Capítulo 41

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Pov. Richard

Acabei de sair da casa de Antonella e sai com o meu coração apertado. Ouvir da boca dela tudo o que ela sofreu por minha causa acabou comigo, se eu não tivesse sido um homem tão covarde tudo isso seria diferente, nós estaríamos juntos até hoje e criando a nossa filha juntos como deve ser, seriamos a família que sempre sonhamos ter juntos, mas agora eu vou ter que acostumar a precisar marcar hora para ver a minha filha.

Porque fui um homem tão covarde?

Por minha culpa a mulher que eu amo estar com raiva de mim, além de estar muito magoada por causa de minhas ações, eu consegui ver nos olhos dela o quanto está machucada e me dói ainda mais saber que eu sou o motivo da sua dor.

[...]

O trânsito está fluindo muito bem hoje, o caminho de volta para minha casa foi muito tranquilo e em poucos minutos chego em casa. Quando eu entro vejo que minha casa esta muito silenciosa.

Vou para o meu quarto, tomo um banho relaxante, eu coloco à minha roupa, e desço em direção da cozinha. Peço para a cozinha preparar alguma coisa para mim comer e levar para o meu quarto, mas quando estou saindo eu me lembro de perguntar aonde a minha mãe está, eu me viro e pergunto a cozinheira.

- "Lúcia você sabe onde está a minha mãe?" - eu pergunto e ela olha para mim.

- "Ela está no jardim com a sua irmã." - ela disse.

- "Obrigada Lúcia."

- "De nada, meu menino."

- "Ah, em vez de levar o meu lanche para o quarto, você pode levar para o jardim."

- "Claro." - ela diz sorrindo.

Vou em direção ao jardim e vejo minha irmã brincando enquanto a minha mãe está mexendo no notebook. Assim que ela me vê, fecha o notebook e olha atentamente pra mim.

- "E aí como foi com a Antonella? A criança é mesmo sua?" - ela pergunta olhando para mim.

- "Foi bem... Nós tivemos uma boa conversa." - eu disse. - "E sim, a menina é mesmo a minha filha."

-E como você pode ter tanta certeza que ela é sua? Você pediu o DNA?"

- "A Manu se parece comigo e também o meu coração me diz que ela é minha. E em relação ao DNA, eu não pedi." - eu disse é minha mãe ia falar alguma coisa, mas eu a impeço. - "E mesmo se eu pedir, Antonella não iria se opor."

- "Então peça o DNA pra ter certeza de que essa menina não está te dando um golpe."

- "Eu não vou pedir nada, eu sei que ela é a minha filha! E por favor não se meta mais nisso, é um assunto meu e eu sei o que faço!" - eu falei e vi o semblante da minha mãe ficar raivoso.

- "Faça o que você quiser Richard, quando essa menina te fazer sofrer novamente, não venha contar comigo. Você sabe o que faz!" - ela diz e entra para dentro de casa com raiva.

Não sei o que aconteceu com a minha mãe, ela não era assim, ela mudou da água para o vinho.

Porque ela projeta uma culpa em Antonella, se o verdadeiro culpado da minha infelicidade sou eu mesmo?

O único errado em toda essa história fui eu, e ela redireciona a sua raiva para Antonella. Minha mãe não vê o que eu fiz? Por culpa da minha covardia abandonei a mulher que eu amo e a minha filha.

Nós já fizemos muito mal para elas, está na hora de nos redimir, minha filha merece um pai presente, uma família unida, mas com a minha mãe agindo dessa forma vai ser um pouco difícil.

Me sento em uma das cadeiras do jardim e fico pensando na vida, em como vai ser daqui para frente, e como vai ser a convivência com a Antonella. Eu também sei que eu vou ter que enfrentar os seus pais que me odeiam, seus irmãos mais velhos provavelmente vão querer me matar por causa do que eu fiz com a sua irmã e eu até entendo, eu também tenho uma irmã mais nova, se o que aconteceu  com Antonella tivesse acontecido com Katherine eu estaria morrendo de raiva e acabaria com o cara.

Mas não importa o que aconteça, eu vou tentar ao máximo ser presente na vida da Manu, ser o pai que ela merece ter, se possível fazer de tudo para que Antonella me perdoe e quem sabe possa ter as mulheres da minha vida ao meu lado. Se isso acontecer eu vou ser o homem mais feliz do mundo.

Um Amor IncondicionalOnde histórias criam vida. Descubra agora