuis respondeu.

Jooheon riu baixinho quando Changkyun quase tropeçou ao sair do café.
Andou até seu carro e o dirigiu poucos metros: avistou uma joalheira na outra esquina. "Será que Kihyun gosta disso?", pensou. Valia a pena tentar.
Estacionou o veículo próximo da porta e desceu. Foi recebido por uma mulher quase da sua idade, totalmente trajada de preto, que o deu um sorriso.

— O que procura?

— Quero ver as jóias — Changkyun disse e a mulher assentiu.

— Alguma preferência por anéis ou colares? — ele negou.

— Traga os dois — Changkyun falou e ela deixou-o encarando todas aquelas belas jóias. Os olhos de Changkyun passearam por relógios, anéis, pulseiras e brincos. Todos revestidos em ouro. Assim que ouviu os passos da mulher se aproximarem, andou até o balcão e a observou mostrar os colares e anéis.

O tamanho do dedo de Kihyun era um pouco menor que o seu. Sorriu ao perceber que notara isso.
Changkyun contorceu os lábios e teve uma ideia.

— Vou querer esses — apontou para as escolhas.

— É para presente? — ela indagou.

— Só esse — mostrou.

— Um momento.

O coração de Changkyun batia rápido. Ele até havia se esquecido que tinha um.

[...]

South Korea, 18:33PM.

— Tudo pronto?

— Você demorou muito, Chang — Minhyuk disse — Kihyun deu uma saída com o Hyungwon, algo que eu pensei que jamais fosse acontecer.

— Ele está suspeitando de alguma coisa?

— Nós o acordamos pouco depois que você saiu. Ele já é lerdo quando está bem acordado, então praticamente o puxamos da cama.

Changkyun riu.

— E aonde os dois foram?

— Como Hyungwon perdeu no pedra-papel-tesoura, era a vez dele de ir até Jackson pegar as verduras — Minhyuk disse — então chamou Kihyun para ir com ele.

— Ótimo — Changkyun disse — vou subir e terminar de arrumar.

— Boa sorte, menino Chang — Minhyuk fez um coração com o dedo indicador e o polegar. Changkyun gargalhou e subiu a escada correndo. Abriu a porta e avistou o vinho que pedira para Minhyuk pegar. Sorriu largamente, em uma tentativa falha de espantar seu nervosismo.

Minhyuk havia dito que seria mais romântico se ele dispersasse as velas pelo corredor e pelo quarto, e assim o fez. As acendeu quando ouviu a voz de Hyungwon reclamar sobre o peso da caixa e um Kihyun o mandou parar de ser fresco.
Ajeitou seu terno escuro e esperou que Kihyun subisse.

— Kihyun, vá lá em cima chamar Changkyun — Minhyuk disse empolgado. Jooheon precisou pisar em seu pé para que ele se controlasse um pouco — hoje é ele quem vai cozinhar.

— Sério? — Kihyun estava boquiaberto. Queria experimentar a comida preparada por Changkyun.
Girou os calcanhares e começou a subir a escada: próximo do sexto degrau, avistou uma vela de cada lado. Seus olhos percorreram a extensão da escada e pararam em um Changkyun de terno, com as mãos nos bolsos e um sorriso no rosto — C-Chang...

REISENDER 「 Changki, 2Won 」Onde histórias criam vida. Descubra agora