ᴅᴀʀᴋ ↻ blake gray

t e n

BLAKE

Eu estava feliz.

Na verdade eu estava muito mais do que feliz.

Apesar de ainda estar um pouco frustrado com o fato de que a Summer escondeu um filho meu, nós finalmente tínhamos nos acertado.

E estávamos bem.

Fora o fato de que eu consegui fazer com que o meu filho se chamasse Dylan.

Como sempre Blake Gray consegue tudo o que quer.

Mas isso não quer dizer que eu esteja me gabando, não mesmo.

É só que eu tenho razão na maioria das coisas das quais falo.

E isso é mais uma das coisas das quais eu tenho razão.

__ Eu não acredito que você me convenceu a escolher Dylan ao invés de Matthew, eu pensei que fosse ser Matthew Dylan! __ Summer disse com um bico enquanto cruzava os braços.

__ Ainda nesse assunto? __ revirei os olhos a encarando. __ Eu já te disse que Dylan é o melhor nome, para de reclamar e admite logo que eu tenho razão.

__ Claro, Blake. Você sempre tem razão, me desculpa. __ ela disse ainda de braços cruzados.

Eu amava a Summer, mas os hormônios dessa gravidez não estão afestando só ela.

Na verdade eu acho que estão me afetando bem mais do que ela.

Porque minha nossa Senhora, essa mulher grávida chega a ser até insuportável.

__ Obrigada por confirmar o que eu já sabia. __ sorri para ela sem tirar os olhos da televisão e a ouvi bufar.

Nós estávamos sentados na sala, vendo um filme sobre um tal de Thomas em um tal de labirinto.

Não é como se eu estivesse afim de ver esse filme ou qualquer outro que fosse escolhido pela Summer, geralmente porque os filmes que ela escolhia sempre a faziam chorar.

Como naquele em que o navio afunda, ou aquele no qual o cara morre do nada ( nem doente ele estava! ), quer dizer... O cara já tinha perdido uma perna pro câncer e de repente morre, e a namorada toda ferrada fica viva.

Qual é o sentido disso?

Será que esses autores e diretores gostam de brincar com a vida de uma pessoa assim?

De qualquer forma isso não é importante, porque a minha opinião já não é basicamente nada nessa relação.

Se ela quer um filme que eu não quero, eu sou obrigado a assistir, sem contrariar.

E se eu contrariar é capaz de que ela chore até que eu coloque a droga do filme que ela quer assitir.

Ou seja, ela parece uma criança de cinco anos. Uma criança de cinco anos  grávida.

Isso porque ela não tem nem quatro meses de gestação.

Só Deus sabe o que eu ainda vou passar até os seis meses que ainda vem pela frente.