[N.A.] Quem é a escritora mais legal do mundo que tá fazendo att surpresa? YEAH, THAT'S ME. Só pras pessoas que queriam me matar por causa do capítulo anterior.
Enfim, aqui estou eu. Esse capítulo ficou mieo pequeno e tudo mais, e NÃO, EU NÃO REVELEI QUEM SEQUESTROU O HARRY, SÓ NO PRÓXIMO, bem, pra quem conhecer e for esperto, já vai sacar, mas duvido muito. Btw, o mistério continua *smiling face*
Okay, nada mais a declarar sobre larry hoje. Não me sinto muito bem agora.
E, CLARO, AQUELES TEASERS MALDITOS QUE ARRANCAM MEU CORAÇÃO DIA APÓS DIA.
Nada a declarar.
E, claro, os elogios maravilhosos que eu amo receber de vocês. Esse carinho todo me deixa absurdamente convencida, vocês sabem, né? Tenho os melhores leitores do mundo.
Especialmente dedicado hoje, para twitters, à larrycaralho, que me fez chorar muito por DM. Eu realmente sou grata a você, minha querida.
À mailkeehl, que me mandou tweets incrivelmente lindos, obrigada meu anjo.
E à wouldgrier, que quase morreu quando eu falei com ela $@%#¨#. Mas ela foi uma fofa também, vocês sabem mesmo como atingir a escritora.
E no wattpad, a minha linda thaishippabs, que é minha musa do verão calor e tentação 40° de sonho de desejo e paixão. E que tem as melhores fics idkw.
Okay, é isso. Desculpem pelo wattpad bugado, me avisem se não der pra quotar/comentar direito, ok? Eu realmente odeio o wattpad agora.
Ninguém me mate. Sexta estaremos aqui com mais emoções. Estou pensando em comprar um colete a prova de balas lOL
P.S.: como sempre, Pure!Unholers é o melhor grupo. Aparentemente, a Julia gosta quando eu falo delas aqui. Pronto, Julia. Te adoro. Adoro todas. [/N.A.]
3º. P.O.V
Havia muitas cores, e muitas luzes. Tudo acontecia rápido demais, passos apressados passavam pelo garoto. O ambiente estava denso, como uma nuvem estroboscópica que nebulizava o ar. Era quase surreal, e os sons se dissipavam por todos lados, perfurando seus tímpanos de maneira estranha e desconfortável. Tinha tudo para ser um sonho. Mas não era. Aquilo era real. Louis ainda não havia percebido. Estava em um torpor, mergulhado em sua própria mente. Seus sinais não identificavam nada, ou, se o faziam, era apenas superficialmente, embora ainda respirasse e piscasse eventualmente.
A pequena coberta jogada por seus ombros não era o suficiente para afastá-lo do frio e do vazio de estar sozinho. Uma parte de si estava morrendo lentamente, enquanto a outra sumira. As últimas duas horas haviam sido as piores de toda sua vida.
Louis não percebeu quando alcançou o telefone, nem quando ligou para Zayn, porque era o último número discado. O moreno chegara em tempo recorde, e mal entrara no apartamento e já estava segurando o menor, apertando-o contra si e recostando sua cabeça sob seu ombro. Louis também não havia percebido quando começara a chorar, mas ali estavam as lágrimas, silenciosas. Segundos depois, acompanhadas de soluços e múrmuros. E depois, os gritos. Os gritos foram o pior de tudo. Louis gritava, desesperado, por Harry, clamando por seu nome enquanto se encolhia em sua pequena bola de dor. Zayn ignorara a própria dor, acariciando levemente as costas do outro, sussurrando para que se acalmasse. Louis também não percebera quando a polícia chegou, fechando a área inteira do prédio com sua fita amarela e seus carros barulhentos.
