Versão da Isabella:Quase desabei em seus braços quando ele finalmente abriu a porta. Seu olhar exibia surpresa misturada com hostilidade; pelas expressões dele, parecia ter bebido a noite toda. Foi então que lembrei da vadia na sala, e minha raiva explodiu.
- O que diabos aquela vadia está fazendo aqui, Johnny? ( gritei).
- Sério mesmo que está me perguntando isso? Não foi você mesma que vi nos braços de outro ontem ? Então me diga, o que VOCÊ está fazendo aqui? ( ele retrucou).
Respirei fundo, tentando controlar as emoções tumultuadas dentro de mim, Olhei para ele, minha raiva misturada com desespero.
- Então você dormiu com ela ? ( Minhas mãos tremiam enquanto eu segurava as lágrimas).
Ele suspirou, passando a mão pelo cabelo em um gesto de frustração semelhante ao meu, seus olhos foram em direção a Olga, que nós observava no final do corredor.
- Talvez! ( seu tom cheio de desdém).
Eu senti meu coração se apertar diante da resposta dele. A dor e a traição cortavam fundo, mas eu precisava manter minha compostura.
- Você não entende, Johnny! Eu não estava te traindo. Gustavo é meu irmão, por Deus! ( minha voz tremia, mas eu estava determinada a não deixar que ele visse minhas lágrimas).
Ele desviou o olhar, parecendo momentaneamente desconcertado com minhas palavras. Foi então que eu decidi que não poderia mais aceitar essa situação.
- Chega, eu não vou mais fazer parte disso. Não mereço ser tratada assim. ( Minhas palavras eram firmes agora, carregadas de uma nova determinação).
Naquele momento de coragem, eu me virei e saí pelo corredor, decidida a deixar para trás o que restava do nosso relacionamento. Ao passar pela porta quase puxei a Olga pelos cabelos quando notei o sorriso em seus lábios, No entanto, resolvi que não iria me rebaixar a esse nível. À medida que eu caminhava até o carro, onde o Gustavo me esperava, ouvi passos apressados atrás de mim. Johnny correu para alcançar-me, seu rosto uma mistura de arrependimento e urgência.
- Isabella, por favor, espere! ( ele chamou, sua voz soando quebrada e desesperada).
Eu parei, olhando-o nos olhos, minha expressão uma mistura de tristeza e resignação. Ele se aproximou, as palavras presas na garganta enquanto lutava para encontrar as palavras certas.
- Eu não consegui, Isabella. Quando eu cheguei ontem a noite a Olga estava aqui, mas não aconteceu nada, ela tentou, mas eu só conseguia pensar em você. Falei aquilo lá dentro porque eu estava com raiva.
- Não acredito em você, não depois do que eu vi aqui. (Minhas palavras eram suaves, mas firmes).
- Isabella, precisamos conversar.( Ele insistiu).
- Está acabado, Johnny. Quando te vi ontem na fazenda, confesso que achei que nós dois poderíamos ter uma reconciliação, mas depois do que vi aqui hoje, prefiro seguir minha vida. Não vou viver ao lado de um homem que, na primeira raiva que tiver, irá se jogar nos braços de uma vadia qualquer.( Eu balancei a cabeça, lutando contra as lágrimas que ameaçavam cair).
Ele segurou minhas mãos, implorando por uma chance.
- Por favor fique,Isabella, eu te amo.
- Você já está muito bem acompanhado.(Com essas palavras, eu me soltei de suas mãos e me afastei, deixando-o para trás).
Ele abaixou a cabeça, parecendo derrotado. Eu vi a dor em seus olhos e, por um momento, hesitei. No entanto, com um último olhar triste, eu continuei a andar, decidida a seguir em frente, mesmo que meu coração ainda estivesse partido.
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O fazendeiro
RomanceIsabella reside em uma modesta propriedade rural, onde convive com seu autoritário progenitor, que a submete a tratamentos cruéis desde o seu nascimento. A mãe de Isabella faleceu durante o parto, e seu pai a responsabiliza por esse trágico evento...