Capítulo 41 – Apenas algumas lendas!
P.O.V. Edward
As coisas no acampamento estavam ficando pior a cada dia, as pessoas viviam com medo. Ainda mais depois que a Margarida fez seus movimentos, ela atacou dois vilarejos, os destruindo completamente. Ela estava procurando algo, algo que era completamente desconhecido para nós.
- Pensativo demais. – Thomas disse, se juntando a mim na varanda.
- Tentando entender o que está acontecendo.
- Chegou a algum lugar?
- Nada, tudo parece pior quando eu tento entender. – Digo.
- Sei como é. – Thomas comenta. — As pessoas estão com medo, mesmo com Soldados de Elites e os outros soldados eles estão com medo.
- Elizabeth estava conversando com John. – Comento.
- Eu sei, papai falou comigo. – Thomas comenta. — Eles querem que Bella volte a lutar, eles acreditam que ela é a nossa melhor chance de vitória.
- É melhor ele esquecer isso. – Digo, olhando para meu irmão. — Bella não quer saber de lutar, acho que Ana foi sua última vítima.
- Eu conversei com ela. – Thomas disse. — Ela disse que está bem em só cuidar das flores. – Havia ironia em cada palavra dele.
- Detesto isso. – Comento irritado, não é que eu não amasse Bella, mas algumas coisas nessa nova Bella me irritava, esse lado bonzinho demais me deixava louco.
- Se tivesse um jeito de ela voltar a lutar... – Thomas comenta. — Por falar nisso, por que matou a Lucy? Mamãe ficou bem assustada com sua reação.
- Ela não ia parar. – Eu comento. — Ela achava que Bella era culpada por algo e nunca ia parar.
- Então você a matou. – Thomas comenta. — O saco é que não deu para tirar informação nenhuma dela.
- Papai está com o diário de Ana, acho que ele já sabe tudo o que precisa saber.
- E Bella também. – Thomas comenta. — Ela leu a mente dela bem antes de você a matar, Bella sabe bem mais do que sempre diz. – Ele comenta e me olha. – Acho que falta bem mais coisas.
- Por que a Tia está evitando você? – Eu pergunto a Thomas, mudando o assunto e ele suspira.
- Ela está com raiva porque eu a beijei.
- Espero que ela pelo menos tenha lhe socado. – Digo e ele me olha.
- Credo, igualzinho a ela. – Thomas diz e eu o olho sem entender. — Bella. Ela disse isso também.
- Bem a cara dela. – Comento, sorrindo de canto. – Às vezes acho que está faltando alguma coisa nela.
- Suas lembranças. – Thomas diz, meio que zombando.
- Não são só as lembranças, há bem mais. – Digo, de forma pensativa. — Ouvi a mamãe e o papai falando ontem, já tinha ouvido alguns comentários sobre nossa família, mas nunca levei a sério, mas ontem papai e mamãe falavam de algumas lendas sobre nossa família. Lendas que eu nunca ouvi.
- Vamos dar uma volta. – Thomas diz.
- Eu estou de castigo ainda. – Relembro ele.
- Relaxa, papai não está em casa e mamãe está presa na biblioteca.
- A culpa vai ser sua dessa vez. – Digo e ele sorri.
- Pode deixar, eu assumo toda a culpa.
Saímos correndo em meio a noite, seguindo em uma única direção.
(...)
Estávamos na praça, Bella estava sentada em um dos bancos, ao seu lado está Rosie, Emmett estava em uma missão essa noite, Jasper e Alice estavam lá também.
- Olha só. – Rosie disse. — Receberam a tão sonhada liberdade?
- Não provoca. – Digo, rindo. — Oi, vocês. – Falo para eles e puxo Bella, dando beijo rápido e discreto nela. — E oi, você.
- Oi, você também. – Ela diz, dando um sorriso de lado.
- Ei, Bella, quero fazer uma pergunta para você. – Thomas disse, já sentando no chão mesmo.
- Não faço ideia de onde a Tia anda. – Ela diz, com ironia na voz.
- Não vim perguntar dela! – Thomas diz, irritado.
- Tem certeza? Eu acho que você quer saber sim. – Ela provocou.