Veio a perícia, investigadores e a polícia local. Nada foi tirado do lugar, tudo fazia parte da prova do crime original. Aquele título atingira Louis como uma faca. Era aquilo que se tornara, afinal. A maldita cena de um crime. O lugar onde seu amor por Harry se consolidara, onde eles haviam se entregado um ao outro pela primeira vez, o lar deles. A cena de um crime. Peritos invadiram com sacos plásticos e luvas transparentes, e seus óculos especiais, e suas pinças. A polícia tentou tomar o depoimento de Louis, única testemunha ocular presente na hora do crime, mas o garoto, depois de conseguir parar de chorar, entrara em um estado de negação, e o oficial achou melhor levá-lo para tomar um ar, lhe entregando uma manta velha.
Seria preciso abrir um inquérito, mas, por ser uma cidade pequena, a polícia local costumava trabalhar melhor e ter mais eficiência que nas cidades grandes. Todos se puseram a postos, enquanto os especialistas trabalhavam examinando o local, em busca de alguma coisa que indicasse o local do cativeiro ou quem o cometera, o delegado fora chamado de Sheffield, e chegaria em alguns minutos. O caso era ainda mais delicado por se tratar de Harry, um ex-detento em condicional. Claro que haviam as hipóteses de uma possível “fuga” com comparsa, mas ninguém se atreveria a dizer àquilo na frente do namorado dele, uma vez que ele parecia prestes a desmoronar.
Zayn deixara o amigo em uma cadeira próximo à calçada. Estava com medo de Louis entrar em colapso. Superara sua própria dor, ainda mais porque tinha uma informação a mais que os outros. Seu peito se apertara de preocupação, e culpa. Mas ele sabia que Hrry também já sabia daquilo. Provavelmente ele também o vira. O que o muçulmano não esperava era que ele agisse tão cedo, e de maneira tão abrupta. Parte de si queria desesperadamente contar a Louis, e ajudar nas buscas, mas parte dele tinha que proteger Harry de uma encrenca maior ainda. Só Alá sabia quantos problemas ele ainda traria para a vida do Styles.
Os minutos passavam cada vez mais rápidos. Ninguém dizia nada à Louis, e ele também não se dava ao trabalho de saber. Apenas... se desligara um pouco. Estava dissolvendo as informações, depois do choque inicial. Ainda estava sonhando. Desejava acordar, no meio da noite, com Harry enlaçando sua cintura e ressonando levemente sobre seu ouvido. Ele se aconchegaria mais e entrelaçaria suas pernas, puxando o cobertor, e então voltaria a dormir. Mas aquele pesadelo não acabaria tão cedo, ele sabia.
Zayn era quem estava acompanhando o caso, impaciente e frustrado. Não haviam encontrado grandes coisas. Em um teste rápido, descobriram que o sangue perto do carpete era de Harry, e uma segunda amostra tinha DNA desconhecido. Especialistas já procuravam ávidos no banco de dados pelo que seria o sangue compatível do possível raptor. O delegado Johnson chegara uma hora depois, parecendo ser o mais empenhado em encontrar o Styles que qualquer um ali – qualquer um dos profissionais designados ao caso. Só Deus sabia o que Louis estava disposto a fazer para encontrá-lo.
O homem afastou gentilmente todos os vizinhos curiosos, que ouviram os barulhos e prontamente se amontoaram no andar. Depois, entrou no apartamento, deixando seu casaco sobre uma cadeira e dobrou as mangas, parando ao lado de Zayn, que o fitou com desprezo, bufando, enquanto esperava a perícia terminar de examinar os vidros espalhados da mesa quebrada, reconstituindo o que acontecera durante a possível luta corpo-a-corpo de ambos.
– É um sempre desprazer te ver, Johnson. – o garoto resmungou, e o mais velho sorriu irônico.
– Não me culpe pelos erros do seu amiguinho, Malik. Já sabemos onde isso vai parar. – o moreno apenas rolou os olhos e puxou um cigarro do bolso – O que temos até agora? – mudou seu tom de zombaria para o profissional.
