— Eu não sei posar.
Reluto caminhando ao lado de Suzane num dos vários corredores de seu empresarial.
— Pensava que você fosse mais experiente na área. Sabe que só precisa fazer o que o fotógrafo manda.
Eu realmente sabia mas preferia nunca admitir. O arrependimento em ter concordado com aquilo já batendo.
Dois seguranças passam por nós e quando viramos a esquina que dá para o corredor da sala na qual posarei, vejo outros seis próximos à porta no fim do corredor.
— Sempre tem muito segurança por aqui? — questiono, com um leve medo da resposta.
Um segundo depois penso ser óbvio que deveria ter. Quantas modelos famosas não passavam ali? Só que a quantidade... parecia exagerada.
— Não. Seria desperdício de dinheiro. Recebemos uma visita da imperatriz e seu filho.
Por que as pessoas não me explicam tudo direitinho antes de eu aceitar as propostas?
— É o quê?! Você não me falou isso — o sussurro soa um pouco mais alto e desesperado que o pretendido.
— Pensei que não teria problema. Eu a convidei pra ver as roupas que desenhei, ela é grande fã das minhas coleções.
Se antes eu já estava desconfortável para fazer as fotos, agora...
— Não sei se consigo.
— É claro que consegue. Não vai fazer nada demais além de se arrumar e posar.
E caretas. A famosa cara de paisagem que eu dificilmente sabia fazer sem parecer alguém perdida no meio da cidade.
Respiro fundo e solto no instante que ela abre a porta. Aguardando de pé ao lado da mãe sentada, Enzo conversa com a imperatriz em um canto da sala.
Imito minha madrasta quando opta em inclinar a cabeça. Reconhecimento da presença. Enzo me encara quando ergo o queixo. Deus, por que ele está em todos os lugares?
Seria tão mais fácil de lidar com sua presença se nossas vidas, estranhamente conectadas, já tivesse cruzado caminhos antes. Fico imersa num momento de reflexão de que aquilo na verdade pudesse ter acontecido sem que soubéssemos.
— É sempre um prazer rever Vossa Majestade Imperial. Fique à vontade pra apreciar a nova coleção e dar alguns palpites. — Ouço Suzane responder a algum cumprimento. Permaneço calada, contando mentalmente até dez várias vezes para evitar perda de sanidade. — Essa é a minha enteada, Joana. Nossas câmeras estão miradas nela hoje.
— Um prazer, Joana. Mais uma pra você lançar no ramo? — indaga se voltando para mim. — Você está em boas mãos.
A voz da imperatriz é mais alta e imponente do que a de Suzane, ao mesmo tempo doce e simpática.
— Ah, não. — Suzane ri, ganhando de volta a atenção. — Isso é só passatempo pra Joana, ela prefere fotografar. — Minha madrasta me relanceia. — Talvez eu possa colocar ela pra fazer as fotos qualquer dia desses.
O rosto da imperatriz me observa adquirindo a expressão de quem tenta recobrar a memória. Torci para que não lembrasse e ela fica assim por instantes até recorrer ao filho.
— Enzo, essa não é a moça que fez as fotos do seu baile?
Seguro o riso de escárnio. Baile, que não era funk ou de formatura, mas de um príncipe na maioridade. Interessante e medieval.
— Inclusive, Suzane, uma pena você não ter ido.
Meu pai e Suzane tinham sido convidados, mas a sogra dele acabou hospitalizada após um mal súbito e não puderam ir preferindo visitar a mulher internada.
Enzo demora um pouco me fitando antes de responder a pergunta da mãe.
— Si... — um ligeiro limpar de garganta. — Sim, mãe, foi ela mesmo.
Ele quebra nosso contato visual e foca num ponto qualquer da sala. Olho para os equipamentos já preparados no cenário montado. Eu daria até minha última moeda para ficar apenas testando cada um.
— Bem que ela me pareceu familiar — obrigo a surgir um sorrisinho dirigido à governante. — Vi algumas das fotos e aconselho você trazer sua enteada para fazer a sessão.
