Masturbate me, lovely and exciting boy

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[N.A] Tardei, mas cheguei :)) Como estão meus unholers? Espero que não tenham esperado muito, eu passei a tarde toda escrevendo esse capítulo. Particularmente, ele foi o melhor de toda a fic, eu AMEI escrevê-lo, e tenho certeza que terei muitos surtos nos comentários hehe *bad laugh*
Mas enfim, não tenho recados, nem nada de interessante aconteceu nessa semana. Estou quase entrando de férias *HALLELUIA* só falta a semana de recuperações, mas eu só fiquei de três, então estou praticamente de férias, já.
Provavelmente semana que vem eu comece meu novo projeto larry, chamado Endless, e espero que leiam e gostem! :)
De qualquer maneira, agradeço com todo o meu coração os comentários do capítulo anterior, eu fico surpresa com a capacidade que vocês tem de me surpreender cada vez mais e mais, com seus surtos, os elogios, eu realmente amo vocês de todo o coração, vocês me fazem muito feliz, acreditem :)
AH SIM, ANTES DE LEREM, É IMPORTANTE, AQUI Ó!!
Eu sempre traço planos pra fic, e já deixo estipulado tudo que vai acontecer ao decorrer da fanfic, inclusive o final (sou estranha, eu sei), e eu já tinha planejado todos os casais da fic, mas, lendo seus comentários, eu fiquei em dúvida e pensei: “Vou mudar tudo”, e, a partir do que vocês decidirem, eu escreverei! E ai, o que eu devo fazer na fic: ZIAM, NIAM OU ZIALL?
Eu, particularmente, shippo todos, não consigo escolher nenhum, mas lembrem-se da Grace (linda diva sexy) e ela vai desempenhar um papel MUITO importante ainda, então escolham bem, e me digam nos comentários qual a sua escolha! :)
Sem mais delongas, podem ler e aproveitem o meu presentinho de férias pra vocês ;)
P.S.: Alguém ai sabe inglês? Eu fico me perguntando se vocês entendem os títulos mega estranhos e spoilers ;)
P.S.S.: Aumentando o número de páginas da fic, é assim que eu gosto! *LOL* [/N.A.]

3º. P.O.V.

Durante toda a sua vida – ou pelo menos parte dela que ele viveu fora da cadeia – não é como se Harry Styles fosse exatamente do tipo ciumento. Claro, já havia tido alguns relacionamentos antes, tanto com garotos quanto com garotas (todos tinham um passado tenebroso). Mas, esses relacionamentos, eram do tipo que você colocaria como 'Em um relacionamento aberto' no status do Facebook. Harry não fazia muita questão de usar aliança, ou sair por ai de mãos dadas, ele nem ao menos se importava em ser o único, desde que entre quatro paredes, o sexo fosse bom. Ele só se importava com seu próprio prazer, e estava pouco se fodendo se o seu parceiro – ou parceira – dava para um outro qualquer.

Desde que se encontrara com Louis, estava experimentando sensações e sentimentos nunca sentidos antes por ele, o que, particularmente, o estava irritando por demais. Não estava acostumado a admirar o outro, a sentir vontade de beijá-lo e segurá-lo o tempo todo, que dirá aquele insano desejo de protegê-lo inconscientemente todos os segundos. Parecia que, tudo que desprezara e pulara durante o episódio Nick Grimshaw de sua vida estava voltando a tona, inclusive a maldita puberdade e os hormônios – nem mencionaria a espinha horrível que encontrara em sua testa naquela manhã.

Dessa maneira, quando avistou seu pequeno Loueh nos braços daquele... brutamontes cheio de músculos e de testa grande, teve que se segurar para não surtar e socá-lo até que arrancasse seus braços, para depois socá-lo com seus próprios braços. Seu temperamento nada paciente não o estava ajudando a pensar racionalmente, não como um leão defendendo um pedaço de carne – ele também poderia comparar um leão defendendo seu filhote, mas suas intenções com Louis iam muito além dos laços puros e familiares de filhotes e seus pais, e não gostaria de estragar aquela bela relação com seus pensamentos maliciosos.