– Não muita coisa. Uma das amostras do sangue era de Harry, e a outra ainda não foi identificada. De resto, apenas o de praxe. Eles lutaram e o suspeito nocauteou Harry, ou, como eu penso, lhe desferiu um golpe forte o suficiente para lhe deixar desnorteado por um tempo, o que explicaria o sangue. Harry é grande e tem experiência em luta corporal, não seria nocauteado, principalmente por alguém menor que ele. – monologou sozinho, e Johnson assentiu, se virando confuso e desconfiado para o garoto, que encarava os oficiais trabalhando.
– Como sabe que o suspeito é menor que Harry? – questionou, e Zayn deu de ombros, tranquilamente.
– Palpite. – mentiu – Harry é uma anomalia, provavelmente ele seria menor. E outra, você já viu a direção dos respingos de sangue? – apontou para os cantos, e o delegado assentiu – Há mais gotas do suspeito que de Harry, e mais denso também, provavelmente ele o acertou mais. É só uma teoria, mas é a que mais faz sentido, por hora. – baforou sua fumaça contra a janela, vendo-a dissipar quando subiu para o céu.
– Faz mesmo sentido, mas vamos averiguar isso. Alguma suspeita de quem foi?
– Absolutamente nenhuma. – respondeu no mesmo instante.
– E o namorado? – Zayn suspirou, massageando as têmporas e olhando automaticamente para fora do prédio, onde podia ver parte dos pés de Louis, na mesma posição que o moreno o deixara.
– Não conte com nada dele. – praticamente rosnou – Ele não viu nada, quando chegou aqui, Harry já havia sido levado. E ele está emocionalmente quebrado. Como quer interrogar uma pessoa que acabou de ver o namorado ser raptado bem debaixo de seu nariz? – ergueu uma sobrancelha, mas Johnson não se intimidou.
– Só estou fazendo o meu trabalho, garoto. Não seja emotivo.
– E eu estou fazendo o meu, delegado. Pare de se meter na minha vida. – retrucou, saindo dali para mais perto dos analistas.
Enquanto isso, Niall chegara o mais rápido que pudera, mas, como dissera, havia ido resolver alguns problemas em Sheffield, e seu carro resolvera quebrar justamente quando recebeu a ligação de Zayn. Seu coração estava batendo rápido, e Grace insistira em o acompanhar, alegando que ele estava emocionalmente incapacitado de dirigir. O garoto concordou, em partes. Sua mente só conseguia pensar em como o amigo estaria. Era como se todas as desgraças possíveis do universo acontecessem justamente com o Tomlinson. Como um carma.
Quando o loiro e a garota chegaram, a primeira coisa que Niall fez – tal como Zayn – foi abraçar Louis, enterrando-o contra seu peito. O menor apenas suspirou, tremelicando. Não tinha mais água para que pudesse chorar, mesmo que ainda tivesse sentisse os olhos arderem e a respiração falhar. Ele sentiu os braços de Niall em volta de seu corpo, confortando-o, e quis desesperadamente sair dali. Sentiu o sentimento de raiva tomar conta de seu corpo. Não queria que as pessoas achassem que ele precisava de ajuda naquele momento. Não é como se fosse quebrar, ou desabar. Mas, sentiu-se culpado no segundo seguinte. Todos ali só queriam seu bem, como Niall queria, como Zayn queria. E ele sabia que estava prestes a ruir a qualquer instante. Sua mente dava voltas e nós, confundindo seus pensamentos e emoções. Ele só não sabia o que fazer.
Lembrava-se de quando Harry viajara, deixando-o sozinho. Não fora tão dolorosamente vazio quanto naquele momento, porque Louis sabia que ele voltaria, cedo ou tarde, de uma maneira ou outra. Mas, naquele momento, o garoto não tinha nem certeza se estaria vivo na manhã seguinte, que dirá voltar. A dúvida e a angústia engoliam Louis como uma supernova. Ele era um planeta girando na própria órbita, prestes a morrer. E Harry era sua estrela. Ele sentia cada partícula de sua existência ser arrastada para um universo escuro e sem vida. Cada minuto que se arrastava pelo relógio parecia como um ano de desespero. Louis já era uma carcaça vazia. Diziam que a dor era o que lembrava as pessoas que elas estavam vivas. Mas, para o garoto de olhos azuis já não tão brilhantes assim, a dor estava apenas o matando pouco a pouco.
