Um Amor Incondicional

Capítulo 42

Pov. Antonella

Faz duas semanas que Richard teve aqui na minha casa e nós dois conversarmos. Desde aquele dia sempre que ele pode vem para ver a Manu ou marcamos em uma pracinha. Ver os dois juntos me deixa muito emocionada, eu sonhei tanto com esse momento, é incrível que em pouco tão tempo os dois criaram um laço muito bonito de se ver, é como se a minha pequena soubesse que o Richard é o seu pai.

E eu tenho certeza que ela sabe!

Meus pais ainda não sabe da aproximação do Richard, mas de uma coisa tenho certeza é de que quando eles ficarem sabendo irá ter uma confusão na certa, meus irmãos com certeza vão querer acertar as contas com ele.

Tudo o que eu menos quero é uma briga, o que passou, passou não temos como mudar os nossos atos do passado, mas podemos mudar o nosso presente. Eu não quero a minha filha cresça no meio de uma briga de família, eu quero que ela cresça bem, longe de toda essa confusão, ela é a única inocente dessa história toda.

Hoje o Richard combinou comigo numa pracinha às 2:00hs da tarde, para que ele possa ficar um pouco com a Manu, eu vou ter que falar com a minha mãe, não quero esconder mais nada dela. Eu sei que ela vai ficar uma fera e provavelmente não vai querer me deixar ir, mas o que eu posso fazer, mesmo depois de tudo o que Richard fez comigo, ele tem o direito de ver a filha, e eu também não quero tirar esse direito dela de ter um pai.

Eu tinha acabado de arrumar a Manu para sairmos e a coloquei sentadinha no tapete como alguns brinquedos para ela se distrair enquanto eu me arrumava.

De repente houve uma batida na porta do meu quarto e a porta do meu quarto se abre lentamente revelando a minha mãe.

- "Oi filha, a dona Júlia me falou que você vai sair." - ela disse entrando no meu quarto.

- "Sim mãe, vou sair um pouquinho com a Manu." - eu disse penteando o meu cabelo.

- "Pra onde vocês vão?" - ela pergunta se sentando na minha cama.

Eu parei o que estava fazendo e olhei pra ela. Deus isso é tão difícil. Minha mãe vai surtar! Fecho os olhos e respiro profundamente e depois volto a olhar para ela, que me olha com expectativa da minha resposta.

- "Mãe...eu tenho que te contar uma coisa."

- "Pode dizer Antonella!"

- "A senhora pode não gostar o que eu vou dizer, mas a senhora tem que saber. Mãe, eu vi o Richard!"

- "O que? Aquele cara voltou a te procurar? Não vai me dizer que você vai se encontrar com ele? Me responde Antonella!" - ela praticamente gritou e a Manu olhou para minha mãe assustada e começou chorar.

Eu olho para a minha filha, vou até ela e a pego no colo.

- "Shhh, clama meu amor, a vovó não tá brigando." - eu digo tentando acalmá-la, dou um beijinho em sua testa e ela coloca a cabeça no meu ombro. - "Sim mãe e nós conversamos."

- "Sobre o que vocês conversaram Antonella?" - ela disse tentando se controlar pra não voltar a gritar.

- "Ele veio falar comigo, quando eu vi ele fiquei surpresa, não esperava que ele viesse até aqui, não depois de tudo o que ele fez. Nós conversamos e eu joguei na cara dele algumas coisas que estavam entalado em minha garganta a muito tempo, ele me pediu perdão pelo que fez comigo, por ter me abandonado, por ter rejeitado a Manu." - eu fiz uma pausa e respirei fundo, minha mãe me olhava atentamente esperando que eu termine de falar. - "Ele estava tão diferente, mais maduro e parecia ser tão sincero quando chorava me pedindo perdão." - eu falo olhando pra ela com os meus olhos marejados.

Eu sei que posso parecer boba por ainda amar o homem que me fez sofrer tanto, mas nós não mandamos no nosso coração. Se fosse assim as coisas seriam muito mais fáceis.

- "E você perdoou ele?" - minha mãe pergunta me olhando nossos olhos.

- "Eu o perdoei, mas isso não quer dizer que eu esqueci o que ele fez comigo."

- "Vocês estão indo se encontrar com ele, não é?" - ela pergunta bem mais calma.

- "Sim mãe, ele quer ter mais contato com a filha."

- "Agora ele tem filha, ele não tem o direito de querer vê-la."

- "Mas a minha filha tem o direito de conhecer o pai, ela é a única inocente nessa história." - eu digo.

- "Você sabe que o seu pai precisa saber disso?"

- "Eu sei mãe, e eu tenho certeza que vai dar uma enorme confusão."

- "Pode apostar nisso!"

Nós ficamos em silêncio por um tempo, até que a minha mãe resolve quebrá-lo.

- "Antonella me responde uma coisa. Você ainda o ama?"

- "Mãe, eu nunca deixei de amá-lo." eu falo e ela assente.

- "Você voltaria para ele, se ele te pedisse?" ela fala me olhando.

Eu voltaria para ele?

Essa é uma boa pergunta!

Eu ainda o amo, mas não me esqueci do que ele fez comigo.

- "Eu não sei. Sinceramente eu não sei..."