- Ok. Vá a merda, antes que eu esqueça de mandar. – Thomas diz e mostra o dedo para ela, o que faz ela sorrir.
- Qual é a pergunta? – Ela quis saber.
- Quais lendas sobre nossa família você conhece? – Thomas pergunta e ela enruga a testa. – Não minta, você conhece. – Ele diz. — Eu sei e você já me disse isso uma vez.
- Depende da lenda, o que você quer saber?
- Sobre o nosso sangue. – Eu digo. – Ouvi papai e mamãe falando sobre uma lenda que leva nosso sangue.
Bella morde os lábios e então respirava discretamente, mas eu estou atento a cada movimento dela, então estou vendo que ela não se sente à vontade ao falar sobre isso.
- Existe uma lenda onde o sangue de um Drácula pode tornar outra pessoa imortal.
- Como? – Todos dizem juntos, o que faz ela bufar.
- Acho que eles chamam de amor verdadeiro. – Bella comenta. — É o nome da lenda, na verdade a maioria das lendas sobre a família de vocês nunca foram comprovadas, são apenas histórias.
- Mas existe. – Eu digo, olhando para ela. – Termine a história.
Ela morde os lábios e respira fundo, sentando novamente de maneira meio desleixada.
- Vocês Dráculas tem imortalidade no sague. – Bella diz. — Porém, não é algo fácil de se obter, apenas um Drácula pode tornar outra pessoa imortal, ele tem que amar essa pessoa e oferecer seu sangue de forma única.
- Jurando amor eterno. – Thomas disse.
- Mais ou menos isso. – Bella diz e então me olha. — Nunca foi comprovado.
- Quais são as outras lendas? – Thomas pergunta.
- Dizem que apenas uma alimentadora pode matar um Drácula. – Ela comenta. — Outra que se cortar a cabeça de um Drácula ele morre.
- É possível? – Eu pergunto e Bella revira os olhos.
- Quem sabe? A única coisa que posso dizer é que todas as lendas são verdadeiras. – Ela fica de pé. — Preciso ir para casa.
- Eu levo você. – Eu digo. — Thomas, me dê cobertura.
- Claro, irmãozinho.
Reviro os olhos para ele e sigo Bella, andando em direção a sua casa, vamos em silêncio uma boa parte do tempo. Então eu quebro o silêncio, perguntando o que realmente me incomodava e há muito tempo eu queria saber.
- Como? – Eu pergunto e ela me olha sem entender. – Como funciona essa coisa de suas lembranças serem apagadas? Você lembra de algumas coisas, mas quando se trata de nós parece que...
- Eu não sei bem. – Bella diz. – Quando aconteceu pela primeira vez, minha mãe me disse que eu tinha sete anos, foi quando a Rainha Louca tentou me matar, ela meio que ativou a marca da maldição em mim. A segunda vez foi com Caius, foi quando ele tentou me matar e eu quase morri de verdade, ele disse que meu coração parou de bater por alguns minutos. E agora quando Lucy e Ana armaram a respeito da morte da minha mãe.
- Como você sabe quais lembranças perdeu?
- Na primeira vez eu esqueci completamente tudo sobre a minha família, Charlie e Renée ficaram bem preocupados. – Ela me diz. — Na segunda vez eu esqueci tudo o que eu tinha feito durante os últimos cinco meses. – Ela fica em silêncio, olhando para suas mãos. – E agora eu esqueci de você. Tudo a respeito de você e sua família. Tudo o que aconteceu nos últimos meses. Não é algo planejado, muitas vezes são lembranças aleatórias, às vezes sem importância, às vezes com muita importância.
- Então você não tem como controlar quais lembranças serão apagadas. – Eu comento no final, quando ela fica calada.
- Eu conheço vários jeitos de recordar. – Ela diz e então eu olho para ela e vejo que há uma tristeza em seu olhar. — Existe mais de uma forma de recuperar lembranças perdidas, eu descobri isso quando aconteceu a segunda vez.
- Então você pode recuperá-las? – Eu pergunto.
- O problema é que eu não quero lembrar. – Ela me informa. – Eu não tenho pesadelos quando isso acontece, é como se eu nunca tivesse feito nada cruel. Eu posso me olhar no espelho sem me sentir culpada. Eu não preciso delas, Edward, se elas voltarem eu sei que ficarei mais perdida ainda.