O sorriso se tornou verdadeiro e tímido por um breve momento. Minha madrasta e Melissa começam a conversar coisas que não dou tanta importância. Procuro as portas, desejando correr dali.
— Jô? Joana?! — Suzane me arranca dos devaneios.
Pisco ao sair do transe.
— Desculpa, oi? — Foi a primeira coisa que eu falei desde que cheguei à sala.
As palavras quase não saíam de tão seca que a boca estava.
— Vá até o camarim com a Ângela.
Finalmente, me dou conta que uma mulher com o olhar cheio de expectativas me esperava ao lado dela.
— Ok, tô indo.
Olho nos olhos de Suzane como quem pede ajuda antes de sair, mas ela continua sorrindo para mim como quem diz que não ajudaria.
A mulher me guia até uma das portas que havia observado anteriormente e descubro ser como um salão de beleza. Uma sala retangular cheia de espelhos, prateleiras lotadas de maquiagem e coisas que cabeleireiros normalmente usam.
No canto uma cadeira e um mostruário de esmaltes esperavam ocupantes e no lado oposto da sala, havia outra porta com uma placa escrito "vestiário".
Olho para tudo aquilo um pouco assustada. Pelo menos está tudo organizado, penso e sento na cadeira indicada por Ângela.
Levou cerca de meia hora lá dentro só sendo maquiada e tendo as unhas pintadas. Ângela não fez nada além de um penteado, preferindo manter o cabelo natural.
Saio do camarim vestida, contudo um roupão cobre a roupa. Suzane tomava chá com a imperatriz e Enzo estava agora sentado ouvindo a conversa. Ou só fingindo ouvir, a julgar pela expressão distante. Será que também pensava no sábado jogado fora? Eu podia estar em qualquer lugar – de preferência em casa – fora dali
— Olha ela! — Contra minha torcida interna, Suzane anuncia ao me avistar e levanta caminhando na minha direção. — Pronta?
— Fisicamente? Acho que sim. — Aponto o visual. — Mentalmente? Eu poderia sair daqui correndo e você jamais veria minha cara novamente. Mas pra sua sorte, meu físico pra corridas me mataria assim que eu chegasse na porta. — Levanto o indicador, respirando na pausa rápida. — E agora quando eu terminar aqui vou precisar voltar a fazer psicoterapia, o que começo a achar que nunca devia ter parado. Quase uma hora e já tivemos grandes insights, tempo recorde.
Acabo ofegante com as sobrancelhas erguidas impressionadas pela última observação. Achei que minha língua foi um pouco sincera demais, mas provocou risadas no recinto.
— Fica calma, quando pegar a manha passará rápido como um carro de corrida.
Faço careta. E incapaz de conter, pergunto:
— E se o piloto for ruim? Minha experiência com fórmula 1 no videogame consiste em sair batendo nas barricadas.
Outra onda de risadas, abraço o corpo. Meu próximo hobby será trabalhar como humorista.
— Vai ser melhor que isso — assegura.
Assinto devagar e respiro fundo mais uma vez para ver se com o ar vinha a coragem.
Tiro o roupão revelando o vestido que estava por baixo e pude ouvir uma sequência de exclamações. Eu tinha reagido da mesma forma no camarim.
Ando devagar até o cenário, sentindo os olhos presos em mim. Viro para o fotógrafo com um ar de dúvida.
— E agora? O que eu faço?
— Seja você mesma. Agora, uma pose que faria quando tiram foto sua.
Solto uma risada nervosa antes de responder e sento numa cadeira disposta ali perto.
— Se tá me dizendo pra sorrir e fazer o sinal de "paz e amor", acho que isso vai ser mais fácil do que imaginei. Ah, se tiver um pratinho de comida, melhor ainda. Vovó só pega os melhores momentos.
Ouço Suzane proferir meu nome num tom cheio de graça. Os olhos dos presentes parecem se divertir, logo não me importo em continuar me fazendo de desentendida até descobrir uma maneira de fugir.