Involuntariamente fechou a cara em uma carranca um tanto pronunciada, já que Zayn mordeu os lábios para não rir, o encarando com uma sobrancelha erguida, do tipo “Dude, você está mesmo com ciúmes disso?”. O de olhos esverdeados estava com o rosto avermelhado, fitando o casal que entrava no local e se sentava no sofá, ainda em um meio abraço. Louis ficou no meio, entre ele e o outro, suas pernas se tocando. O menor o olhou de rabo de olho, sorrindo de lado, meio hesitante, tentando passar com os olhos uma mensagem de que tudo ficaria bem, no final. E parecia ir tudo bem mesmo, enquanto a voz alta e trepidantemente animada de Niall ecoava por todo o cômodo, preenchendo o possível silêncio com um monólogo interessantíssimo, este cujo Zayn ouvia atentamente. Liam fitava algum ponto fixo na parede, parecendo irritado com a proximidade do irlandês com o badboy.

Uma bolha de tensão arrolhou as paredes, e, aos poucos, o único barulho existente foi sumindo, aos poucos, e todos ficaram em silêncio, se entreolhando, esperando a bomba explodir e a guerra começar.

Louis estava particularmente nervoso nos braços de Liam. Sabia que o garoto estava se segurando para não brigar com Harry, por ele, e sabia também que aqueles dois dariam muito pano para a manga. Sentia, internamente, que era duas faces da mesma moeda, dois polos iguais, logo, eles não se atraíam. Niall parecia relaxado, alheio a qualquer coisa, e Zayn era a incógnita, apenas esperando a onda para se levar.

Harry, ao seu lado, estava indiferente, e era isso que mais preocupava o Tomlinson. Desde que voltara da cozinha, o garoto estava com uma careta no rosto, os olhos gélidos encarando descaradamente Liam e seu braço em torno da cintura de Louis. O garoto engoliu em seco, considerando a hipótese absurda de Harry estar com ciúmes. Era meio impossível, já que ele era Harry Styles. Harry Styles sempre se garantia em tudo, e era Harry Styles quem tinha seu coração, não Liam. Mas, ao ver, Harry Styles não sabia disso.

– Bem, o que faremos agora? – Niall quebrou o silêncio, novamente, e Louis sentiu vontade de beijá-lo por ser tão cara de pau – Poderíamos jogar videogame, sei lá, qualquer coisa que me faça passar o tempo. – propôs, e mais que depressa Louis se levantou, quase se ajoelhando de gratidão.

– Ótima ideia! – exclamou – Realmente é uma ótima ideia. Que jogo?

– Que tal FIFA? É o único que eu sou bom. – Zayn deu de ombros, resolvendo ajudar Louis naquela situação constrangedora. Ele realmente havia gostado do garoto.

– Aposto que consigo acabar com você, Zayn. – Niall provocou, e o moreno riu alto, piscando para ele.

– Aposto que não consegue, loirinho. – rebateu, e os dois riram, enquanto Liam bufava alto, cruzando os braços na altura do peito. Harry recostou no acolchoado escuro, sorrindo satisfeito da desaproximação entre Lou e o outro, cujo nome não fizera questão de lembrar. Cruzou os braços intimidadoramente, ainda mantendo-se calado e observando seu amigo com o loiro. Harry realmente havia ido com a cara dele, diferente do bombado, ele era sociável, engraçado, desvergonhado e mais, havia feito Zayn interagir-se socialmente, feito raro que nem mesmo o cacheado conseguia fazer.

O Malik não era um poço de simpatia, e sua imagem de encrenqueiro que o rodeava junto com a jaqueta pesada de couro e os cigarros não ajudavam muito. Onde quer que fossem, a placa de neon brilhante de PROBLEMA afastava quem quer que fosse. Não que fosse um problema de fato. Depois de sair da prisão, Harry aprendera a não confiar em ninguém. Se fechara dentro de seu próprio mundo perdido, até encontrar Louis. Em poucos dias, sentia-se dependente dele, e até assustava-se um pouco. Sentia-se perdido, sem rumo. Ele era um barco, e Louis era sua bússola em um mar agitado.

O garoto voltara com uma caixa aparentemente nova e um DVD nas mãos, ajoelhando-se a frente da TV e tirando o aparelho de dentro, instalando-o dentro de um espaço na estante. A posição favorecia uma bela visão traseira de suas coxas torneadas e de sua bunda à Harry, que sorriu malicioso, sentindo seu amiguinho despertar depois de um longe tempo.

