Capítulo 48

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Pov. Antonella

Meu coração está batendo muito acelerado,e a opressão que estou sentindo em meu peito é tão forte que chega até doer.

Entro na minha casa e vou correndo até a sala onde o inferno está acontecendo. Assim que eu entro, eu vejo a pior cena que eu podia ver, o meu pai está socando o rosto de Richard que já está com o rosto ensanguentado, enquanto o Richard nem mesmo se mexe, fica apenas parado enfrentando toda a ira do meu pai.

Meus irmãos também estão na sala, eles não fazem nada, apenas fica assistindo o meu pai agredir o Richard. Minha mãe está gritando pedindo que o meu pai parasse, enquanto era segunda por Matteo impedindo que ela se aproxime do meu pai, pra tentar separá-lo do pai da minha filha.

Assim que eu vejo toda aquela cena, eu começo a chorar, afinal eu também tenho a minha parcela de culpa nessa situação. Ver o meu pai transtornado agredindo o homem que eu amo e o pai da minha filha, parte o meu coração.

Me aproximo de onde eles estão e tento chegar perto do meu pai e do Richard, mas dois braços me impede, me segurando por trás. Eu olho para trás e vejo que o Felippe está me segurando.

- "Me solta Felippe!" - eu digo com a voz entrecortada e me debato tentando me soltar.

- "Eu não vou te soltar! Esse cara só está tendo o que merece!" - Felippe diz de maneira fria.

- "Felippe, se o papai continuar batendo no Richard desse jeito vai acabar matando ele!"

- "Não vai fazer falta nenhuma!"

- "Esse desgraçado merece isso é muito mais!" - Lorenzo diz.

- "Cala boca Lorenzo!" - eu grito com Lorenzo. - "O que aconteceu com você? Você não é assim Felippe, cadê aquele cara que não gostava de brigas que presava uma boa conversa?" - eu disse com raiva e ele não respondeu nada.

Olho novamente para aquela cena, vejo o Richard com o rosto inchado e sangrando e o meu pai continua batendo nele.

- "Papai, por favor para! Você vai acabar matando ele." - eu falo soluçando e meu pai olha pra mim.

- "Felippe, tira a Antonella daqui! Eu vou acabar com esse desgraçado." - meu pai diz.

Assim que aquelas palavras sair na boca do meu pai, eu senti um aperto no meu coração eu não poderia deixar no meu pai me machucar o Richard mais do que deixar machucou. Eu começo a me debater tentando me soltar do Felippe, mas meu irmão continua me segurando  fortemente e tenta me arrastar para fora da sala.

- "Nem pense nisso Felippe!" - eu grito me debatendo e acabo pisando no pé do meu irmão que acaba me soltando.

- "Antonella me obedece e saia daqui agora!" - meu pai diz olhando com raiva para mim, mas ele ainda segurando a gola da camisa de Richard.

Desvio o olhar do meu pai e olho para o homem que eu amo, que nesse momento está olhando para mim. Eu olho nos olhos dele e mais lágrimas escorrem pelo meu rosto, depois desvio o olhar do Richard e volto a olhar para o meu pai.

- "Não papai, eu não vou sair daqui!" - eu disse firme.

- "Antonella, não vou falar de novo, você obedece ou eu vou..."

- "O que? O senhor também vai me bater?" - eu olho para ele não o reconhecendo.

Meu pai não diz nada, fica apenas me olhando.

- "Giuseppe solte esse menino agora!" - minha mãe diz pra ele, e ele olha pra ela. - "Matteo é melhor você também me soltar agora ou as coisas vai ficar feia pra você também."

- "Mas mãe, esse idiota merece!" - Lorenzo diz.

- "Lorenzo acho melhor você ficar com a boca calada!" - ela olha pra ele. - "Agora me solte Matteo."

Matteo solta a minha mãe e levanta a mão em sinal de rendição e minha mãe vai em direção do meu pai.

- "Solta ele Giuseppe, isso já está passando dos limites." - minha mãe diz e meu pai solta o Richard que acaba caindo no chão.

Imediatamente corri para ajudá-lo, mas antes que eu chegasse perto do Richard, meu pai segura o meu braço.

- "Não ousa a encostar nesse traste!" - meu pai rugiu para mim, apertando o meu braço com força e eu gemi de dor.

- "Ai, solta o meu braço papai, o senhor está me machucando!" - eu digo chorando. - "Olha o estrago que você fez, papai." - eu digo olhando para o Richard. - "Onde está aquele homem que sempre nos ensinou que violência não leva a lugar nenhum? Aquele homem que nos ensinou a ter princípios, aquele homem que eu admirava por ser sensato e justo?" - eu falo olhando nos seus olhos. - "Ele desapareceu! Esse homem aqui na minha frente é completamente o oposto do pai que eu conheço, eu não estou te reconhecendo mais." - eu soluço e nesse momento o meu pai olha estático pra mim e me solta.

- "Vamos sair daqui, você precisa se acalmar." - minha mãe diz segurando o braço do meu pai.

Com um pouco de dificuldade; já que o meu pai não queria sair, minha mãe consegue arrastar o meu pai para o escritório, Matteo e Lorenzo também saíram da sala, me dizer mais nada  só enviando olhares de ódio na minha direção o qual eu fiz questão de ignorar. Na sala ficou apenas Felippe, Richard e eu.

Eu olhei para o meu irmão decepcionada, ele olhou para mim como tivesse arrependido.

Não esperava essa atitude dele, realmente me surpreendeu e foi para pior...

A única coisa que eu estou sentindo nesse momento, é decepção!

Um Amor IncondicionalOnde histórias criam vida. Descubra agora