Capítulo 40

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ELES SE TROCARAM NO BANHEIRO DE UM HOTEL LOCAL, não querendo chamar a atenção das pessoas para seus planos. Tinha sido gentil da parte de Marie oferecer a eles um abrigo - principalmente porque tinham pouco dinheiro para pagada , mas não podiam arriscar colocar ela e Daniella no radar de Reinhardt.

Shay esperou no lobby enquanto as mulheres colocavam os vestidos que Takeda havia mandado cada um deles de alguma forma perfeito para a mulher que o usava. Os conhecimentos de Takeda claramente iam muito além de linguística e esgrima.

Reena estava deslumbrante de branco, o vestido era curto o suficiente para exibir as longas pernas. O cabelo ruivo contrastava de forma ardente com a pureza do vestido, e as mangas recatadas se contrapunham ao decote profundo.

-Você está maravilhosa - disse Ava.

O vestido violeta era ainda mais bonito no corpo do que quando estava na caixa, acentuando suas curvas ao mesmo tempo em que mantinha a clássica de elegância que era um direito inato do sobrenome Winters. Ava perguntou-se se Takeda havia escolhido aquela cor em homenagem ao vinho que era o legado de sua família.

-Vocês duas estão incríveis - disse Jane, admirando seu próprio reflexo e o vestido de renda rosa-arroxeado que Takeda lhe enviara.

No momento em que chegaram ao lado de fora da propriedade, a noite havia descido sobre o terroir. Reena e Ava deixaram Shay e Jane no carro de Marie, estacionado nas sombras de uma rua lateral raramente usada por qualquer pessoa, a não ser os trabalhadores rurais.

-Deseje-nos sorte - disse Ava, levantando o vestido ao sair do carro.

-Boa sorte - disse Shay.

Jane ficou quieta, cismada com a falta de um papel definido para ela nos acontecimentos da noite. Ava compreendeu, mas nem ela mesma sabia de tudo, graças aos lábios infamemente fechados de Shay.

Atravessando o longo gramado, Reena e Ava se apressaram na descida da colina íngreme que era a espinha dorsal da propriedade. Elas passaram por fileiras de uvas cobertas com panos para afastar pássaros predadores. Tudo era estranhamente familiar, o rico cheiro das plantações guiando-a pelo caminho até sua casa.

Reena não gostou tanto assim do cheiro.

-Mas que fedor dos diabos é esse? - murmurou. - É um cheiro horrível.

Ava soltou um riso abafado no escuro. Fertilizantes, uvas amadurecendo... é o cheiro de uma vinícola.

-Bom, mas é horrível - disse ela, xingando quando seu calcanhar ficou preso em uma das videiras.

-Por aqui - disse Ava, conduzindo Reena por uma ravina íngreme que as levou para perto da propriedade.

Ao longe, o Lago Barryessa brilhava sob a luz do luar, seu brilho provendo-lhes um pouco de luz extra enquanto viajavam debaixo do guarda-chuva escuro das uvas Petit Verdot que cresciam pelos cantos da vinícola.

Finalmente chegaram aos fundos da casa principal. Ficaram sob o abrigo das parreiras por alguns minutos, verificando se alguém havia testemunhado sua chegada.

Quando viram que o caminho estava livre, elas se apressaram pelo terreno aberto até o terraço dos fundos. Mas, em vez de ir adiante, Ava começou a andar em círculos e a explorar o terreno. - Droga - Ava xingou. - Onde será que está?

Revenge Treinamento para Vingança - Jesse LaskyOnde histórias criam vida. Descubra agora