– Vai dar tudo certo, Lou. – Niall murmurou por fim, acariciando seus fios com delicadeza, a voz suave como pluma. Ele não sabia muitas frases feitas para aquele tipo de situação, e tinha medo de que, qualquer coisa que dissesse, quebrasse Louis ainda mais.
– Você não tem certeza disso. – respondeu em um fiapo. Sua voz estava rouca e entrecortada. Ele estranhou ouvi-la, como se não a utilizasse há anos.
– Você tem razão sobre isso. – Niall engoliu em seco – Mas eu tenho algo que me faz acreditar. Eu tenho fé. E você também deveria ter isso, Louis. Vai dar tudo certo. – repetiu com mais convicção, e o garoto assentiu, sentindo as bochechas molharem novamente. Não sabia que ainda tinha lágrimas, mas estas se derramavam novamente. Ele ergueu o rosto, fungando, e uma centelha de surpresa passou por sua expressão apática.
– Grace. Que surpresa. – encarou Niall, que deu de ombros, os olhos atentos.
– Pois é. – a garota concordou, sem ter mais o que dizer.
Havia ficado um clima estranho no momento. Grace e Niall tinham, inicialmente, o objetivo de contar a Louis o que a garota sabia sobre Eleanor. O irlandês ficara estarrecido, o amigo tinha que saber sobre aquela história. Mas, no momento que decidiram contar, depois que o garoto resolvera seus assuntos pendentes em Sheffield, foram abordados pela tragédia eminente. Então, resolveram adiar a revelação para algum momento em que Louis não estivesse a beira de um colapso neuro-depressivo. Particularmente, para o loiro, aquele fora um sinal divino para que mantivesse seus segredos somente para si, mas não conhecia finais muito bons quando se escondiam coisas daquele porte. De qualquer maneira, Niall estava entre a cruz e a espada.
Todo e qualquer pensamento, entretanto, foram cortados pela chegada de Zayn e o oficial Johnson, ambos com o semblante sério e nada amigável. O muçulmano trocou um abraço rápido com Niall e fitou Grace superiormente. Não era hora para intrigas infantis, mas Zayn definitivamente não gostava daquela garota, e não conseguia conter-se. Ao menos disfarçou, ignorando completamente sua existência no local.
Louis levantou-se da cadeira, na expectativa, segurando o cobertor consigo. A madrugada ainda engolia-os, e as luzes dos postes na rua não era o suficiente para iluminar completamente o local. Pesquisadores e oficiais trabalhavam a luz de lanternas elétricas e algumas lamparinas improvisadas dependuradas com arames.
– Nada ainda. Estão analisando a amostra de sangue obtida no chão, provavelmente resultado de um combate corpo-a-corpo do sequestrador e do senhor Styles. – Scott era objetivo e profissional, enquanto Louis, Niall e Grace ouviam tudo atentamente – Mas o sangue estava adulterado com substâncias ilícitas. Havia metanfetamina e anfetamina presentes no resíduo, e suspeitamos que o sequestrador tenha ingerido algum tipo de substância antes de executar o ato.
– Metanfetamina? Anfetamina? O que raios isso significa? – Louis foi o primeiro a se pronunciar, sentindo a cabeça das mais nós e o coração se apertar mais ainda, pensando na mera possibilidade de Harry ter sido sequestrado por um drogado. Isso já acontecera uma vez, e o garoto sentia-se desabar só de imaginar o passado se repetindo. Harry era como um ímã para coisas ruins.
