Capítulo 53

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Pov. Antonella

Se passaram duas semanas desde que recebi aquela ligação que ameaçava a minha filha e eu. Depois daquele dia recebi outras ligações e mensagens dizendo para mim afastar de Richard, eu tenho feito o máximo que posso para isso, mas realmente fica muito difícil já que temos uma filha juntos.

Não contei nada sobre essas ameaças para o Richard e muito menos para os meus pais, mas eu tenho um certo receio que se eu contar algo para eles, essa pessoa descubra que eu contei pra eles e tente fazer alguma coisa para a minha filha.

A minha preocupação não é nem comigo mas sim com a Manu. Eu sei que se Richard souber disso e ficaria mais próximo de nós e é aí que estaria o problema.

Acho que estou ficando paranoica, sinto que estou sendo vigiada a cada segundo do dia, minha mãe já percebeu que tem algo de errado comigo por causa da minha mudanças de comportamento e fica me perguntando se esta tudo bem ou se esta acontecendo alguma coisa que eu gostaria de contar pra ela e a minha resposta é sempre a mesma "ESTA TUDO BEM MÃE, NÃO ESTA ACONTECENDO NADA", ela finge que acredita e não diz nada.

Hoje eu sai sozinha com a minha mãe, ela sempre dizia que fazia muito tempo que não tínhamos um dia "Mãe e filha", então hoje resolvi sair só eu e ela. A Manu ficou com Nina, estou bem tranquila pois sei que com Nina a Manu ficará bem.

Estávamos sentadas numa mesa no meu restaurante favorito, estamos passando um bom tempo juntas.

- "Filha, esta mesmo tudo bem?" - minha mãe pergunta.

- "Esta tudo bem sim."

- "Tem certeza, você esta muito estranha." - ela pergunta desconfiada.

- "Tenho sim."

Ela ficou me olhando por alguns segundos e depois continuamos a comer. De vez em quando eu olhava para trás e para os lados porque eu sentia que estava sendo observada. Minha mãe me olhava preocupada. Mas não dizia nada em relação ao assunto.

Acabamos de almoçar e a minha mãe decidiu ir as compras, eu não estava muito afim de fazer compras, mas não reclamei. Compramos bastante coisas, minha mãe estava nitidamente feliz, eu gostei mas tinha alguma coisa que não me deixava aproveitar completamente.

- "Olha filha! Esse vestidinho vai ficar lindo na Manu."

- "Vai mesmo, é a cara dela."

- "Então vamos levar!"

- "Mãe, vamos demorar muito?"

- "Não por que?"

- "Por nada, só estou um pouco cansada."

- "OK, só vou pagar essas coisas, para podermos ir embora."

- "Tá bom!"

Minha mãe foi até o caixa pagar pelas compras, enquanto eu fiquei mexendo no meu celular, quando recebi uma mensagem de um número desconhecido.
Desconhecido:
"Eu te avisei várias vezes para se afastar dele, então aguente as consequências."

O que essa maluca quer dizer com isso?
Agora eu realmente estou com medo!

Esse não é o mesmo tipo de ameaças como as outras, é quase como se tivesse afirmando que faria alguma coisa. Minha mãe se aproxima de mim e me olha preocupada franzindo as sobrancelhas.

- "Você esta bem, filha?"

- "S-sim. Vamos para casa." - eu disse gaguejando.

- "Vamos" - ela disse me entregando algumas sacolas e me guia para fora da loja.

Caminhamos pela calçada em silêncio, sentia o olhar de minha mãe sobre mim de vez em quando, mas eu mantive o meu olhar para frente. Paramos na faixa de pedestre para esperar sinal fechar, já que o nosso carro estava do outro lado da rua.

Depois que o sinal abriu, as pessoas começaram a atravessar a rua, assim como eu e a minha mãe.

Quando estávamos na metade da rua, minha mãe acelerou o passo. De repente escutei um barulho alto de pneus derrapando, olhei para o lado, vi um clarão. Escutei um grito, senti uma pancada e tudo ficou escuro.

Um Amor IncondicionalOnde histórias criam vida. Descubra agora