Coisas simples tornam-se especiais quando feitas com amor.

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Estava concentrada ao ponto de tudo ao meu redor tornar-se inerte. Meu lápis corria levemente sobre o papel, desenhando os últimos detalhes do vestido. Afastei um pouco o rosto do papel, observando-o com mais atenção. O vestido estava ficando tão lindo quanto o vestido do meu sonho. A saia não era tão volumosa quanto eu gostaria que fosse quando iniciei o desenho, mas era tão linda e perfeita que desisti da ideia de aumentá-la.

Usei os últimos dias apenas para me dedicar aos meus projetos. Depois de John ter me demitido, resolvi me dedicar a novos projetos.

Meu celular começou a tocar dentro da minha bolsa. Estiquei a mão na direção da bolsa e retirei meu celular, vendo o nome de Bianca aparecer na tela. Deslizei meu dedo pela tela do aparelho e atendi.

— Bianca, aconteceu alguma coisa?

— Não, eu só queria te pedir um favor.

— Pode falar.

— Poderia dormir na casa do John hoje?

Ergui minha sobrancelha e soltei o instrumento que usava para desenhar, dedicando toda a minha atenção em Bianca.

— Como é?

— Eu queria fazer um jantar para o Dylan, um jantar especial. Sem pessoas gritando, sem dança de um lado e do outro, apenas eu e ele, sabe? Eu sei que o apartamento é da sua tia, mas eu queria muito usá-lo. Seria apenas essa noite, eu juro e...

Ri, dispensando suas explicações.

— Tudo bem, Bianca. Amanhã quero que me conte tudo o que aconteceu, sim?

— Está bem. Agora eu vou desligar, estou tentando cozinhar algo bem gostoso.

— Tenta não queimar o apartamento, Bianca. — Ri.

— Pode deixar que ele estará inteiro pela manhã. — Riu também. — Tchau, Paola e obrigada.

— Tchau.

Desliguei a chamada, deixei o celular sobre a mesa e virei meu rosto para trás, olhando, sobre o ombro, a janela. A lua já brilhava no alto do céu. Peguei meu celular novamente e vi que já eram sete e meia da noite. Com certeza, a maioria dos funcionários já tinha ido embora. Guardei os meus projetos dentro de uma pasta, guardei todas as minhas outras coisas e saí da sala.

Como esperado, o corredor estava vazio e as mesas também. Fiz meu caminho até o elevador e apertei o botão do último andar. John ainda não tinha indo embora. Saí do elevador e caminhei em direção a sua sala. Passando pela minha antiga mesa, acabei lembrando que a pessoa que tinha me substituído era um homem — para o alívio do meu coração.

Bati na porta de John e, após escutar o seu "entre", entrei. Ele estava sentado sobre sua cadeira, terminando de guardar suas coisas. Já faziam umas duas horas que a empresa havia "fechado", mas sempre ficavam alguns funcionários depois da hora e John era, na maioria das vezes, o último a sair.

— Oi. — Acenei para ele, fechei a porta atrás de mim e me aproximei.

John virou sua cadeira em minha direção, segurou em minha cintura quando eu já estava perto o suficiente de seus braços e me fez sentar sobre seu colo.

— O que vamos fazer agora? — John perguntou, depositando beijos em meu ombro nu.

— Como assim? — Perguntei, confusa.

— Quero sair com você — respondeu, conciso.

— Eu não esperava por isso — confessei, virando-me para encará-lo.

— Esperava pelo quê?

— Não sei, é só que... Bem, eu só não esperava por isso.

— Tem mais alguém na empresa?

Insensato Desejo | Série Dono do Meu Desejo #1Onde histórias criam vida. Descubra agora