O fazendeiro - Capitulo 6

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"O fazendeiro" (Capítulo 6)

Autora: Adriele Lima

Conforme ele havia me mencionado, a noite se prolongou consideravelmente. Houve inúmeras conversas, falaram sobre os acontecimentos do dia e pedidos de músicas, de modo que o tempo escapou despercebido. Já era madrugada quando decidimos voltar para casa, despedindo-nos de todos antes de partir a cavalo.

No trajeto de volta, eu percebia quando ele se aproximava de mim de propósito, apertando seus braços em torno de mim. Logo, ele notou que eu estava com frio.

- Você está muito gelada. Espere -(disse ele, retirando sua jaqueta para que eu a vestisse).

- Obrigada, não era necessário (respondi, embora internamente estivesse profundamente agradecida, pois estava tremendo de frio).

Ele aproveitou meu estado de frio para me abraçar enquanto cavalgávamos. E, surpreendentemente, eu gostei disso; eu gostava de sua companhia.

Então, de repente, ele parou o cavalo e desceu.

- Venha aqui, quero que você veja algo.

Ele me ajudou a descer e caminhamos em direção a uma cerca, embora fosse difícil enxergar alguma coisa devido à escuridão.

- Mas o que você quer que eu veja? Não consigo ver nada. (perguntei, confusa).

De repente, ele segurou minha mão e me puxou para mais perto dele, colocando suas mãos entre meu pescoço e me beijando. Após notar minha resposta ao beijo, ele soltou uma de suas mãos, que desceu até minhas costas, perto da minha cintura, e me aproximou ainda mais dele. Ele estava ofegante. Aquele beijo era apaixonante, e eu não queria que ele terminasse. Ele me abraçava com firmeza, acariciando meu corpo. Eu estava extasiada, desejando que o tempo parasse naquele momento. Era um beijo apaixonado, quente e prolongado. Em seguida, ele começou a beijar meu pescoço. Estava claramente fora de controle. Senti-o se movendo em direção ao meu pescoço e dando uma mordidinha leve em minha orelha, sussurrando:

- Durma comigo esta noite (sussurrou, com a respiração pesada em meu ouvido).

Eu não podia aceitar. Era meu primeiro beijo e meu primeiro contato com um homem. Apesar da loucura que ele estava despertando em mim, eu estava com medo. E se ele estivesse se aproximando de mim com más intenções?

- Não posso, vamos com calma. ( respondi ).

- Tudo bem, você está certa... Mas deixe-me beijar seus lábios mais uma vez (pediu ele).

Ele me puxou novamente para seus braços, desta vez suas mãos estavam em minha cintura, e como poderia eu impedi-lo? Eu estava gostando. Era excitante e só melhorava a cada segundo. Ele me pressionava contra ele com firmeza, ansioso, e eu podia sentir sua excitação roçando contra mim. Ele estava claramente fora de si. Eu sabia que precisava parar com aquilo. Era cedo demais para chegar a esse ponto.

- É melhor irmos, estou com frio ( Disse, afastando suas mãos de minha cintura e puxando-o de volta para o cavalo).

Ele não queria parar, mas não insistiu, e nós seguimos em frente. Ao chegarmos em casa, fomos cada um para nossos quartos. Antes que eu pudesse entrar no meu quarto, ele me agarrou e me empurrou contra a parede do corredor, beijando-me novamente. Dessa vez, ele me apertava contra a parede e tocava meus seios. Eu consegui me esquivar a tempo.

- Boa noite, até amanhã ( disse, tentando me soltar).

- Não, venha aqui, quero dormir abraçado com você.

Resisti e entrei no meu quarto. Ele empurrou a porta, mas eu tranquei. Enquanto fiquei encostada nela, com o coração acelerado e a respiração ofegante. Meu corpo clamava por ele, mas eu sabia que não podia me entregar daquela forma, afinal, mal conhecia aquele homem.

Após um momento de reflexão, decidi tomar um banho antes de dormir. A água quente parecia acalmar meus pensamentos turbulentos. Enquanto a água escorria pelo meu corpo, eu tentava entender o que estava acontecendo e o que eu realmente queria.

Depois de me secar e vestir, deitei na cama, com a mente repleta de pensamentos sobre tudo o que havia acontecido. Meu coração estava dividido entre a atração que sentia por ele e o medo de me entregar tão precipitadamente. Lentamente, o cansaço me envolveu, e eu adormeci, ainda pensando nos eventos daquela noite tumultuada.

Continua no Capítulo 7.

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