Há muito que Harry não tinha relações com ninguém – tanto afetivas quanto físicas – e admitia para si mesmo que tirara a sorte grande encontrando Louis. O de olhos azuis tinha a aparência angelical, e sua personalidade era calma e bondosa, contrastando com seus atributos físicos que o levavam do céu ao inferno em milésimos de segundos. Seus braços fortes, seu peitoral definido, suas pernas e – principalmente – sua bunda faziam Styles sonhar acordado, desejar apertá-lo entre seus dedos e marcar toda sua pele, porém, não queria forçá-lo a nada. Essa situação o deixava particularmente irritado, além de gastar mais horas no banheiro.

O garoto terminou de arrumar o aparelho, sentando-se novamente no sofá, entre Harry e Liam, ambos com carrancas nada amigáveis no rosto, enquanto Zayn e Niall sentavam-se no chão carpeteado, empurrando a mesinha de vidro para o lado e acomodando-se com algumas almofadas nas costas.

– Eu não sou muito bom nesse jogo. Quem quer começar? – esticou os controles, e Zayn rapidamente pegou o primeiro. Niall fez menção de pegar o segundo, mas Liam foi mais rápido, tomando-o para si.

– Eu quero ir contra o topetudo. – sorriu ironicamente, enquanto Zayn retribuiu o ato, mordendo os lábios.

– Pode vir, big guy. – provocou. Niall olhou para ambos e deu de ombro, sem se importar, recostando em seu lugar fitando a tela. Louis suspirou pesadamente, tornando a recostar ao lado de Harry, que apenas ria baixo.

O Tomlinson encostou seu braço contra o de Harry, e o choque foi inevitável. Agora que ele estava ali, sozinho – como era para ser – o Styles resolveu abandonar seu orgulho e deixar bem claro de quem Louis era. Passou seu braço pelos ombros do menor, que ficou rígido por alguns segundos e relaxou, puxando-o contra seu peito. O cheiro doce de Louis subiu ao seu nariz, e ele inspirou fortemente, apertando-o possessivamente contra si, porém o de olhos azuis não notou. Sentia-se confortável nos braços de Harry, e estava internamente feliz por ele ter abandonado o que quer que estivesse lhe incomodando, mesmo ainda estando preocupado com Liam e Zayn.

– Eles não estão se dando bem. – murmurou apenas para o cacheado, que apoiava seu queixo contra a cabeça de Louis.

– Mmm. – murmurou sonolentamente, mais preocupado em acariciar o menor – Deixe disso, doçura. Eles irão se entender rápido, pode apostar. – conhecia Zayn como a palma de sua mão, e já percebera que o moreno havia se interessado e muito pelo brutamonte.

– Espero que você esteja certo. – Louis replicou, baixo, acomodando-se mais contra Harry, jogando suas pernas para cima do sofá. Liam olhou de canto de olho, esperando Zayn escolher seu time, mas nada disse.

Estava tudo em paz, por enquanto, mas o jogo ainda não havia começado. Apenas Louis sabia o quanto o amigo era competitivo, e, caso não vencesse, a situação poderia ficar muito, muito séria. Enquanto esperava pelo pior, Louis perdeu-se em pensamentos, algo que não era tão incomum assim, tratando-se dos acontecimentos recentes.

Um dos – vários – assuntos que preocupavam o menor era sua estadia no quarto dos fundos de Rosemare. O assunto surgira do nada, mas Louis era meio aleatório, já se acostumara com isso. Sentia-se abusando da boa vontade da senhora, e desde que Harry comentara no dia anterior, no carro, aquilo vinha o incomodando cada vez mais. Além de não querer ser um peso, sentia saudades de um lugar só seu, quem sabe um apartamento como o dos amigos, ou até mesmo um quarto de hotel, para ele qualquer coisa servia. Só achava que era hora de ter um lugar só seu, ser independente, não depender de favores dos outros, seu orgulho e sua dignidade eram maiores que aquilo.

