#9

905 144 46
                                    

— Me desculpe por hoje — Changkyun disse e acariciou a bochecha de Kihyun, que estava em seu colo, o encarando.

— Você tem que pedir desculpas para Mark — Kihyun disse — vá falar com ele.

— Agora?

— Não — Kihyun murmurou e sorriu em seguida. Aproximou seu rosto do de fios de mel — agora você está ocupado — Changkyun sorriu de canto e puxou o rosto de Kihyun para perto; o deu um beijo mais lento, explorando cada canto de sua boca. Mordeu seu lábio inferior antes de dar início a outro beijo. Deitou-o no sofá calmamente e sua mão esquerda adentrou a blusa de Kihyun, que arfou ao sentir o toque. Changkyun se apoiava com a mão direita e vez ou outra parava o beijo para encarar Kihyun.

Jooheon bateu à porta.

— Vamos lanchar — disse — venham logo antes que Wonho coma tudo.

Kihyun riu e Changkyun sorriu ao vê-lo daquele jeito: embaixo de si, com o cabelo desgrenhado, respiração descompassada e os lábios vermelhos.
Changkyun o deu um selinho demorado.

— Vamos? — indagou e Kihyun assentiu.

O de fios de mel abriu a porta.

— Se resolveram? — Wonho perguntou enquanto mordiscava um pedaço de batata frita. Kihyun assentiu, envergonhado.

— Mark — Changkyun o chamou e hesitou antes de completar — depois quero conversar com você.

— Tudo bem.

Minhyuk já está bem melhor. Tão bem que já estava reclamando sobre como a batata frita estava longe dele. Kihyun riu com seus resmungos e Changkyun só sabia admirar Kihyun. Esqueceu-se de mastigar algumas vezes, mas voltou a si com um chute de Hyungwon por baixo da mesa. Sinalizou para que comesse, e Changkyun endireitou a coluna antes de voltar a comer.
Assim que terminaram, Changkyun levantou-se e Mark o seguiu: andaram até o escritório.

— Sente-se — Changkyun disse. Mark assim o fez, sendo seguido pelo de fios de mel — quero pedir desculpas por mais cedo.

— Você tem o direito de ficar bravo. Eu o enganei.

— Nós precisamos nos unir para vencermos Jaebum. Não quero discórdias no Traveler — Changkyun suspirou — vamos trabalhar juntos, sim?

— C-Claro — Mark sorriu.

— Como é ser lobisomem? — Changkyun indagou e Mark riu.

— Só dói na lua cheia. E caso haja um eclipse, perdemos nossos poderes por completo.

— Isso é triste — Changkyun murmurou — vocês têm aversão à prata?

— Não — Mark riu — isso é pura invenção. Vampiros têm aversão à alho?

— Claro que não! — Changkyun fez-se de ofendido, e arrancou uma risada alta de Mark.

— Obrigado por me acolher.

— Obrigado por estar do nosso lado, Tuan.

[...]

Kihyun se remexeu na cama algumas vezes antes de tatear a cama em busca de Changkyun, esse que havia acabado de entrar no quarto e sorriu ao vê-lo fazer aquilo.

— Estou aqui, Kihyun — sussurrou e Kihyun resmungou. Trocou suas roupas sociais por seu pijama de moletom e embrulhou-se ao lado de Kihyun. Abraçou-o por trás, e Kihyun pareceu finalmente ter encontrado sua paz.

— Deu tudo certo? — ele sussurrou. Sua respiração quente batia contra o pescoço de Changkyun.

— Deu. Eu e Mark somos bons amigos agora.

Kihyun sorriu e se aninhou no corpo de Changkyun.

— Como você está em relação à sua mãe?

— Aquela mulher já foi minha mãe um dia — suspirou — hoje é apenas uma carne ambulante vampiresca. E eu tenho que matá-la.

Kihyun apertou o tecido da blusa de Changkyun e o olhou. O de fios de mel também o olhou.

— Eu estarei sempre com você, Chang — Kihyun murmurou e deu um beijo no queixo, já que não alcançava seus lábios. Changkyun sorriu e deu um beijo no topo da cabeça do outro.

— Obrigado, Kihyun — e fechou os olhos — eu também sempre estarei com você.

[...]

— Já está melhor para preparar o café? — Hyungwon indagou para Minhyuk, que assentiu e desligou o fogo — tem certeza?

— Tenho, não precisa se preocupar.

Hyungwon respirou fundo e pegou as xícaras do armário para pôr a mesa. Wonho chegou alguns minutos depois, com uma sacola de pães. A colocou na mesa, deu um selinho rápido em Hyungwon e sentou-se. Abriu o jornal e seus olhos se arregalaram.

— O que houve, Wonho? — Hyungwon dispôs a última xícara e aproximou-se de Wonho. Sentou-se no braço da cadeira e leu a matéria — Chang vai ficar furioso.

— Por quê eu ficaria furioso? — Changkyun desceu o último degrau e abotoava o paletó. Andou até Wonho — mais seis pessoas morreram — murmurou o título da manchete.

— Chang — Hyungwon o olhou sério — matá-la já não é mais uma opção.

Minhyuk colocou o café e o leite em cima da mesa.

— Sem pressão, Changgie — Minhyuk deu-o um beijo na bochecha — vou chamar os outros — deu alguns tapinhas no ombro de Changkyun, que suspirou.

Minhyuk subiu a escada, acariciou Hans, que estava deitado em frente à porta do quarto de Kihyun. Abriu-a e o avistou terminando de se arrumar. Deu-o um sorriso e recebeu outro de volta.

— Bom dia, Minhyuk — Kihyun disse.

— Bom dia, menino do Norte — Minhyuk disse e Kihyun riu — o café está pronto.

— Já desço.

— Coloque comida para Hans quando descer — Minhyuk disse antes de girar os calcanhares e andar até o quarto de Jooheon.

Seu coração gelou quando tocou a maçaneta. O beijou. O tocou. Não devia.
Devia ter deixado seus sentimentos enterrados. Mas a bebida facilitou o despachamento de suas emoções.
Minhyuk respirou fundo e bateu à porta. Girou a maçaneta quando ouviu um "entre".

— O café está pronto — disse. Jooheon sorriu e terminou de ajeitar o cabelo ao se olhar no espelho. Caminhou até Minhyuk e o encarou antes de o dar um selinho rápido — o beijo foi muito bom, Minhyuk.

— O que aconteceu com você?

— Está achando ruim?

— N-Não! — Minhyuk exclamou rapidamente, e isso fez Jooheon rir.

— Venha, vamos descer.

Mark e Youngjae já estavam no último degrau quando Hans pulou em Mark, que o deu carinho por alguns minutos.

— Temos um assunto sério para tratar — Changkyun disse — temos que matar minha mãe — suspirou — de novo.

REISENDER 「 Changki, 2Won 」Onde histórias criam vida. Descubra agora