O fazendeiro - Capitulo 23

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Versão da Isabella:

  Aproveitei a manhã em casa sozinha e preparei um almoço especial, na verdade eu queria mesmo era tentar me distrair dos meus pensamentos sobre o Johnny  na cidade com outra mulher que por sinal, espera um filho dele agora. Dentro de mim várias emoções se misturam, uma insegurança que não consigo explicar me consome.
   Por volta das uma da tarde, ele finalmente estacionou na garagem de casa. Saiu do carro com um semblante sério, imerso em seus próprios pensamentos, como se estivesse perdido em um mundo interior, eu estava na varanda da casa a sua espera.
  Antes que ele pudesse entrar em casa, corri para abraçá-lo. No entanto, algo me fez paralisar. Sua camisa estava levemente desabotoada, com alguns botões até mesmo faltando, como se alguém os tivesse arrancado de forma brutal. E antes que eu pudesse questionar o que havia acontecido, uma caminhonete que se aproximava da entrada principal da fazenda chamou a nossa atenção. Imediatamente, os seguranças do portão intervieram, impedindo a entrada do veículo. Somente quando a entrada do veículo foi permitida, pude identificar que se tratava de uma viatura da polícia. Meu coração gelou instantaneamente, imaginando que o Johnny poderia ter feito algo enquanto esteve na cidade.
O veículo parou em frente à casa, e dois agentes uniformizados saíram. Johnny prontamente se dirigiu até eles, e depois de um aperto de mãos e uma conversa rápida, os três vieram em minha direção.

- O que está acontecendo? Por que a polícia está aqui? ( perguntei, angustiada).

- Senhora  Isabella, temos uma notícia importante para comunicar. (Um dos agentes falou com uma expressão séria)

- Lamentamos informar que o seu pai  foi encontrado morto hoje cedo na prisão. Parece que ele cometeu suicídio.

- Você está bem? (Jhonny perguntou, olhando para mim, preocupado)

- Sim, eu estou bem. Ele nunca foi um pai para mim, mas isso ainda é chocante. (Respondo com uma mistura de choque e alívio).

- Sabemos que é uma situação difícil. Estamos aqui para prestar apoio e fornecer informações adicionais, se necessário.

- Eu não quero mais saber sobre ele.

- Isabella, há algo mais que você precisa saber. (Johnny diz com uma expressão séria)

- O que é?

- Você tem um irmão.

- O quê? Eu tenho um irmão? ( pergunto chocada).

- Sim, seu pai teve um filho com uma antiga empregada antes de você nascer, na época ele registrou a criança por insistência da sua mãe, mas depois que ela faleceu ele nunca mais quis saber do menino ( um dos agentes responde).

- Isso é... inacreditável. Eu não fazia ideia de que tinha um irmão. Onde ele está agora?

- Enviamos outra equipe até sua residência para avisá-lo, mas parece que ele viaja muito, não sei se conseguiremos contato com ele por agora.

  Após uma breve troca de palavras, eles partiram, deixando-me atônita com toda aquela informação. Por dentro, uma sensação de felicidade crescia por ter um irmão, e em silêncio, fiz uma prece a Deus, pedindo que ele fosse uma pessoa de bom coração.

   Na cozinha, durante o almoço, Johnny estava visivelmente sério e parecia estar inquieto, como se estivesse buscando a maneira adequada de me revelar algo.

Ele brincava com o garfo no prato, olhando para a comida sem realmente comê-la, então me lembrei da sua camisa rasgada. Finalmente, depois de um longo suspiro, ele decidiu abrir seu coração.

- Tenho algo importante para te falar. (disse com uma voz hesitante) - é sobre algo que aconteceu hoje.

Eu o olhei com curiosidade, esperando que ele continuasse.

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