Assim que pudesse, começaria a procurar algo acessível. Continuara trabalhando na confeitaria, por hora, e assim, quem sabe, bancar algo relativamente confortável, além de suas necessidades básicas de alimentação e vestimentos. Não queria se afastar da senhora, que fora tão bondosa, e, surpreendentemente, queria conhecer melhor Fizzy.

– Quero sair da loja. – comentou baixo. Não sabia porque comentara, já que Harry não lhe dizia nenhum respeito. Não estavam em um relacionamento, mas sentia-se impelido aquilo, era quase mecânico. Queria incluí-lo em todos os seus pensamentos e suas decisões. O garoto o olhou de cima, surpreso.

– Como disse, Lou? – replicou, murmurando.

– Acho que está na hora de eu arranjar um lugar só pra mim, sabe. – explicou, brincando com a bainha da blusa do outro, distraidamente, ação qual Harry achou estranhamente adorável.

– Sabe, doce, eu apoio totalmente essa decisão. – decretou, sorrindo de orelha a orelha – Já tem algo em mente? – quis saber.

– Ainda não, mas acho que vou procurar algo que eu possa pagar. Vou continuar trabalhando lá, provavelmente mais regularmente, e quem sabe comprar algo bonitinho. – deu de ombros.

– Mmm. – fez um muxoxo pensativo – Entendi. Bem, sou totalmente a favor. Se quiser, posso te ajudar a procurar.

– Obrigado pela oferta, mas eu me viro. – Louis era extremamente orgulhoso para pedir a ajuda de Harry, e sabia que o cacheado sabia disso.

Estava claro que Harry não aceitaria aquela resposta, poderia ser mais teimoso que Louis. Sabia que o garoto era demasiado orgulhoso para aceitar sua ajuda para procurar algum lugar, que dirá para pagá-lo. Ele jamais aceitaria, tinha certeza, mas não é como se o de olhos verdes estivesse pensando em pedir sua permissão. Tinha uma quantia significativa de dinheiro parado, mofando em algum banco. Nunca tivera ninguém com quem gastar, e, agora que encontrara o menor, queria enchê-lo de mimos e presentes, tratá-lo como ele merecia. Conversaria com Zayn, sabia que o moreno o ajudaria a encontrar um bom apartamento, e então, faria uma surpresa. Provavelmente ele ficaria puto com Harry, mas não resistiria por muito tempo, o de olhos verdes o conhecia bem o suficiente para saber disso.

Louis era bom demais para se irritar com alguém, Harry nem ao menos o imaginava matando uma mosca sem se sentir culpado depois. Sua personalidade boa o fazia ser um alvo fácil para os aproveitadores de plantão, e apenas o pensamento já fazia com que ele tivesse vontade de estourar os miolos de qualquer um que se atrevesse a mexer com seu Louis.

O prefixo era outra coisa que o fazia pensar um pouco. O pronome possessivo parecia certo, encaixado ali, mas, de alguma maneira, não fazia muito sentido. Se conheciam há apenas oito dias – não que ele estivesse contando, claro – e ele já sentia essa necessidade sub-humana de tê-lo apenas para si. Não é como se fossem namorados, mas se tratavam como tal. Harry não acreditava nessas coisas formais desnecessárias, mas ficava se perguntando se Louis se importava com aquilo, com a relação deles.

– No que está pensando, amor? – escutou a voz doce sussurrar em seu ouvido, e sua respiração parou, analisando a frase aparentemente inocente. Segundos depois, sorriu torto, enquanto a doce palavra ecoava em sua mente como um soneto de sinfonia de harpas angelicais. Louis se deu conta do que havia dito, e começou a corar lentamente, até atingir algo parecido com o violeta – M-me d-desculpa, eu não quis cha-

– Ei, está tudo bem, babe. – Harry o interrompeu, sorrindo, acariciando a lateral de seu rosto, o vendo estremecer e inclinar-se levemente para o carinho – Eu não estava pensando em nada em especial. Apenas refletindo sobre algumas coisas. – beijou o canto de sua boca, deixando um rastro de calor.

Definitivamente, a palavra 'amor' nunca lhe soara melhor. Louis parecia a personificação da fofura, principalmente quando corava ou ficava envergonhado, o que acontecia muito frequentemente, geralmente ao se beijarem, ou quando o cacheado lhe elogiava ou dizia algo malicioso. Adorava lhe provocar e ver suas maçãs atingirem o rubro. Era extremamente adorável.