Mas não consegui descobrir a melhor forma e precisei ceder, mesmo que relutante.
Comecei com poses que normalmente tirava dos meus clientes e então eles me pediram para fazer "cara de paisagem", eu tentei e acho que deu certo porque o fotógrafo se mostrou bastante satisfeito com o resultado.
Pensei que deveria pegar mais trabalhos de moda para aprender aquilo.
— Vamos parar pra um descanso — anunciou após uma boa quantidade de fotos e uma dúzia de troca de roupas.
Vesti o roupão e desabei na poltrona mais próxima que encontrei fora das luzes do cenário.
Suzane persistia conversando com Melissa e enquanto eu descansava de olhos fechados, pude escutar alguém limpar a garganta perto de mim.
Abro os olhos a tempo de ver Enzo sentar ao meu lado.
— Oi.
— Oi, fez um ótimo trabalho lá. — Ele indicou com a cabeça o lugar onde as fotos estavam sendo tiradas. — Não sabia que além de fotógrafa, é modelo com um bom senso de humor, por sinal.
Ajeito a postura na cadeira antes de responder.
— Nem eu. Acho que meu humor só aflora quando tô nervosa — estalo a língua —, me vi como uma palhaça totalmente sem graça ali.
— Discordo, minha mãe disse que não ria assim há tempos.
Fecho os lábios por um segundo. Que vida triste, parecia a minha. E pelo visto Melissa gostava de piadinhas péssimas.
— Fico feliz que não a assustei. Não aguento mais sorrir e fazer cara de paisagem, muito menos trocar de roupa. — Toco as bochechas doloridas. — Não sirvo pra ser modelo.
— Você só não pegou o gosto —argumenta e abre um sorrisinho —, mas só assim para entender como pessoas se sentem ao serem fotografadas várias vezes em minutos.
Ele se refere a si mesmo. Lembro das fotos na festa onde ele não podia parar de sorrir.
— Sinto muito — respondo com sinceridade e ele assente em silêncio.
Ângela me chama de longe, luto contra a vontade de revirar os olhos. Suspiro e levanto, quase me arrastando até o camarim novamente.
— Como você consegue? — quis saber, enquanto ela me maqueia.
Ângela para por um instante, o rosto confuso.
— O quê?
— Maquiar tantas vezes. Onde arruma criatividade pra inovar?
— Sei lá, finjo que tô brincando. Como quando era criança. Combino cores, algumas seguem o mesmo formato só mudo a paleta.
— Ah. Parabéns pelo seu trabalho.
— Obrigada. — Ela sorri e sacode a cabeça de leve. — Deve ser um pouco igual o seu... testar novas poses e ângulos ou mudar se não ficar bom. Intuição também vale um pouco.
— Gosto muito mais a espontaneidade — afirmo. — É difícil clicar um momento desses, mas a gente sempre prefere o resultado do caminho menos fácil.
Um baixo estalo de língua.
— Deve ser porque mesmo sem valer o esforço, nos forçamos a gostar pelo suor gasto.
— Valorizando o trabalho... faz sentido. — Meneio a cabeça num assentir. — Pode ser a maior besteira do mundo, mas se quero uma coisa e a ajuda vem dos meus pais ou outra pessoa, sinto que o mérito não foi meu.
À exceção do estúdio. Na época eu nem trabalhava e poderia ter conseguido fazendo pela internet, mas meu pai fizera questão de que eu tivesse um espaço de relacionamento, por menor que fosse.
Minha mãe encontrou diversos motivos para ser contra. Desde a preferência geral em fazer contato pela internet a – sendo bem franca e realista – possibilidade do negócio não dar certo. Porém se Hugo Medeiros queria que sua filha tivesse um estúdio, nem que fosse para guardar o trabalho, então ela teria.
E hoje eu tinha um estúdio que virou uma rota de fuga para não estar em casa, além de poder adaptar o espaço para algumas fotos internas e ser um lugar onde eu possa focar no trabalho.
