O ar estava carregado de expectativa enquanto mais alguns vaqueiros se preparavam para a competição. Eu observava, com o coração acelerado, chegou a vez do Gustavo e seu cavalo, ambos determinados a enfrentar o desafio pela frente. A multidão ao nosso redor estava em silêncio, esperando o momento crucial.
O sinal foi dado, e Gustavo e seu cavalo dispararam pela arena com uma energia inigualável. Cada movimento era calculado, cada estratégia bem pensada. A tensão no ar era palpável quando, de repente, algo deu errado. O cavalo tropeçou em um buraco, lançando-o violentamente ao chão.
Um grito escapou dos meus lábios enquanto eu via meu irmão ser lançado ao chão poeirento da arena. Meu coração pareceu parar por um momento, o medo me inundando. Corri para sair do camarote indo em direção à arena, ignorando tudo ao meu redor.
A urgência de correr até lá, de garantir que estivesse bem, tomou conta de mim, mas antes que conseguisse sair do camarote, Johnny apareceu ao meu lado.
- Isabella, não! É perigoso entrar lá agora. Os paramédicos estão a caminho. Vamos deixar os profissionais cuidarem dele. ( Sua voz, normalmente suave, tinha uma firmeza que me fez hesitar).
Meus olhos se encontraram com os dele, vendo a preocupação refletida em seus olhos. Ele segurou meus braços suavemente, tentando me acalmar, mesmo quando minha mente estava em tumulto.
- Mas eu tenho que ir ver como ele está. Eu não posso ficar aqui sem fazer nada enquanto ele está machucado. ( Minha voz estava embargada pelo medo, mas também pela frustração de me sentir impotente).
Johnny suspirou, seu toque suavizando.
- Eu sei como você se sente, Isabella, mas precisamos confiar nos profissionais. Eles vão cuidar dele da melhor maneira possível. Vamos, vou te acompanhar até a área médica.
Com o coração batendo forte no peito, eu olhei nos olhos dele, encontrando um misto de compreensão e preocupação. Respirei fundo, tentando controlar as lágrimas que ameaçavam cair, e assenti, concordando com ele. Ele me guiou suavemente em direção à área médica, suas mãos firmes em meus braços.
Os paramédicos estavam ocupados avaliando os ferimentos de Gustavo e agindo rapidamente para imobilizá-lo, vi que ele estava consciente, mas claramente machucado. Seu rosto estava contorcido de dor enquanto ele tentava aguentar o trabalho dos paramédicos. Eu me ajoelhei ao lado dele, segurando sua mão com firmeza, meu coração apertado de angústia.
- Gustavo, você está bem? ( Minha voz tremia enquanto eu olhava para ele, desesperada por qualquer sinal de que ele não estivesse gravemente ferido).
Ele piscou para mim, seus olhos cheios de dor, mas também de determinação.
- Vai ficar tudo bem, Isa. Eu só... só preciso de um momento.
Enquanto os médicos terminavam seu trabalho, eu segurei sua mão, rezando silenciosamente para que ele se recuperasse completamente. A multidão ao redor murmurava em choque e preocupação, Após alguns momentos que pareceram uma eternidade, os paramédicos levantaram Gustavo cuidadosamente em uma maca, preparando-se para levá-lo para a ambulância. Meu coração apertou ao vê-lo tão vulnerável, mas eu sabia que ele estava nas mãos de profissionais qualificados.
Enquanto observávamos a ambulância desaparecer ao longe, uma sensação de desamparo me envolveu. A preocupação com Gustavo ainda pesava em meu coração, mas também havia uma sensação de vazio, uma incerteza sobre o que aconteceria a seguir. Eu me sentia perdida e vulnerável diante da situação. Johnny percebeu minha angústia e, gentilmente, colocou um braço ao redor dos meus ombros, oferecendo-me um apoio silencioso. Sua presença era reconfortante, uma âncora em meio à tempestade de emoções que eu enfrentava.
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O fazendeiro
RomanceIsabella reside em uma modesta propriedade rural, onde convive com seu autoritário progenitor, que a submete a tratamentos cruéis desde o seu nascimento. A mãe de Isabella faleceu durante o parto, e seu pai a responsabiliza por esse trágico evento...