Um urro frustrado os assustou, tirando-os de sua bolha particular e os separando. Viraram para frente, vendo Niall gargalhar e Liam puxar os fios para cima, parecendo extremamente irritado. Na tela, o nome do jogador campeão piscava incessantemente, e este indicava o controle de Zayn, que coincidentemente sorria aberta e vitoriosamente.

– Parece que você perdeu, bonitão. – Liam fechou os punhos enquanto o Malik piscava atrevidamente para ele.

– Zayn. – Harry advertiu divertidamente, enquanto Louis corria seus olhos de um para o outro preocupado com o que poderia sair daquilo.

– Está tudo bem, Haz. – o moreno replicou, dando de ombros – Ei, loirinho, vamos jogar agora. – chamou, e Niall rapidamente tomou o controle, se aproximando enquanto Liam saltava para a poltrona, cruzando os braços.

– Pare de chamar ele assim. – murmurou irritadiço.

Louis estava confuso. Sabia do ciúme quase obsessivo que Liam sentia do bebê irlandês dele, mas aquilo estava um pouco demais, afinal, Niall sempre fora o mais sociável dos três, e fazia amizades mais rápido do que comia, e olha que ele comia muito rápido. Não entendia do porque da reação do mais alto quanto ao Horan e Zayn, era somente um jogo.

Já Harry sacara tudo, e parecia se divertir com toda a situação, tanto pela parte do triângulo confuso do amigo com os outros dois, quanto pela face confusa que Louis estampava, olhando para os amigos com o ar preocupado. Sua inocência para certos assuntos era extremamente adorável, assim como tudo nele. Mas aquela aura de bondade certamente era o mais charmoso.

Niall e Zayn iniciaram um novo jogo, enquanto Liam bufava no outro canto. Louis balançou a cabeça, em descrença para a atitude do outro, e sorriu, divertido.

– Pare de ser mau perdedor, Liam, nós sabemos que você nunca foi um bom jogador, de qualquer maneira. – comentou. Niall riu alto, e Zayn e Harry se limitaram a dar risadas baixas.

–  Falou o garoto-mãos-de-fada, né. – sua voz era seca, mas ele sorria, e sua sobrancelha estava erguida sugestivamente. Louis corou, rindo baixo.

– Já disse para parar de lembrar disso. – replicou, e eles sorriram, cúmplices, enquanto Niall gargalhava, no chão.

Harry fitou a cena calado, observando o vínculo de camaradagem que se formara entre os dois, e o ar de irmandade que se instalara junto com a brincadeira, de algum modo, o incomodou. Mais especificamente, o deixou irritado pra caralho.

Queria saber sobre toda a vida de Louis, e ver que eles tinham piadinhas internas o deixara inexplicavelmente nervoso. Não suportava a relação deles, e isso era algo desconhecido para ele, afinal, ele mesmo tratava-se assim com Zayn. Era algo natural de grandes amigos, mas o sentimento quente e obsessivo de dentro de seu peito não parecia se importar com aquilo.

Retirou o braço dos ombros de Louis, o empurrando ligeiramente para o lado. O garoto o fitou, confuso, vendo o mais novo fechar o rosto e cruzar os braços. Não estava entendendo nada. Até pouco tempo estavam bem, e agora ele estava ali, novamente, irritado. Será que fizera alguma coisa de errado?

– Onde fica o banheiro? – perguntou, duro, talvez ácido demais, já que Louis se encolheu um pouco no lugar, o fitando preocupado e muito confuso.

– N-no final do corredor. – gaguejou, e Harry se levantou rápida e duramente caminhando em passos largos sem dizer mais nada. Louis o observou sumir, não entendo absolutamente nada do que acabara de acontecer.

Enquanto isso, Harry bufava, procurando pelo cômodo. Ao encontrar, entrou e encostou na pia, respirando pesadamente. Nem mesmo ele havia entendido aquilo. Fora preciso alguns míseros segundos para todo o clima romântico e confortável entre ele e Louis ir por água abaixo. Não conseguia se controlar, e, pessoalmente, achava que estava sendo um grande rainha do drama, mas era apenas mais um adolescente ciumento com o novo namorado e os nervos à flor da pele.