— Terminamos, boa sorte.
— Obrigada — agradeço e levanto da cadeira.
Tiro o roupão pela penúltima vez naquele dia. Agora vestia uma calça e uma blusa, com o par de saltos pelo qual me apaixonei assim que bati o olhar.
Marcho até o cenário e dessa vez vou com o pensamento de fazer o trabalho de forma que me sentisse profissional, o cenário fora modificado durante o intervalo.
Ocupei o banco de madeira inteiro que tinha por ali, dobrei um joelho e deixei a outra perna esticada. Apoiei o braço no joelho dobrado e joguei o cabelo de lado, inclinando a cabeça um pouco para baixo. O fotógrafo bateu palminhas e soltou um viva antes de tirar várias fotos em posições diferentes.
Saí dali e coloquei o último traje. Um vestido de manga longa com as costas nuas. Aproveitei e virei um pouco de lado encarando a porta pela qual passei mais cedo. Ela se abriu revelando o meu pai enquanto o fotógrafo tirava as fotos. Meu rosto iluminou automaticamente quando o vi e as pessoas que observavam a sessão devem ter percebido, pois só depois olharam para ver quem tinha entrado.
— Perfeito! Obrigada, Joana. Você arrasou. — O fotógrafo elogiou. — Essas últimas foram as melhores.
Visto o roupão assim que o devolvem e disparo na direção do meu pai, envolvendo-o no abraço mais forte que pude dar.
Havia um tempo que eu não conseguia momentos pai e filha, então aproveitei que estava sozinho para fazê-lo antes de bloquearem o caminho.
— Isso tudo é saudade? — senti seu sorriso mais do que vi. — Você me viu hoje de manhã.
— Não é a mesma coisa, pai.
Ele não rebate e dá uma olhada no que eu chamaria de estúdio profissional.
— Quer dizer que tá brincando de ser modelo?
— Parece que sim. — Diminuo o tom a quase um sussurro. — Me tira daqui. Eu imploro!
Ele sorri e nos guia até onde Suzane estava com Melissa e o príncipe. Sigo de ombros caídos no encalço. Hugo oferece um inclinar de cabeça aos convidados.
— Vossa Majestade Imperial, Alteza. — Cumprimenta os dois. — Acredito que a senhora já conheça minha filha Joana.
— Sim, ela é ótima. — Melissa elogia e me sinto envergonhada de novo. Desvio o olhar para a porta do camarim. — Só é tímida.
Quando a imperatriz complementa, percebi que não dirigi palavra alguma a ela. Que terrível, falei com o filho mas não com a mãe, que tipo de pessoa eu era?
— Desculpa, é de mim...
Ótima resposta, Joana, está de parabéns.
— Ah, mas você é tão agradável, deveria falar mais vezes.
Agradável, levanto as sobrancelhas achando o elogio no mínimo interessante. Enzo parecia assistir a um programa de tente não rir, o rosto levemente corado e estampando um sorriso.
— Obrigada, Majestade.
— Por favor, me chame de Melissa — pede, minha boca entreabre um pouco. — Já começava a pensar que a senhorita talvez não gostasse de mim, já que a flagrei falando com meu filho algumas vezes, mas nunca comigo.
Interessante, foi ele quem veio atrás de mim. Enzo começa a tossir e todos olham em sua direção.
— Acho que vou tomar uma água — pede tocando a própria garganta, como se pretendesse tirar algo que o engasgava.
— Deixa que alguém traz pra você — sugere Suzane, mas o rapaz já estava de pé em movimento.
— Não, não. Estou bem, passei tempo demais sentado.
Eu poderia fuzilar suas costas com o olhar se não estivessem olhando para mim. Retorno para a mãe do príncipe.
— Em minha defesa, foi ele quem veio falar comigo.
O que eu tô fazendo aqui mesmo?
— Acredito na senhorita, ele parece gostar da sua companhia.
