Sétima Filha - Traída

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Sem revisão e meio corrido pq sim. - A autora.

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Todos os meus sentidos gritavam em estado de alerta total.

Eu sabia que havia algo a me observar, porém, desta vez era diferente.

Minha respiração estava entrecortada, e a cada passo de meus pés eu sentia o borbulhar de meus dons, como um aviso silencioso.

A floresta estava acordada, e isso não era bom. Ela nunca se mostrara mais horrenda quanto agora. — Escura como jamais antes, observadora e sobretudo silenciosa e, esse era o sinal que deixava todos os meus sentidos em alerta.

Ando devagar pois um único passo em falso pode mudar todo o meu destino.

Ouço um farfalhar em um arbusto próximo, me viro abruptamente com a espada em mãos e pronta para usar meus dons. Porém, não ha nada.

Engulo em seco e volto a caminhar.

Meus músculos estão tensos, sinto um aperto no peito que cresce constantemente.

— Calyn.

Congelo.

Não pode ser...

Rapidamente, meu peito sobe e desce com a respiração pesada ao final de minha compreensão.

— Gael?

— Calyn!

Travo meu maxilar com força, até escutar meus dentes rangerem.

Não, não, não!

— Calyn, me ajude!

Não escute, é só um truque!

Continuo caminhando, mas quase travando a cada novo passo.

— Calyn, ele está aqui!

Um calafrio percorre por toda minha espinha.

Pé-ante-pé.

— Calyn, eu estou com medo. Aonde você está?

Minha irmã continuava a gritar.

Apenas um truque.

— Ôh meus Deuses... CALYN!

Corro em direção a sua voz.

Possa ser que seja um truque, mas não me importo. Corro, mesmo sentindo minha pele ser rasgada conforme galhos traiçoeiros, afiados das árvores negras me cortam. — Gael, minha irmã, a pessoa mais frágil de nossa família... se algo a acontecesse, morrer, para mim, seria apenas um alívio.

Continuo a correr, mesmo sentindo meus músculos doerem e meus pés escorregarem cada vez mais confome subo o terreno íngreme, rumo ao alto de uma campina.

Tropeco e caio no chão por conta de uma pedra cheia de musgo. Sinto o gosto metálico do sangue e minha boca, porém apenas levanto e continuo a subir. Uso minhas mãos como ajuda para que meu corpo não role colina a baixo.

— Calyn... Argh!

Desespero me atinge com força. 

Sua voz nunca esteve mais apavorada quanto.

— Gael?

Silêncio. Não obtenho resposta alguma.

— Ga-Gael??? — um soluço sai de minha garganta.

Chego ao alto da campina, sem me importar com a ardência em todo o meu corpo, continuo correndo.

— Gael, fale comigo!