Não queria magoar Louis, nem ao menos deixá-lo confuso, mas fora inevitável. Liam, ou que raios que fosse o seu nome, o irritava apenas de estar respirando o mesmo ar que ele. Ele parecia ser do tipo de amigo zeloso e cauteloso que não suportava. Não era como se ele fosse pai de Louis, e desde que entrara naquele apartamento, soube que não se dariam bem.

Abriu a torneira e borrifou água em seu rosto, tentando se acalmar do pequeno surto ridículo que o assolara. Limpou-se com a toalha pendurada na parede e se fitou no grande espelho. Seus olhos estavam dilatados, a boca entreaberta e as bochechas meio avermelhadas. Os punhos estavam apertados, e as costas, eretas. Respirou mais uma vez, soltando todo o ar pela boca, sentindo os batimentos diminuírem gradativamente.

De repente, a porta foi aberta lentamente, o fazendo pular. Um Louis apreensivo e preocupado entrou, fechando a mesma atrás de si e rodando a chave, uma atitude inusitada vindo do de olhos azuis. Harry o fitou, mordendo os lábios. Mesmo na situação que se encontravam, sua mente insistia em projetar uma cena onde ele erguia o garoto pelas pernas, o prensava na parede e o beijava furiosamente. Foco, Harry.

– Vo-você está bem? – sua voz calma e hesitante deixava Harry se sentindo mais culpado do que antes. Não suportaria ver Louis chorar ou se preocupar por sua causa.

– Eu estou bem, doçura. – murmurou, o puxando para perto de si e rodeando sua cintura, acariciando seu rosto. Louis fechou os olhos, suspirando, e Harry detalhou, pela primeira vez, seu rosto. A maneira que seus cílios se alongavam, ou como a proporção entre seus olhos e seu nariz era perfeita – Me desculpe por aquilo.

– O que aconteceu? – sussurrou, apoiando as mãos contra seu peito delicadamente.

– Nada, eu apenas... – suspirou pesadamente – Droga. Desculpe-me. Eu não sei, eu apenas fiquei irritado em te ver trocando piadinhas com Liam. – respondeu amargurado.

– Foi pela brincadeira? Deus, Harry, se você quiser eu posso te contar sobre aquilo e-

– Não foi pela brincadeira em si, Loueh. – o interrompeu – Merda. Eu só... fiquei com ciúmes. Pronto, foi isso. – trincou os dentes. Admitir em voz alta era bem mais humilhante do que apenas em sua mente. Louis o fitou por dois segundos antes de desatar a rir. Até mesmo sua risada era adorável e excitante. Merda, Louis, você quer me matar?

– O que é tão engraçado? – perguntou Harry, com a cara fechada. Louis acariciou seu peitoral, ainda rindo.

– Você com ciúmes de Liam! – exclamou, os olhos quase fechados em fendas e um grande sorriso estampado.

– Acha isso engraçado, hm? – Harry sussurrou, sorrindo tenebrosamente, e Louis parou de rir aos poucos, se assustando. Em um impulso, o cacheado ergueu o menor pela cintura, segurando-o com força, e este soltou um grito agudo, por impulso, grudando suas pernas contra a cintura de Harry, que sorriu. Friccionou seus corpos, e Louis gemeu baixo – Você é meu, Louis. – sussurrou contra seu ouvido, vendo-o se arrepiar, antes de atacar seus lábios com volúpia.

Harry apenas não estava aguentando mais. Ver Louis e não desejá-lo era impossível, era como a Lua existir sem o Sol. Não era natural.

Apertou suas costas contra si, enquanto Louis agarrava seu pescoço, com medo de cair. Apoiou o menor contra a pia, irrompendo sua boca furiosamente. Nunca haviam se beijado assim antes, e Harry estava praticamente explodindo de excitação.

Suas bocas se atacavam com uma fúria indomada, suas línguas se encaixando em uma dança lenta. Louis, por outro lado, nunca havia estado naquela situação. Claro, já havia tido amassos com algumas garotas, há muito – muito – tempo atrás, mas não chegava nem aos pés daquilo. Seu corpo arrepiava-se inteiro ao sentir as mãos grandes de Harry lhe apertar contra si, e sentia um incômodo desconhecido em seu baixo-ventre. Um repuxo doía, e um calor se apoderou dele, o fazendo querer mais e mais, chegando a assustá-lo. Apenas deixava Harry conduzir a situação, por este ser mais experiente, e não estava se arrependendo.

