Capítulo 15

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Estamos saindo de casa em silêncio, mas quando passamos pelo lugar onde o Richard sempre parava quando vinha me buscar, suspiro fundo e sinto os meus olhos se enchem de lágrimas.

Felippe olha pra mim percebendo que eu não estou bem e imediatamente me. lança um olhar preocupado.

- "Você está bem?” - meu irmão me pergunta.

- “Sim, eu estou bem...só me lembrei de...algumas coisas... que me machucam.” - digo enquanto uma lágrima escorrendo por minha bochecha e imediatamente trato de limpa-la.

Eu não vou mais chorar por Richard.

- “Você ama mesmo aquele cara?" - Felippe me pergunta seriamente.

- “Sim Felippe, eu o amo muito, me dói ele não estar ao meu lado pra passarmos por isso juntos. Mas agora isso não importa mais, Richard partiu o meu coração, me humilhou e rejeitou nosso filho. Por isso estou decidida a tira-lo do meu coração e esquecê-lo.”

- "Sinto muito por você está passando por isso, se eu pudesse mudar isso, eu faria” - ele segura a minha mão e dá um leve aperto.

- “Eu sei que sim, Felippe. Mas está tudo bem, uma hora essa dor que eu estou sentindo agora, vai passar.” - digo olhando pela janela do carro.

- "Só não se esqueça de que não está sozinha, na verdade vocês dois não estão sozinhos." - ele diz e eu olho para ele lhe dedicando um pequena sorriso.

Não conversamos mais nada durante o resto do caminho até a escola. e E em menos de 15 minutos, Felippe estaciona em frente a escola.

- “Obrigado pela carona Lippe.” - digo dando um fraco sorriso enquanto tiro o cinto de segurança.

- “De nada irmãzinha, se cuida.” - ele sorri pra mim.

- “Vou me cuidar e vê se você também se cuida, tchau.” -  falo e do um beijo na sua bochecha

- "Tchau!" - ele diz e eu saio do carro.

Respiro fundo e começo a andar em direção à escola.

Ainda bem que estamos no último mês de aula e logo as férias chegará, não sei se aguentaria os olhares tortos, as fofocas e as brincadeiras de mal gosto desse povo enxerido.

Quando voltarmos as aulas, eu estarei com quase seis meses e eu não sei se eu vou continuar estudando, talvez eu possa ter uma professora particular e estudar em casa, mas isso eu terei que ver com os meus pais mais pra frente.

Quando a minha barriga de grávida começar a aparecer, eu sei que vou ser julgada e apontada por ser mãe solteira e ainda mais por ser tão nova.

Mas o meu bebê vai ser a minha força para poder passar por tudo o que está por vir daqui pra frente.

Um Amor IncondicionalOnde histórias criam vida. Descubra agora