#10

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A boca de Changkyun estava entreaberta.

— Eu não posso beber seu sangue, Kihyun — murmurou.

— Não pode ou não quer? — Changkyun mordeu o lábio inferior.

— Vá sair com Minhyuk ou Jooheon — Kihyun respirou fundo e levantou-se — vocês têm o dia de folga hoje.

Ele girou os calcanhares e não foi impedido por Changkyun.

"South Korea.

Duas batidas à porta fizeram o coração de Changkyun disparar — ou o que restava dele. Respirou fundo.

Entre — ordenou. Wonho atravessou a sala e sentou-se à frente de Changkyun, que o examinou — o que faz aqui?

Tem sangue dentro de seu freezer agora.

Eu já disse que não vou beber sangue de hospital.

Podemos fazer algumas vítimas agora, se isso o agrada.

Changkyun rolou os olhos.

Minhyuk me contou o que aconteceu ontem — Wonho murmurou enquanto fitava seus dedos — há quanto tempo não se alimenta, Chang?

Perdi a conta — Wonho gargalhou — viver de café me é conveniente.

Ele só esconde a sede, mas se você não se alimentar, você morre.

Changkyun passou a mão pelo cabelo e suspirou.

Sabe que vai atingir seu limite, não é?

Sei.

Não está com medo de atacar Kihyun de novo?

Saia — Changkyun apontou para a porta. Wonho bufou e andou até a porta. Abriu-a e encarou o amigo.

Você precisa comer, Changkyun!"

Quando a silhueta de Kihyun já não era mais visível aos olhos de Changkyun, ele se levantou e vestiu a blusa às pressas enquanto andava até a porta do escritório. Como havia pedido, Kihyun e Minhyuk saíram. Wonho deve ter ido para a casa de Hyungwon, e sabia que não voltariam tão cedo.
Jooheon respirou fundo quando o viu passar pelo balcão e ir até a cozinha.
Changkyun não se preocupou em não fazer barulho. Abria gavetas, vasculhava por cada canto, até lembrar-se de que estavam no freezer.

— Estão escondidos no freezer, Chang — Jooheon disse. Apenas limpava o balcão e observava o vasto movimento do lado de fora.

— Em que lugar? — Changkyun indagou, estava claramente irritado. Jooheon rolou os olhos e andou até onde o de fios de mel estava, de forma a retirar algumas carnes e ervilhas congeladas até que fosse possível avistar as bolsas de sangue.

— Vai beber mesmo? — Jooheon estendeu uma bolsa para o amigo, que a segurou relutante. Molhou os lábios ao ver o líquido vermelho escuro e encarou Jooheon, como se pedisse permissão.

Após um longo silêncio, Changkyun suspirou e olhou para baixo. Jooheon guardou as carnes e ervilhas em seus locais antes de fechar a porta do freezer e observar Changkyun.

— Kihyun me ofereceu seu sangue.

— E você recusou?

— Não posso fazer isso com ele.

— Tem medo de se tornar dependente do sangue dele? — Changkyun contorceu os lábios e olhou para Jooheon. Entregou-o a bolsa de sangue e deixou a cozinha.

REISENDER 「 Changki, 2Won 」Onde histórias criam vida. Descubra agora