"South Korea, 1758.
Changkyun avistou o Traveler, mas não sabia se era uma boa ideia cruzar aquela porta. A estrada estava movimentada pelos cavalos e moças conversavam e carregavam sacolas.
A poeira não foi suficiente para cegar a visão de Changkyun: sua mãe estava lá dentro. Só não tão em paz quanto ele pensou que ela estaria. Alguém segurava seu pescoço e a ergueu, encarando-a.
As pupilas de Changkyun dilataram e cerrou os punhos. Atravessou a rua velozmente e abriu a porta tão forte que a quebrou. Uma risada abafada o fez encarar o agressor e a expressão morta de sua mãe. Changkyun levantou o olhar e sentiu a bile subir. O homem jogou a mãe para o lado e Changkyun sentiu o cheiro de sangue.
Olhou para os lados e viu dez corpos sem vida, com as gargantas todas cortadas."— Chang, quem é ela? — Kihyun perguntou novamente. Changkyun chacoalhou a cabeça. Não, não era possível, Changkyun pensou.
Kihyun tocou a mão de Changkyun, que finalmente saiu de seu transe e o olhou.
— Chang, você está pálido — Kihyun tocou o rosto de Changkyun, que apertou o pulso do outro.
— Vamos comer onde? — Changkyun tentou controlar seu coração.
— Tem um restaurante para lá — apontou para o lado direito — eu o vi quando fugi do Traveler uma vez.
— Quando?
— Foi no mesmo dia que conheci Mark.
Changkyun suspirou.
— Vamos lá — Kihyun sorriu e andou até o carro, sendo seguido por Changkyun, que olhou para a mulher novamente: ela já não mais estava lá.
O de fios de mel ligou o carro e dirigiu, seguindo as direções que Kihyun mostrava. Changkyun bateu o rosto contra o volante quando Kihyun pediu para que estacionasse ao lado do bar de Lisa.
— Changkyun? — Kihyun assustou-se.
— Isso não é um restaurante, Kihyun — Changkyun bagunçou o cabelo — é um bar.
— E qual a diferença? Todos têm comida — abriu a porta do carro e a fechou, correndo para a entrada em seguida.
Changkyun bufou. Lisa o mataria se entrasse lá.
O que não faria por Kihyun?, pensou.
Desceu do veículo e andou até o bar.— Se você cruzar essa porta, eu arranco seus olhos — Lisa disse do balcão, apontando o dedo indicador para ele. Kihyun a olhou e semicerrou os olhos.
— Chang, o que você fez? — Kihyun indagou manhosamente e Lisa arqueou uma das sobrancelhas.
— Você conhece Changkyun? — ela perguntou e Kihyun assentiu.
— Sou o namorado dele — Changkyun disse e o coração de Kihyun gelou. Suas bochechas queimaram e Lisa estava boquiaberta. Changkyun finalmente se aproximou e se sentou ao lado de Kihyun — olhe direito para Kihyun e veja se ele não te lembra alguém.
Os olhos de Lisa arregalaram e sua boca formou um perfeito "o".
— Y-Yunseo está vivo?
— Yunseo está morto — Changkyun disse — Kihyun é a reencarnação dele.
— Versão melhorada — Kihyun mostrou os caninos para Lisa e Changkyun riu.
Lisa suspirou.
— O que vão querer?
— Hambúrguer — Changkyun disse — e batata frita.
— Resumindo: o de sempre — Lisa murmurou e Changkyun assentiu — volto já.
[...]
— É melhor avisar a amiguinha de Bambam para que pare de matar tantos humanos — Jaebum disse ao virar a página do jornal — ela já está bem alimentada, pode muito bem viver com café até que tenhamos nossa próxima caçada no leste.
— Acha que não disse? — Jinyoung rebateu — ela é uma vaca louca — bufou.
— Dê um jeito. Nem que tenha que matá-la.
— E perder toda a diversão que está guardada?
— A controle — Jaebum disse e Jinyoung rolou os olhos — quero que Changkyun pague por ter matado Yugyeom e Bambam.
VOCÊ ESTÁ LENDO
REISENDER 「 Changki, 2Won 」
FanfictionOnde Kihyun é um cidadão do Norte que atravessou a fronteira entre as duas Coréias, e Changkyun é seu salvador - esse que esconde um passado sangrento preenchido por dentes pontiagudos. 1ª revisão: 07/01/2019. Capa feita pela leitora mais linda do s...