- Não é verdade. – Eu falo. — Bella, talvez você tenha esquecido algo importante, algo que muda tudo.
- Tudo o que eu preciso saber eu já sei. – Ela diz e então me puxa, me beijando com urgência, carinho e medo, um medo que eu não saberia dizer qual é.
(...)
Eu entrei pela janela do meu quarto, Thomas estava no meu quarto me esperando. Deixei Bella em casa, Charlie não deixou eu me estender muito. Parecia que meu pai enfim tinha informado ao senhor Swan sobre o nível do meu relacionamento com sua filha.
- Como foi? – Thomas perguntou.
- Normal. – Digo.
- Só normal? – Ele questiona. — Duvido muito, você e Bella andam estranhos.
Ele está deitado na minha cama com os braços atrás da cabeça, como se fosse a coisa mais natural do mundo. Confesso que no começo eu odiava esse cara, mas agora eu não sei o que seria de minha vida sem o meu irmão ao meu lado, de fato somos uma família.
- Ela sabe como recuperar as lembranças. – Digo e Thomas me olha, mas não havia surpresa nele.
- Eu sei. – Thomas diz. — Ela sempre soube, na verdade acho que ela não quer lembrar.
- Ela disse a mesma coisa. – Eu informo. — Ela não quer lembrar, mas disse que existe vários jeitos de lembrar.
- Por que ela não quer lembrar?
- Ela disse que agora ela consegue se ver no espelho sem medo.
- Entendo. – Thomas diz. – Ela foi treinada por Caius para ser o soldado perfeito, imagina quantas pessoas ela matou para poder viver.
- Eu fui treinado por ele. – Informo.
- Quantas vezes você morreu? – Thomas me pergunta.
- Você sabe como é o treinamento dele?
- Claro! Tia Ana me deixou com ele por longos dois anos, até que eu consegui fugir dele. A última vez foi cruel, e acho que realmente morri. Talvez a Bella só não quer lembrar dos horrores que ela viveu.
- Talvez. – Digo e a porta do meu quarto é aberta e papai coloca a cabeça para dentro.
- Meninos, precisamos falar com vocês. – Ele parecia preocupado.
- Claro. – Nós falamos juntos e seguimos papai, indo para a sala.
Félix e Demetri estavam lá, junto com Carlisle, Esme e mamãe, pelo nível da reunião era coisa séria.
- O que aconteceu? – Eu pergunto.
- Vocês e um pequeno grupo de Soldados irão em missão na cidadela. – John informa.
- O que está havendo? – Eu pergunto.
- Margarida atacou mais dois vilarejos. – Mamãe fala. — Ela destruiu tudo.
- Por que vamos à cidade? – Thomas quis saber.
- Existe um artefato antigo que precisamos e que se encontra lá. – Carlisle diz.
- Qual artefato? – Eu pergunto.
- Vamos nos limitar, apenas uma pessoa sabe. – Carlisle diz. — Félix irá com vocês, assim como Emmett e Jasper Halle, será uma missão nível D, então sejam cuidadosos, porque Margarida também pode estar atrás desse mesmo artefato.
- Se vamos enfrentar uma missão difícil não devemos pelo menos saber pelo o que vamos morrer? – Thomas questiona.
- A rosa de ouro. – Mamãe diz.
- Ela está na cidadela? – Thomas pergunta, ele sabe o que é essa rosa.
- Nós acreditamos que sim. – Papai fala. — Félix está com o mapa, ele guiará vocês, tenham em mente que essa missão é perigosa e um erro pode ser fatal.
Eu olhei para Thomas, ele parecia bem sério, eu queria saber o que era esse artefato, mas teria chance de descobrir pessoalmente quando chegar lá.
Continua..."Se entrarem na briga errada, ao menos escolham a arma certa."
― Blitz
Obs: É a beta que está postando porque o Jul M está sem internet, mas ela voltará em breve e responderá os comentários. Bjs
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Descendentes
FanfictionDescendentes É difícil entender o que se passa em sua cabeça, quando nem mesmo você entende o está acontecendo. Sempre achei que algo estava fora do lugar, era como se uma parte de mim estivesse faltando o problema era saber qual parte era essa? Eu...