Capítulo 1 – Cena 1
Abril de 1996 – Cidade do México
Na vizinhança em que vive Marisol, um bando de crianças chatas correm para lá e para cá. Dona Rosinha precisa se esquivar de um menino xexelento que quase a derruba.
- Ora, seu muleque!
Ela olha para o quartinho em que vivem Marisol e sua mãe Casifela e pensa:
- Pobre dona Casifela, essas crianças não dão sossego nem agora que... (chorando) que falta tão pouco tempo de vida para ela!
Cena 2
Dentro do quartinho, Casifela está deitada, olhando para o nada. Sua aparência é semelhante ao do Seu Madruga no episódio do Chaves do "Se sente mal?". Marisol a olha e chora:
- Mamãezinha do meu coração! O que farei se a senhora morrer?
Casifela: Não se preocupe, filha! Pense em você, na sua felicidade!
Marisol: Como posso ser feliz com essa corcunda, mamãe?
Casifela: Ora, Marisol! Você é inteligente e linda. Um bom homem se interessará por você.
Marisol: Já tenho 20 anos, mamãe, e até hoje, só o Mário me deu moral.
Casifela (arregalando os olhos): Ele não presta, ele é filho do demônio!
Marisol: Mas é melhor que nada.
Casifela: Marisol, um dia eu já fui como você! O que você precisa é encontrar um homem bom e com dinheiro.
Marisol (animada): Eu sou neta de um milionário mamãe?
Casifela: Não, não é. Isso era na outra versão. Mas eu sinto que sua sorte mudará. Agora vá vender flores e comprar o meu almoço, filhinha linda.
Marisol chora.
Cena 3
Em uma luxuosa mansão num bairro nobre da capital, vive a família García Y Lavalle. Em um dos quartos, Amparo e Mariano se beijam ardentemente.
Amparo (sedenta): Ai, Mariano! Hoje você tá que tá!
Mariano: Você me deixa louca, Amparo.
Amparo: Você nem parece bi quando estamos juntos!
Mariano: Mas por esse segredo aceitei que você empurrasse a paternidade do José Rodrigo ao idiota do seu marido Leonardo!
Amparo: Por isso e pela grana do meu cunhado Alonso. (rancorosa) Espero que ele morra logo!
Mariano: Realmente.
Eles se beijam gemendo.
Amparo: Não sei se você seguiria tão ardente comigo se conhece meu irmão Carmelo! Ele é gay e lindo.
Mariano: Pensava que você tinha duas irmãs, e não um casal de irmãos.
Amparo: Não deixa de ser, o Carmelo é uma moça.
Eles riem.
Amparo: Agora a Casifela... Aquela adotada louca! (rancorosa) Espero que tenha morrido.
Cena 4
Marisol vende flores em uma pracinha. Em um banco, está sentado José Rodrigo desenhando a praça. O olhar dos dois se cruzam (instrumental de amor). Ele se levanta e se aproxima. Marisol fica envergonhada por causa de sua corcunda. José não entende:
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Marisol
FanfictionA jovem corcunda Marisol (Ingrid Martz) se sustenta trabalhando como florista. Seu destino é marcado por tragédias e comédia involuntária, à mercê do maquiavélico plano do multimilionário Alonso García y Lavalle (Héctor Ortega). Ele se casa com ela...