Capítulo 6

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Pov. Antonella

Quando sai de casa e vou andando até onde Richard normalmente para o carro. Ele sempre para o carro na esquina perto da minha casa, para que as minhas vizinhas fofoqueiras não descubra, e acabem fazendo fofoca sobre mim por toda vizinhança até que esse assunto acabe chegando aos ouvidos dos meus pais

Veja onde o carro do Richard esta estacionado, me aproximo dele, abro a porta e entro.

Meu lindo namorado me dá um lindo sorriso, se aproxima mais de mim e me dá um longo e apaixonado beijo.

Estava sentindo falta dele, essa semana não podemos nos ver, só nos falávamos por mensagens e ligações, mas mesmo assim não dava para matar a saudade.

- "Oi minha princesa." - ele diz sorrindo.

- "Oi meu lindo príncipe." - digo dando um sorriso nervoso.

- "Amor, você está bem?" - ele diz parecendo um pouco preocupado quando percebe a minha reação.

- "Sim." - digo sem olhar para ele.

- "Antonella é claro que tem alguma coisa que não está me contando, você não é assim e eu pude perceber isso pela sua voz ontem a noite. Estou começando a ficar preocupado com você."

- "Nós precisamos conversar sobre um assunto muito importante. Mas não podemos falar aqui, Felippe vai sair com a Bia hoje e a qualquer momento ele pode passar por aqui e nos ver."  - digo tentando prorrogar esse momento mais um pouco.

Na verdade não sei como começar essa conversa e meu nervosismo não esta ajudando muito.

- "Tudo bem, vamos conversar em outro lugar." - ele concordou resignado.

Richard dirigiu por cerca de vinte minutos e parou o carro em frente de uma pracinha. Esse horário tinha poucas pessoas aqui então podemos conversar mais a vontade.

Saímos do carro, ele pega a minha mão e fomos andando até um banco um pouco mais afastado das pessoas que estavam aqui e nos sentamos.

- "Agora você pode me contar o que está acontecendo." - Richard diz me olhando atentamente.

Respiro fundo reunindo a coragem que preciso para começar essa conversa.

- "Não sei nem por onde começar." - eu estava tremendo de tanto nervosismo.

- "Calma amor e começa a contar tudo desde o começo." -  ele pede paciente.

- "Eu não comentei nada com você antes, mas a minha menstruação estava atrasada há um pouco mais de um mês." - eu começo a dizer.

- "E o quê que tem isso? Atrasos acontecem, não é?"

- "Sim...Mas ontem à noite eu decidi fazer um teste de gravidez só pra tirar a duvida, mas quando o resultado saiu, vi que deu positivo. O que estou tentando dizer Richard... é que eu estou grávida."

Fico olhando para ele esperando sua ração, Richard estava muito calado e ficou olhando para mim em silêncio por alguns segundos, depois ele se levantou do banco visivelmente irritado e praticamente gritou comigo.

- "Grávida? Como você pode estar grávida Antonella, nós sempre nos protegemos!" - ele disse com sua respiração irregular, ele ficou alguns segundos me olhando antes de voltar a falar. - "Você me traiu, Antonella! Como você pode fazer isso comigo?" - ele passa a mão por seu cabelo. - " Quem é o pai dessa criança?"

- "O quê?" - eu perguntei chocada com o que eu acabei de ouvir e meus olhos começaram a ficar marejados.

- "É isso mesmo que você ouviu. Quem é o pai dessa criança? Meu filho é que não é! Então, me diga com quem você me traiu Antonella?" - ele segura o meu braço com força.

- "Não acredito que você está falando isso, Richard! Como você pode pensar que eu te traí? Tudo que eu fiz por você não foi prova suficiente do meu amor?" - digo começando a chorar.

- "Não venha com sentimentalismo pro meu lado agora, Antonella. Você ainda não respondeu minha pergunta!"

- "É você, seu idiota. Você é o pai desse bebê."

- "E você ainda quer que eu acredite nisso? Só nos víamos praticamente nos finais de semana, isso quando você podia e nós sempre usamos proteção!"

- "Nem sempre!" - eu digo.

- "Escuta aqui não vou cair nesse seu golpe!"

- "Golpe? Você acha que eu estou te dando um golpe?" -  eu perguntei incrédula.

Ele olha sério pra mim.

- "Não vou assumir um filho que não é meu, ouviu bem Antonella? Procure outro idiota pra assumir esse bastardo, por que eu estou fora!" - ele diz e vai embora a passos apressados.

- "Richard!!!" - eu gritei e ele simplesmente me ignorou.

Como posso ter me enganado tanto com uma pessoa? Como ele pode desconfiar de mim dessa forma? Eu achei que ele me amava! Como pude ser tão burra por acreditar nas vezes que ele dizia que me amava? Que ia sempre estar comigo! Como um pai pode rejeitar o próprio filho desse jeito?

Meu Deus o que eu vou fazer da minha vida agora? Como vou criar de uma criança sozinha?

Meus pais vão me matar!

Como vou conseguir contar isso para os meus pais? E se eles me abandonarem também? O que vai ser de mim? O que vai ser dessa criança inocente?

Muitas perguntas rondavam na minha cabeça, estava chorando descontroladamente, estava com o coração partido, me sentindo humilhada, magoada, com medo, sem saber o que fazer, e principalmente estava me sentindo muito sozinha.

Um Amor IncondicionalOnde histórias criam vida. Descubra agora