– Ambas são drogas estimulantes do sistema nervoso central e periférico. A metanfetamina causa efeitos como a euforia, aumento do estado de alerta e da autoestima, mas também causa reações como estado de agressão e violência. Seria lógico, de um ponto de vista prático, o uso dessa substância para realizar um sequestro sem intenção de recompensa, o que é o que supomos aqui. Nada foi roubado ou deixado, correto? – Louis assentiu – Exato. E a anfetamina é da mesma família de substâncias, porém pode ser usada medicinalmente, com em tratamentos para deficit de atenção e transtornos. Mesmo que não seja tão viciante quando a metanfetamina, seus efeitos são parecidos. Seus estímulos neuro-sensoriais aumentam potencialmente as capacidades físicas e psicológicas. Quem quer que seja nosso raptor, ele sabia o que estava fazendo. Preparou seu corpo para isso, mesmo que seja com o uso de drogas raras e pouco recomendáveis. Estamos trabalhando com um profissional aqui, ou um louco. Qualquer um dos dois é potencialmente perigoso.
Louis prendeu o ar, sentindo os olhos virarem nas órbitas. Àquela altura, estava anestesiado para qualquer tipo de notícia, processando-as gradativamente. Como se seu corpo tivesse desistido de lutar. Zayn, já a par da situação, apenas puxou outro cigarro do bolso, acendendo-o freneticamente, e Niall baixou os olhos, mordiscando a ponta do dedão. Grace colocou a mão sobre seu ombro, em uma carícia confortadora. O oficial puxou um aparelho do bolso, suspirando em seguida.
– Styles tinha um dispositivo de rastreamento no tornozelo, algo como uma tornozeleira, concedida a ele em sua condicional. Eu tinha o monitoramento desse dispositivo, que mostrava sua localização exata em coordenadas. – Louis assentiu, concordando. Lembrava-se vagamente do dispositivo, como uma coleira em seu pé. Felizmente, nunca foi chamativo a ponto de reparar sempre. Apenas Zayn permaneceu impassivo, enquanto Niall fazia uma careta surpresa – Confirmando minhas teorias, nosso raptor sabe o que faz. Ele desligou o aparelho de uma maneira muito eficaz, uma vez que ele não emitiu um alerta de ruptura. Provavelmente sabia como desligar, o que pode significar que estamos trabalhando com um ex-presidiário aqui. Não gosto muito de trabalhar com teorias, mas por enquanto, é o que temos. – raciocinou sozinho. Virou-se para Louis – Ainda não tenho o relato da sua versão da história, garoto.
– Não há nada de muito interessante. – suspirou – Estávamos dormindo quando eu ouvi um barulho e acordei, assustado. O apartamento era bem protegido, tanto na portaria quanto pelas câmeras. Então, se alguém conseguira entrar, provavelmente era um ladrão, ou alguém armado. Com medo, eu chamei Harry e ele foi ver quem era, me mandando ficar no quarto. Então eu o ouvi gritar e mais barulhos, de coisas quebrando. Corri para ver o que estava acontecendo, mas essa pessoa tinha desligado a chave geral de eletricidade. Então, eu andei até o outro lado da sala para ligar, e quando o fiz... – sua voz foi morrendo aos poucos, e ele sacudiu a cabeça. Zayn afagou suas costas, mas Scott não estava se importando. Seu rosto iluminou-se em um estalo, e ele deu um tapa na cabeça antes de virar 180° sob os pés e sair em disparada para dentro do prédio.
Os garotos, confusos, o seguiram, quase correndo para conseguir pegá-lo na portaria, entrando pelo balcão e afundando na cadeira, digitando alguns códigos no computador.
– Como sou estúpido. – rosnou – As câmeras de segurança! Com as gravações das últimas horas, posso, ao menos, ter um rosto para trabalhar. – falava sozinho, mas Louis, ainda mais afobado que o oficial, juntou-se ao seu lado, fitando as telas chiadas com avidez.
Não havia muitas câmeras no prédio, apenas as do elevador, duas na portaria e um em especial no corredor do andar 17, a pedido de um morador, que pagara pelo serviço. Scott acessou com mais alguns códigos, três das quatro disponíveis, a do elevador e as da portaria. As janelas se abriram na tela preta, e Johnson as estendeu, abrindo-as simultaneamente e mexendo em alguns botões, para clarear a imagem. Acelerou a filmagem até próximo a hora do crime, por volta das duas da madrugada, e deixou. Havia uma excitação palpável no ar, especialmente vindo de Louis e Scott, ambos concordando em um mesmo objetivo: encontrar Harry.
