A jovem corcunda Marisol (Ingrid Martz) se sustenta trabalhando como florista. Seu destino é marcado por tragédias e comédia involuntária, à mercê do maquiavélico plano do multimilionário Alonso García y Lavalle (Héctor Ortega). Ele se casa com ela...
Minutos depois, Vanessa está andando de bicicleta com Chupa-Cabra na garupa. Chema está em sua bicicleta, ao lado. Os três se divertem muito. Eles pegam uma ladeira cheia de gente. Um carro toca Kill' Em With Kindness em som alto. O sol brilha. Vanessa (pensando): Por que quando aparece um cara legal da minha idade, ele é justo meu irmão? Pelo menos o outro não é nada meu! Chupa-Cabra (pensando): Não posso ficar com ela e também não posso deixar ele ficar! Eles são irmãos! Chema (pensando): Se eu não posso ficar com ele, então tentarei com ela! Quem sabe se eu ficar com a Vanessa, esqueço esses desejos. Ser gay deve ser difícil!
Chupa-Cabra: Parece que alguém sabe e gosta de andar de bike!
Vanessa (rindo): Viu só!
Eles chegam à mansão.
Chema (encantado): Vocês moram aqui?
Eles param as bicicletas. Do nada, surge Jessiquinha pegando Vanessa pelos cabelos:
- Você é mais falsa que o namoro da Boyer com o Rulli!
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Vanessa: Ai, me solta, Jessiquinha!
Chema e Chupa-Cabra tentam separá-las, mas Jessiquinha derruba Vanessa no chão. Ela a estapeia e berra:
- Você deu em cima do meu pai! Você acabou com a nossa amizade!
Vanessa (chorando): Jessiquinha, eu só queria me divertir! Seu pai é tão bonito... Mas eu juro que não queria te magoar!
Jessiquinha (aos prantos): Ah, não queria? Achou que eu ia gostar então? Você é uma vadia!
Chupa-Cabra (preocupado): Se a dona Marisol souber disso, ela morre de desgosto!
Vanessa (exausta): Tirem essa doida de cima de mim!
Chema: Solta ela!
Ele segura Jessiquinha pela cintura e a carrega. Ela esperneia:
- Me solta! É o mínimo que ela merece! Graças a ela, minha mãe foi embora do país!
Vanessa (bege): O quê?
Jessiquinha se solta de Chema:
- O que você ouviu!
Chupa-Cabra ajuda Vanessa a se levantar.
Cena 2
Anoitece. Mimi está com Larry, numa cama de hotel barato.
Larry (envolvido): Fazia tempo que eu não ficava sério com alguém.
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Mimi (assustada): Sério..., tipo, sério? Sério que não?
Larry (rindo): Que foi, Mimi?
Mimi: É que não acho o que nós temos sééério, sabe? Larry, já te contei minha história. Meu marido apareceu morto, em um carro que nem dele era. Ninguém nunca descobriu direito o que houve! Pra mim, é difícil me envolver!
Larry (triste): Ainda mais com alguém como eu, não é?
Mimi: Nunca liguei de você ser stripper!
Larry: Nem michê?
Mimi: Quanto a isso...
Larry: Já sei! Eu deveria procurar outro emprego, descobrir uma vocação...
Mimi: Falo isso porque antes de mais nada, sou sua amiga e muito intuitiva! Dá pra perceber que você não é feliz sendo GP.
Larry: Você está certa! Eu só queria me bancar dignamente, mas não sei fazer nada da vida! E queria que alguém me amasse como sou.
Mimi: Você vai conseguir tudo isso! Mas não comigo, Larry... Desculpe!
Ele fica triste.
Cena 3
Trilha da Cena:
Dois dias depois, na delegacia, Marisol e José Rodrigo depõem. Sandra assiste a tudo, com a mesma cara de sempre. Andréa faz barraco e confusão. Funcionários da empresa e da loja de tintas também depõem. Sandra assume a audiência:
- Diante das provas e depoimentos aqui apresentados, não vejo motivo algum para prosseguir com a acusação. A senhora Marisol e o senhor José Rodrigo são inocentes! A investigação prossegue até acharmos o verdadeiro culpado!
Todos comemoram. José Rodrigo vai até Sandra e a abraça. Marisol fica passada. Sandra tenta disfarçar sua alegria. Marisol também agradece:
- Obrigada, Sandra! Temos outra dívida com você agora.
Andréa: Isso é um absurdo!
Sandra: Controle-se, senhora! Como eu disse, as investigações prosseguem.
Amparo (fazendo bico): Aceita que dói menos, queridinha! (pensando) Você nunca irá descobrir que a verdadeira assassina do Diego sou eu!
Andréa vai embora.
José Rodrigo: Vamos embora também?
Amparo: Nós quatro devemos comemorar!
Sandra: Na verdade, eu fiquei de almoçar com minha irmã.
Marisol (incomodada): Podemos deixar para outro dia então!
Amparo: Nada disso! A Lulucita é uma companhia fabulosa! Vamos nós cinco a um restaurante com música ao vivo que eu conheço.
Cena 4
Vanessa, Chupa-Cabra e Chema passeiam de barca por Chapultepec, comendo pratos típicos.
Vanessa: Nossa, eu não vinha aqui desde a minha infância! Sempre achei rolê de velho.
Chupa-Cabra (rindo): Você sempre esnobe então!
Chema: A gente nunca tinha vindo, né, Daniel?
Chupa-Cabra: Nunca. Nós mudamos tanto ao longo da infância.
Vanessa: Ué, você não tinha crescido com uma...
Chupa-Cabra interrompe: Sim! Mas a gente vivia se mudando. (pensando) Ufa!
