Capítulo 12

9.6K 696 18
                                    

Pov. Antonella

Acordei sentindo uma mão mexendo no meu cabelo, quando abro os meus olhos e vejo que é a minha mãe.

- “Mãe? O que aconteceu?” - falo me sentando.

- “Você desmaiou no banheiro e o seu pai te trouxe para a cama.” - ela disse com a voz suave. - “Como você está se sentindo?”

- “Ainda um pouco tonta, mas estou bem.”

- “Nina vai trazer o café da manhã para você, essa tontura deve ser fraqueza.”

- “Tudo bom.”

- “Você sabe que, você, eu e o seu pai precisamos ter uma conversa.”

- “Sim. Eu sei.” - disse olhando para baixo.

- “Você gosta mesmo desse rapaz?” - eu olho para ela.

- “Sim, mais do que eu deveria.” - digo com os olhos marejados. - “Ele é o primeiro cara que eu já gostei em minha vida.” - uma lagrima escorre pelo meu rosto. - “E o primeiro que partiu o meu coração.”

- “Como ele te tratava?”

- “Ele sempre me tratou muito bem, desde o dia que eu o conheci. Nós beijamos pela primeira vez no dia que ele me pediu em namoro, quatro meses depois que nos conhecemos. Nunca me pressionou a nada, nem mesmo em relação ao sexo, ele esperou até que eu tivesse pronta para me entregar a ele. Por isso que eu não consigo entender o motivo dele ter desconfiado de mim, dizendo que eu o traí e que esse bebê não é dele. Nunca nem dei motivos para ele desconfiar de mim, sempre fui completamente sincera com ele.” - eu já estava chorando quando terminei de falar. E minha mãe me abraça.

- “Sinto muito minha filha.” - ela me dá um beijo na testa.

Ficamos alguns minutos assim, ela me abraçando e eu chorando no seu colo, até que Nina entra no meu quarto trazendo uma bandeja com o meu café da manhã.

- “Com licença.” - ela coloca a bandeja no meu colo. - “Trouxe o seu café.”

- “Obrigado Nina.” - limpo as minhas lágrimas e dou um pequeno sorriso a ela.

- “De nada, minha menina.” - ela disse e saiu do meu quarto.

Comecei a tomar o meu café em silêncio, não estava com fome mas acabei comendo mesmo assim. Quando termino de comer, minha mãe pega a bandeja do meu colo e coloca em cima do criado mudo.

- “Agora vai tomar um banho, qualquer coisa me grita, vou estar aqui te esperando.” - minha mãe diz, eu apenas assenti com a cabeça e vou para o banheiro tomar banho.

Alguns minutos depois, saio do banheiro de banho tomado e vou para o meu closet. Coloco minhas roupas íntimas e um vestido branco com flores e uma rasteirinha preta. Penteio o meu cabelo e deixo solto. Quando volto para o meu quarto e vejo a minha mãe ainda sentada na cama.

- “Pronta?” - ela pergunta.

- “Sim!”

- “Então vamos.” - eu assenti.

Saímos do meu quarto e descemos as escadas. Ao chegar na sala, vejo que meu pai e meus irmãos estão sentados no sofá e quando me aproximo, os quatro percebem a minha presença e olham para mim de forma sincronizada.

- “Vem cá!” - meu pai estende a mão para mim.

Um pouco relutante, caminho até o meu pai e ele simplesmente me puxa para um abraço aapertado. Não consigo evitar e começo a chorar nos braços do meu pai, enquanto ele faz um carinho na minha cabeça.

Quando o meu choro cessa e me sinto um pouco mais calma, nós nos separamos.

- “Precisamos conversar.”

- “Eu sei.”

- “Sente-se.”

Me sento ao lado do Felippe e meu irmão me abraça.

- “Pra começo de conversa precisamos saber o nome do pai do bebê.” - meu pai diz me olhando.

- “O nome dele é Richard Carter.” - digo suspirando enquanto olho para baixo.

- “Carter? O mesmo Richard Carter filho do dono da empresa de publicidade?” - meu irmão Fellipe pergunta.

- “Ele mesmo.”

- “Você sabe que precisamos ir lá conversar com eles, não é?” - meu pai diz e eu nego com a cabeça.

- “Não... Não, nós não precisamos.” - digo e todos olham para mim.

- “Como assim não Antonella?”

- “Não quero que Richard se aproxime de mim e nem do meu bebê.”

- “Mas minha filha ele é o pai do bebê, ele tem que assumir suas responsabilidades.” - minha mãe diz me olhando.

- “Assumir as responsabilidades? Onde está ele agora? Ele me humilhou, rejeitou o próprio filho e me abandonou. A senhora acha que ele quer assumir alguma responsabilidade depois do que fez?”

- “O que você pretende fazer?” - meu pai pergunta.

- “Pretendo cuidar do meu filho da melhor forma que eu puder.”

- “Tem certeza disso minha filha?”

- “Sim papai.”

- "Você sabe que pode contar conosco!.”

- “Obrigado.” - falo com um lágrima escorrendo da minha bochecha.

- “Você não está sozinha irmãzinha!” - Matteo diz e eu sorri para ele.

- “Sabe eu até que eu já estou gostando da ideia de ser tio!” - Lorenzo comenta.

- "Deus, ainda não acredito que vou ser avó. Eu ainda sou muito nova!.” - minha mãe diz e nós rimos.

Nós ficamos conversando durante um bom tempo. Na hora do almoço, minhas cunhadas Beatriz; a namorada do Felippe e a Pâmela; a namorada do Matteo vieram almoçar com a gente.

Passamos o dia inteiro em família e as minhas cunhadas adoraram saber que vão ser tias e começaram a fazer planos para o bebê. É bom saber com quem eu posso contar com elas, mesmo elas terem entrado para a família a pouco tempo.

A atitude dos meus pais me surpreenderam, eu pensei que eles fossem gritar comigo, me bater ou até mesmo me expulsar de casa, mas eles me apoiaram como sempre faz. É tão  bom saber que posso contar com a minha família na hora que eu mais preciso.

Nós podemos até não ser uma família perfeita, mas somos muito unidos e nunca abandonamos quem amamos.

Um Amor IncondicionalOnde histórias criam vida. Descubra agora