Você acha? Penso e sorrio para ela que devolve o gesto. Suzane pareceu totalmente interessada na informação.
— A propósito, me chama de Joana.
— Pois bem. — Meu pai aproveita a pausa. — Eu soube que minha menina estava aqui e vim ver se ela precisava de ajuda.
— Eu precisava — afirmo. — Antes de começarem as fotos.
Meu pai olha no relógio e depois em volta. Ele exibe os dentes no sorriso de encrenca.
— Acho que tô meio atrasado. Vá se vestir, te levo para casa.
Assinto e ando a passos largos e apressados até o camarim. Coloco a roupa e saio do camarim com a bolsa nos ombros, pronta para ir embora.
Caminho na direção do meu pai, que ainda conversa com as mulheres, mas uma mão toca meu braço, interrompendo minha caminhada. Viro para o dono da mão e... esse dia não acaba.
— Tudo certo pra segunda?
— Sim.
— Desculpa pela minha mãe.
Franzo o cenho e relanceio a imperatriz.
— Por quê? Ela é legal.
— Nada de assuntos constrangedores?
— Todos — minto e dou risada quando seu semblante transparece ligeira preocupação. — Brincadeira, não muitos.
— Ainda bem. — Suspira de alívio. — Seu pai te espera.
Volto o olhar para o grupo. Nossos pais nos observavam de longe. Despeço-me dele e continuo a andar.
— Vamos? — pergunto e meu pai abre espaço para eu ir na frente, o olhar preso acima do meu ombro.
Bato no dele ao passar, chamando sua atenção. No elevador, resolvo tocar no assunto.
— Pai. Sabe... tem uma coisa que eu preciso te falar.
— É sobre aquele garoto?
— Não! Pai! — Arregalo os olhos. — É outra coisa. — Faço uma pausa para pesquisar o terreno antes de continuar: — Como eu disse, não quero morar ali pra sempre.
— Já entendi. — Algo parece murchar em seu rosto. Era o sentimento de não me ter por perto todos os dias outra vez lhe recaindo. — Isso é pior do que falar sobre garotos.
— Drama, você gostava de Lucas.
— Mais do que você.
— Mais do que eu — dou risada concordando. — Eu tava pensando em ir pro Gama.
— Mas agora? Mal chegou. Tem algo que te incomoda lá em casa?
Sim. Saímos do elevador e caminhamos até o carro.
— Não — minto. — É só que, você sabe. Cresci praticamente sozinha e sou acostumada com pouco barulho desde que você e minha mãe se divorciaram.
Tirando pela parte de música tocando o tempo inteiro quando minha mãe estava presente. Mas isso era algo a parte, ninguém podia viver sem música. O som funcionava como a força motriz da vida, fosse qual fosse.
— Seus irmãos fazem barulho demais.
— Exatamente.
Segundos de silêncio passam.
— Bom, não sou eu quem vai impedir o que você quer. Tá na idade de querer ser independente, embora eu não recomende. — Ele solta uma risadinha. — Quer ajuda pra algo?
Contenho o suspiro. Forças maiores abençoassem meu pai e seu espírito de liberdade.
— No momento, não. — Entro no carro e afivelo o cinto. — Com a venda da casa, já tenho uma grana e os trabalhos que tô fazendo pra família imperial têm ajudado a ganhar ainda mais. — Abro um sorriso de triunfo. — Não pretendo te pedir nada.
Nem quero.
— Não tenha vergonha em pedir se precisar.
Mostro um sorriso verdadeiro e solto um agradecimento.
Nós não voltamos para casa naquela hora. Passamos direto e fomos ao Gama procurar apartamentos juntos. Encontramos um perfeito.
Pequeno e suficiente para uma pessoa viver bem.
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Princesa da Alvorada
RomanceO ano é 2047 e há 26 anos o Brasil deixou de ser uma república presidencialista para voltar ao sistema de monarquia parlamentarista, através de um plebiscito. Em pouco tempo do novo sistema de governo, um massacre acometeu a família imperial no mesm...