A mulher faz sexo por vários motivos. O prazer é o maior deles

4.5K 508 38
                                    

Parei diante do espelho, admirando a pessoa que estava refletida. Parecia qualquer pessoa, menos a Paola Vitale. Era totalmente diferente da imagem que eu tinha, da pessoa que eu era na Itália. A Paola Vitale de sempre, a que vestia roupas formais e elegantes, que usava joias caras, que não frequentava lugares como baladas, que não bebia apenas para se divertir e apenas pensava no trabalho, não era a que estava refletida no espelho.

A mulher no espelho parecia uma pessoa normal, com emoções e sentimentos, diferente da ilustre Paola Vitale. E ela usava um vestido curto, vermelho e com muito brilho. Mesmo que fugisse totalmente do que eu estava acostumada, me senti bem, me senti livre. Não que eu não gostasse de me vestir com roupas finas e elegantes, mas, pela primeira vez, eu estava vestindo algo diferente, sem me importar com o que a mídia diria de mim, sem me importar se isso influenciaria negativamente ou não no meu objetivo.

Ao mesmo tempo que era estranho era libertador.

— Nossa, você está linda — Bianca exclamou, entrando em meu quarto. Ela me olhava de cima a baixo, com admiração, entretanto, ela também não ficava atrás. O vestido preto, brilhoso como o meu e colado ao corpo, destacava as curvas de seu corpo e dava um destaque especial ao seu cabelo loiro. — E diferente.

— Eu sei, acho que é a primeira vez que estou vestindo algo assim. — Passei as mãos pela barra do vestido. — É um pouco estranho, mas eu gostei.

— Você está vivendo, Paola, apenas isso. — Se aproximou e segurou minhas mãos. — Fico feliz que, em meio a tantas coisas ruins, esteja encontrando algo bom.

— É como se eu estivesse me redescobrindo.

— E é uma redescoberta maravilhosa, permita-me dizer. — Mostrou um sorriso singelo. — Então, o que achou? — Apontou para o próprio vestido.

— Está muito bonita — a admirei. — Essa cor caiu bem em você.

— Quero transar hoje. — Suspirou, jogando-se dramaticamente no batente da porta; o dorso da mão espalmado no meio da testa.

— Quero uma novidade, Bia. Você só pensa em sexo. — Ri.

O som do telefone na sala chegou aos nossos ouvidos, chamando nossa atenção.

— Ele chegou — ela elevou a voz, como se fosse uma adolescente de quinze anos, esperando o garoto que gostava para eles terem finalmente o primeiro encontro, e correu para fora do quarto. — Vamos, Paola!

— Estou indo.

Saímos do apartamento que uma tia tinha nos emprestado e, quando saímos do prédio, vimos um carro preto, bastante chamativo.

— Entre primeiro — falou e então caminhou de volta para o prédio.

Dei de ombros e entrei no carro, vendo um homem sentado no banco do motorista.

— Boa noite — cumprimentei, vendo-o virar-se para trás para fazer o mesmo.

— Boa noite. — Um sorriso se alastrou por todo o seu rosto, destacando as maçãs do seu rosto e evidenciando duas covinhas.

— Eu sou Paola. — Estendi a mão direita para ele, abrindo um sorriso singelo. — Sou amiga da Bianca.

— Ela me falou de você, sou Dylan. — Retribuiu o cumprimento. — São amigas há muito tempo?

— A vida inteira — respondi. — Você é à prova de balas, Dylan?

— Como é? — Me lançou um olhar confuso.

Sorri para ele em resposta e apertei sua mão com mais força.

— Se você machucar a minha amiga, considere-se um homem morto.

Insensato Desejo | Série Dono do Meu Desejo #1Onde histórias criam vida. Descubra agora