Capítulo 37
– Jogada de Mestre
P.O.V. Bella
O funeral da minha mama foi o evento mais triste que eu já participei, era como se eu morresse há cada segundo que ficava ali. Eu não recordava de nada, nem mesmo o ataque do qual ela me salvou, arriscando sua própria vida. Esme disse que eu havia perdido a memória, meu pai não deixou ninguém se aproximar de mim, a não ser aquela mulher estranha. Caius tentou se aproximar, mas meu pai mandou ele ficar longe. Parecia que eu estava esquecendo algo importante.
Eu não conseguia sentir como se minha mãe estivesse morta, pelo contrário, eu sentia ela cada vez mais viva. E isso estava me deixando bem intrigada e quase enlouquecendo.
Durante o funeral eu observei algumas coisas, o casal Hale estava de volta ao acampamento, assim como sua filha, Rosie. Rosie não era inimiga, eu era a única que sabia disso, mas como ela havia voltado para o acampamento? Ela estava infiltrada no acampamento inimigo. Havia um homem e uma mulher ruiva ao lado do primeiro ministro e também um par de gêmeos que não paravam de me olhar. Outra coisa estranha foi aquela mulher vir falar comigo e meu pai, quem seria ela? Ela se parecia muito com a mulher ao lado do primeiro ministro. E por fim Alice não estava no funeral e os filhos dos deuses estavam no acampamento. Alguma coisa estava acontecendo e eu precisava saber.
- Você devia descansar. – Charlie me diz assim que estamos em casa.
- Vou para o meu quarto. – Digo.
- Bella. – Ele me chama antes que suba a escada. – Fique em casa esses dias, não receba visita, ainda não sabemos em quem podemos confiar. Você pode não lembrar, mas algumas coisas aconteceram e está mudando tudo à nossa volta.
- Tudo bem. – Digo e olho para ele. — Quem era o casal ao lado do primeiro ministro?
Charlie enruga a testa e parece que ele não quer falar sobre o assunto, mas então se rende.
- É o cunhado e a irmã dele. – Charlie diz. — Eles são a primeira geração de Dráculas, a primeira linhagem com o nome dele e John Masen é filho legítimo de Hércules.
- Uma linhagem poderosa. – Digo.
- Os dois rapazes ao lado deles são seus filhos. – Ele informa. — Edward e Thomas Masen. Conversaremos a respeito deles amanhã, você precisa saber de algumas coisas em relação a esses jovens.
- Tudo bem. – Digo, já tinha informação demais para eu analisar. — Boa noite, pai.
- Boa noite, Bella.
Enquanto subo a escada meu pai funga no andar de baixo, ele estava chorando, e tudo era minha culpa, mama não teria morrido se não fosse por minha causa. Abro a porta do meu quarto, está diferente, a cor das paredes estão roxas e lilás, devo ter feito isso antes, estava escuro e um movimento suspeito na sombra fez com que eu ativasse minha adaga e levo direto ao pescoço do intruso.
- Não vou machucar você. – A voz era de garoto. – Pode abaixar a adaga?
- Quem é você? E por que está aqui no meu quarto? – Eu pergunto, sem abaixar minha adaga do seu pescoço.
- Thomas, Thomas Masen. – Ele diz e então recordo de quem ele é filho. — Somos amigos, você pode não lembrar, mas somos amigos.
- Por que está aqui? – Eu pergunto.
- Eu vim lhe entregar algo. – Ela diz, então me mostra um pequeno embrulho muito bem lacrado.
- Você abriu? – Eu pergunto.
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Descendentes
أدب الهواةDescendentes É difícil entender o que se passa em sua cabeça, quando nem mesmo você entende o está acontecendo. Sempre achei que algo estava fora do lugar, era como se uma parte de mim estivesse faltando o problema era saber qual parte era essa? Eu...