Eu acho que quero me casar com você.

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Já fazia dois meses desde que eu tinha voltado para o Canadá.

Esperei a tarde toda por John. Como eu havia conversado com a minha tia sobre eu querer comprar minha casa no Canadá, ela acabou vendendo o seu apartamento. Passei a tarde toda vendo casas à venda, na internet, mas John insistiu para que eu fosse morar com ele e foi isso o que fiz.

Pela manhã, ele levou Max para casa, pois o mesmo tinha que ir à escola e estava com saudade da Fernanda, visto que havia passado exatos dez dias com a gente. Na noite passada, nada demais havia acontecido entre mim e John. Embora eu estivesse com uma vontade absurda de tê-lo para mim, nós dormimos na sala, com Max. Dormimos no enorme sofá cama. Max deitou no meio, então acabamos não tendo nenhum contato físico muito significativo.

Como John havia pedido, eu coloquei uma roupa bem bonita e esperei por ele.

— Paola! — Escutei seu grito vindo da porta e levantei correndo do sofá. 

Assim que o vi no corredor, corri até ele e pulei em seus braços. Seu cheiro delicioso invadiu o meu nariz com veemência. Fui obrigada a colar meu rosto em seu pescoço, inalando seu cheiro com mais vontade. Esperei que meu nariz estivesse satisfeito, afastei-me alguns milímetros e beijei seus lábios com saudade.

— Acho que vou ficar mais algumas horas sem lhe ver — brincou.

— Seu bobo. — Dei um leve tapa em seu ombro. — Então, aonde vamos?

— É uma surpresa. — Beijou minha testa e passou por mim. — Eu vou tomar um banho bem rápido, sim?

— Está bem.

Esperei John tomar banho sentada no sofá, mas acabei me cansando e entrei em seu quarto. Assim que entrei, a primeira coisa que atraiu a minha atenção foi a tatuagem. A tatuagem tribal fechava seu braço inteiro, pegando todo o seu peito direito. Caminhei em sua direção, encantada pela tatuagem.

— Eu adoro essa tatuagem — admirei, deslizando minhas mãos por seu braço direito. — Acho que eu quero fazer uma. O que acha?

— Eu acho que vai ficar muito foda em você — murmurou, colando seu rosto no meu.

— Você acha?

— Tenho certeza.

John me sentou na beirada da cama, ajoelhando-se em minha frente. Seus olhos estavam muito diferentes do que eu estava acostumada ver, mas, ao mesmo tempo, estavam tão conhecidos que eu abri um sorriso em resposta.

— O que foi? — indaguei.

— Nada — respondeu, em um sussurro. Puxou meu braço e beijou minha mão, subindo gradativamente seus beijos. Assim que chegou em meu ombro, afastou o rosto do mesmo, grudando-o no meu rosto. — Ainda é difícil de acreditar que você está aqui, bem na minha casa.

— Por que?

John fechou os olhos e beijou-me lentamente.

— Apenas estou muito feliz.

Abri um sorriso e correspondi ao beijo.

— Se você continuar agindo desse jeito iremos nos atrasar.

— Mas eu não estou fazendo nada — defendi-me.

— É claro que está. Olha como está vestida. — Olhou diretamente para os meus seios e abriu um sorriso obsceno que eu conhecia há tempos. — Você está linda e cheirosa pra caralho.

— Você vai gostar ainda mais da surpresa que eu tenho para você — garanti, levantando-me também.

John mordeu o lábio inferior, puxando-me pelo braço.

Insensato Desejo | Série Dono do Meu Desejo #1Onde histórias criam vida. Descubra agora