Suas mãos estavam em sua nuca, massageando-lhe levemente, por vezes procurando pelos tão desejados cachos, puxando-os involuntariamente e fazendo Harry gemer contra o beijo. O som do maior gemendo era como música para os ouvidos de Louis, e, no momento, nem sequer passava por sua cabeça o quão errado era aquilo. Louis só queria beijá-lo mais e mais, sentindo-se mais incomodado e quente a cada segundo.

Seu estômago se revirava com os toques trocados. As mãos habilidosas de Harry percorriam toda sua lateral, apertando-a e marcando-a, fazendo com que o de olhos azuis soltasse pequenos gemidos e até mesmo gritos abafados pelo beijo agridoce do Styles. Os minutos corriam como areia na ampulheta, e quando o ar se fazia rarefeito, eles se separavam milimetricamente. Harry se via incapaz de parar de sentir o gosto de Louis, colando, em seguida, seus lábios contra o pescoço do menor, mordendo e lambendo toda sua extensão, deleitando-se com os sons expelidos do garoto. Este jogava a cabeça para trás, expondo-se, vulnerável, aos toques viciantes do cacheado. Queria senti-lo mais, queria que ele o explorasse, queria ser marcado por seus lábios.

Logo voltaram a se beijar, com mais ardor do que antes, e o cômodo tornou-se abafado de repente. Seus corpos se uniam como um só, e, atrevidamente, Louis começou a unhar sua nuca ligeiramente, arrepiando até a alma do de olhos verdes, que gemeu longamente. Inconscientemente, Louis sorriu orgulhoso, aproveitando o som doce.

– Céus, Louis, como você é gostoso. – murmurou contra seu pescoço, chupando o local fissuradamente. O Tomlinson não teve tempo para corar com o elogio, já que sua garganta rasgava com novos gemidos. Nunca havia sentindo aquilo antes, e todas as sensações eram novas e deliciosamente surpreendentes.

Seus olhos se reviravam nas órbitas, e, sentindo um desconforto percorrer todas suas células, Louis apertou-se contra Harry, friccionando seus corpos. Seus membros se chocaram, e os gemidos de ambos se misturaram no ar. Louis já não aguentava mais de dor, e suas mãos passaram a percorrer por dentro da camiseta de Harry. O garoto sentiu as mãos gélidas do menor contra sua pele quente e mordeu os lábios, soltando grunhidos desconexos.

– H-harry... – Louis gemeu baixo, como um choramingo triste.

– O que foi, babe? – Harry provocou, a voz sexy, uma mão segurando-o pela cintura e a outra em sua coxa, sua mão enchendo-se ao apertá-lo fortemente.

– E-está doendo... – choramingou contra o ombro de Harry, que imediatamente entendeu o que ele quis dizer, e sorriu sacana.

– Pode deixar que eu cuido disso para você, doçura. – atacou seus lábios, mordendo-os e sugando-os contra os seus.

Deixou o garoto sentado na pia, encostando-se contra suas pernas, que o rodeavam com uma força desconhecida para ambos. Louis perdia-se contra a boca de Harry, se perguntando se havia, no mundo, algo mais viciante que ela. Suas mãos agiam com vida própria, bagunçando-o de todos os lados, sentindo seus músculos definidos e arranhando-os.

O cacheado percorreu suas mãos contra sua lateral, a outra ainda segurando sua coxa, massageando-a, e parou acima do cós de sua calça, sentindo um grande volume instalado ali. Sorriu entre o beijo, constatando que Louis era completamente incrível, em todos os sentimentos.

Apertou a mão contra o local, e Louis soltou um longo gemido, estremecendo contra seus braços sendo tomado por um tesão desconhecido, até então, por ele. Achava que não poderia sentir prazer maior, e, mais um pouco, alcançaria o céu nos lábios de Harry Styles. O garoto começou a apertar preguiçosamente seu membro excitado, fazendo o outro se contorcer desajeitadamente. Harry estava adorando tudo aquilo, e se deleitava em causar aquelas sensações em Louis. Poderia ser alguma coisa estupidamente machista, ou algo do tipo, mas ainda assim não lhe tirava o prazer absurdo em apenas proporcionar prazer ao outro.