As duas horas e três minutos, uma figura entrou pela porta, e não havia nenhum ruído exceto pelos especialistas trabalhando com suas máquinas na identificação do sangue. Os ruídos do filme não ajudavam muito, e estava escuro. A figura era um homem, de altura mediana e cabelos pretos. Não parecia ter um porte físico incomum, nem muito magro, nem muito gordo. Usava roupas também pretas, que o camuflavam. Ele passou rapidamente, olhando para os lados e entrando no elevador. Foi quando a terceira câmera entrou em ação, filmando-o de costas. Ele parecia ter uma pequena tatuagem com inscritos incompreendíveis no bíceps, exposto pela camiseta sem mangas. Os minutos da gravação corriam lentos, até que, quinze segundos depois, a porta do elevador se abriu no andar vinte e quatro e o homem virou-se para a câmera, sorrindo assustadoramente antes de sacar uma arma pequena e atirar certeiro contra o aparelho. O barulho e os chiados assustaram a todos, preenchendo o silêncio. Louis respirou fundo, sentindo o coração bater mais rápido em seu peito. Scott se recompôs rapidamente, resmungando e voltando a filmagem para poucos segundos antes do tiro, e congelou.
– Bem, vamos tentar ver o rosto desse desgraçado. – rosnou, aproximando a tela e focando próximo ao rosto.
Ninguém disse nenhuma palavra, encarando, em meio aos chuviscos da tela preta e branca, a deformação de um rosto. Tinha a pele clara, muito clara, e os olhos grandes como duas amêndoas. E a cor destes parecia ser clara. Ele tinha um piercing na sobrancelha. Louis nunca vira alguém parecido em sua vida, mas Zayn permanecia estranhamente impassível. Johnson resmungou, recostando na cadeira e apoiando a cabeça em uma das mãos, pensando onde já vira aquele rosto antes.
– Ele não me é estranho. – murmurou para si mesmo, mas antes que pudesse dizer alguma coisa, foi interrompido por uma pessoa, descendo as escadas desenfreadamente.
– Oficial Johnson! Temos uma resposta na análise sanguínea coletada.
Descia um garoto alto e magro, com óculos escorregando pelo nariz e uma máquina portátil equilibrada nos braços, além de uma folha de relatórios amassada nos dedos do outro. Usava um jaleco branco e luvas da mesma cor, e se parecia mais com um nerd colegial do que um analista da equipe policial de Doncaster.
Louis foi o primeiro a sair de trás do balcão, empurrando a todos e deixando a coberta escorregar de seus ombros para o chão, revelando os ombros cobertos apenas por uma fina malha de sua camiseta. O ar da noite bateu contra sua pele, mas ele sequer notou. Johnson abriu espaço, ávido, ajudando o garoto com sua máquina, pondo-a no chão e quase arrancando as folhas de sua mão.
– Temos o nome do sujeito, oficial. O senhor não vai acreditar quem é. – replicou, subindo os óculos com o dedo indicador. Louis tentou apoiar sobre os ombros do delegado, mas não conseguia ver o resultado, resmungando frustrado.
De repente, o salão silencioso foi preenchido pelo grito de raiva de Johnson, seguido de seu palavrão. Louis se encolheu no lugar, enquanto Niall e Grace estavam afastados, esperando. Zayn apagou seu cigarro ao mesmo tempo que a voz trovoada do homem trombeteou pelas paredes.
– Filho da puta!
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Unholy (Larry Stylinson AU Religious!Louis)
Romance“Desde criança, aprendi que não existe compaixão. Não existe esperança, não existe o perdão. O que é meio irônico, considerando o que me tornei hoje. Mas, logo cedo, fui criado em um ambiente cheio de terror, medo e descrença. Nunca conheci meus pai...