Capítulo 45

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Capítulo 45 – Uma luta injusta

P.O.V. Bella

Eu estava dormindo quando meu quarto foi invadido bruscamente. Meu salto sobre a cama foi alto e então eu foquei na bela figura ruiva em minha porta.

- Isabella. — Ela disse.

- Não fui eu! — Digo e ela me olha estreitando os olhos.

- Foi você sim! — Ela diz. — Por que falou para ele sobre a alma dele?

- Ele tinha uma lança em meu pescoço. — Digo. — Eu gosto de respirar, caso não saiba.

- Você está me dizendo que Edward, meu filho, ameaçou você com a arma dele? É isso? — Elizabeth pergunta.

- Eu preferia que fosse aquela outra arma. — Digo, saindo da cama. — E outra coisa, como invade assim meu quarto? Eu podia ter atacado você, velha rabugenta.

- Isabella. — Ela diz entre os dentes, corando um pouco devido a minha palavra de duplo sentido. — Por que falou a verdade?

- Ele precisa saber. — Digo. — As coisas estão ficando fora do controle, se não encontrarmos um jeito de parar Margarida será nosso fim.

- Estamos com a Rosa de Ouro. — Ela diz. — Eu sei que você sabe onde ela está, assim como sabe onde estão todas as outras relíquias.

- Isso é você que está dizendo. Agora sai, quero tomar banho, tenho aula. — Digo torcendo o nariz. – E da próxima vez use a porta.

- Ele está furioso com todos lá em casa. — Ela me informa.

- Eu também ficaria se mentissem para mim. — Digo. – Ah, lembrei, vocês já fizeram isso comigo, sei como é essa sensação.

- Às vezes eu não sei com qual Isabella estou lidando, você fica pior a cada dia.

- Pelo contrário, eu ficou melhor a cada dia. — Digo. — Não foi minha culpa, apenas acho que está na hora de colocar as cartas na mesa.

- Quando vai colocar as suas cartas? — Elizabeth pergunta.

- Eu salvei você. — Digo, chegando perto. — Sei tudo sobre sua família e sua linhagem, sei toda as histórias desse lugar. Desculpa, eu não tenho nada a falar.

- Assim como também está colocando meu filho em perigo. — Ela diz. — Se me fizer escolher entre você e ele, ficarei com ele, sabe disso.

- É uma ameaça? — Eu pergunto.

- Apenas um aviso. — Ela diz.

- Espero que tenha destruído a máquina do tempo do meu pai. — Digo. — Devia conversar com Alice mais vezes, ela tem a mania de ver o futuro das pessoas.

- O que quer dizer? — Elizabeth pergunta.

- Sei como você morre. — Digo e levanto um sobrancelha. — E sei que a máquina ainda não foi destruída, vou lhe contar um segredo, eu não sou a única que sabe como matar um imortal, outras pessoas também conhecem.

- Está me ameaçando? — Ela pergunta.

- Apenas lembrando. — Digo. — O futuro é algo incerto quando fazemos escolhas erradas.

- Eu não vou destruir aquela máquina. — Ela avisa.

- Pois ela causará sua morte. Lembre-se disso. — Digo. — Agora sai do meu quarto e peça desculpa para meus pais pela sua invasão.

Elizabeth não disse nada, apenas saiu do quarto, e eu precisava encontrar uma pessoas antes da aula.

(...)

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