Continuou com seu movimento lento, sentindo o pré-gozo quente atingir o tecido sobre sua mão, e sorriu, desgrudando seus lábios e traçando uma trilha de beijar molhados por seu pescoço.

– H-harry, p-por favor. – Louis gemeu, se contorcendo na bancada, as mãos puxando desesperadamente os cachos do garoto. Harry queria fazê-lo implorar para que fizesse alguma coisa, mas ali, naquela situação, naquele momento, não era o mais adequado. Ficaria satisfeito em saciar o menor, por enquanto.

– Como quiser, anjo. – sussurrou contra sua pele, abrindo agilmente os botões, xingando mentalmente Louis por estar usando uma box preta, claramente não se importando com sua sanidade mental. Enquanto isso, o menor encontrava-se ocupado demais para corar pelo movimento de Harry, mesmo tendo uma ideia do que ele faria a seguir.

Em um movimento rápido, grudou seus lábios e um selinho demorado, enquanto puxava a bainha da boxer para baixar, revelando seu conteúdo, e Louis sentiu a face corar, mesmo sentindo-se um tanto aliviado por estar “livre”. Enquanto isso, Harry encarava hipnotizado todo o potencial de Louis, sentindo a boca salivar.

Seu membro estava completamente ereto, em toda a sua ereção, pingando parcialmente o pré-gozo, que escorria por toda sua extensão, sumindo no tecido. Ele era grosso e longo, liso como de um pré-adolescente, mas másculo e potente como o de um adulto. Sua glande era rósea, ironicamente delicada, como todo ele. Harry sorriu maliciosamente, admirando a perfeição do garoto.

Mordiscando seus lábios, desceu sua mão até o membro, escorregando-a por todo ele, envolvendo-o com os dedos, e Louis gemeu em sua orelha, arrepiando-o completamente. Em um movimento rítmico e lento, Harry começou a masturbá-lo devagar, provocando-o, apenas para ouvir seus gemidos arrastados e seus resmungos agudos. Louis apertava suas unhas contra a nuca do Styles, e jogava sua cabeça para trás, sentindo-se extasiado como nunca antes.

– M-mais rá-rápido. – murmurou, desconexamente, e Harry aumentou seu sorriso, escorregando sua mão até a base e voltando com mais rapidez.

Logo o movimento tornou-se cada vez mais acelerado, e Louis movimentava-se para frente e para trás devagar, atacando os lábios de Harry sem conseguir se conter. O garoto nunca o vira mais desesperado, e concluiu que o de olhos azuis tornava-se infinitamente mais lindo daquela maneira. O cabelo bagunçado, mordendo os lábios avermelhados e inchados, a respiração ofegante. Sua cabeça estava jogada para trás, o pescoço completamente marcado e, em alguns pontos, manchas arroxeadas despontavam do trabalho bem-feito do Styles. Suas pernas o puxavam contra si, apertadas, suas costas estavam eretas, e os olhos, fechados com força.

– E-eu a-acho que vo-vou... – gemeu, indicando que estava chegando em seu ápice. Harry tratou de aumentar mais o movimento, apertando seus dedos longas contra toda a extensão do membro, que se encaixava deliciosa e perfeitamente em sua mão.

Mais algumas bombeadas e Louis veio a tona, com um grito. Todo o gozo expelido escorreu pelos dedos de Harry, que sorriu satisfeito, lambendo alguns. O Tomlinson estava com a respiração ofegante, agarrando-se a camiseta de Harry desesperadamente. O garoto tornou a capturar seus lábios, dessa vez com mais calma, unindo-se amalgamados, e Louis sentiu seu próprio gosto na boca de Harry.

Sabia que se arrependeria daquilo algumas horas depois, mas, naquele momento, sua mente só precisava que se agarrasse a ele o mais forte que pudesse, e que o beijasse como se sua vida dependesse daquilo. E talvez – só talvez – ela dependesse mesmo.

Unholy (Larry Stylinson AU Religious!Louis)Onde histórias criam vida. Descubra agora