Ciúme, amor e paz

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Acordei no outro dia com o choro de Miguel, levantei correndo e achei ele, Fernando e minha mãe no corredor.

- O que houve? - Perguntei, com a voz rouca de sono, mas despertei na velocidade de um raio.

- Ele saiu correndo e bateu de cara na parede. - Minha mãe explicou.

Meu filho estava no colo do pai, todo magoado com o tombo.

-Deixa mamãe ver - Falei, acariciando seu rosto.

Ele levantou o rosto e se jogou para meu colo, estava com um galo na testa, estava bem vermelho.

-Vou pegar gelo - Fernando avisou, mas antes de ir me deu um selinho.

-Me parte o coração quando ele cai - Vovó sofria junto.

-É assim mesmo, ainda vai cair muito brincando e correndo por aí - Falei, fazendo carinho em suas costas, tentando acalmá-lo.

Fomos para meu quarto e assim que papai voltou, colocamos o gelo. Não foi preciso muito tempo para ele parar de chorar, mas ficou todo manhoso, tudo queria colo, pedia beijo na testa, já estava se aproveitando da situação. Após o susto, Fernando precisou se arrumar, precisava dar uma passada na empresa.

-Não vou passar o dia todo lá - Falou, abotoando a blusa - Vamos juntos pra boate, né?

-Vamos sim.

Ele deu um abraço no filho, beijou o pequeno "galo" em sua testa e fomos até a sala juntos, meus pais não estavam por ali, Rosa já não estava indo. Só voltaria dia 4 junto com Maria.

-Vou chegar mais cedo para termos um tempinho pra nós - Falou, quando chegamos á porta.

-Tudo bem. - Sorri.

Demos um longo beijo, e ele foi.

A intenção de conversarmos foi por água abaixo quando peguei meu celular, as meninas fizeram um grupo no Whatsapp e pediram que todas chegassem cedo na despedida e sem os respectivos maridos para fazermos brincadeiras com nossa noivinha. Já tinham tudo acertado com Marcelo e o gerente da boate, mandei várias ideias do que podíamos fazer, inclusive aquela brincadeira do "Eu Nunca", que era de lei.

Meus pais dormiriam com Miguel para que eu pudesse ir com calma curtir a noite, mas já tinham pedindo que eu os deixasse no apartamento, precisavam checar como as coisas estavam por lá e minha mãe cismava que estava atrapalhando minha reconciliação com Fernando ficando em minha casa, coisa que só existia na cabeça dela.

Aproveitei o silêncio devido á saída do Miguel com os avós e passei a maior parte do tempo lendo. Antes de começar a me arrumar para pegar Amanda, como já havia combinado, liguei para Fernando.

-Oi, amor - Ele atendeu.

-Oii, Fê... Como estão as coisas? - Perguntei, sentando na espreguiçadeira.

-Tudo bem, já já chego aí.

-Que bom, mas liguei pra te avisar que vou mais cedo pra boate, as meninas planejaram umas brincadeiras, uma pequena farra só entre nós agora á tarde.

- Sendo assim, vou combinar uma farra com Gael também, só os homens. - Brincou.

Gargalhei ao telefone, não aquilo fosse um problema, mas eu sabia que ele estava brincando.

-Combina sim – Falei, de forma divertida.

Ele riu, mas mudou de assunto.

-Não vejo a hora de estar com você, conversar, te curtir...

Aconteceu! E agora? II (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora