Livro 2 Cap 29

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Sarah

Ryan me olha apreensivo, ele parece ainda mais preocupado depois que falou com Paul.

- Acho melhor desistir desse plano. - ele diz me encarando.

Estranho, o grande Ryan Carter desistindo de algo.

- Agora? - questiono franzindo o cenho.

Ele solta o ar.

- Sarah ele não vai ajudar. Tenho certeza agora.

Encaro o Ryan.

- O que o Paul te disse? - pergunto.

- Nada importante. - ele desconversa.

Reviro os olhos.

- Ok, Carter. - digo e começo a sair, mas o Ryan me impede.

- Você não consegue não é? - pergunta.

- O que exatamente? Quer saber tudo sobre mim, mas não pode fazer o mesmo? E ainda quer que te escute como se fosse uma luz divina guiando os meus passos?

- É complicado Sarah. - ele diz apenas e solta minha mão.

Viro de costas e começo a procurar pelo Paul, mas não o encontro, nem Daryl. Só espero que aquele monte de merda não esteja enchendo a cabeça do Daryl, ele já está chateado por causa do Patrick, não precisa do Paul com suas insinuações infernais.

Continuo procurando pelos dois e pego uma taça de champanhe, vejo o Paul vindo na minha direção. James está próximo de onde estou e começa andar mas eu digo que não com a cabeça, ele solta o ar contrariado mas permanece no mesmo lugar.

- Vejo que o James continua sendo seu menino obediente. - Paul diz com sorriso nojento.

Como eu odeio esse homem, ele sempre me detestou, parecia até que minha existência o fazia mal de alguma forma. Lembro que ele não era tão escroto com a Sam, mas comigo sempre foi um canalha. Minha mãe e ele não tinham uma boa relação, mal se falavam, mas eu nunca soube o motivo, provavelmente ela sabia que tipo de pessoa ele era.

- Como você era do meu pai? Não Paul, acho que não. - falo com ironia.

Ele ri.

- Quem era aquela senhora? - pergunto.

- Ela disse, não escutou? - ele responde com outra pergunta e toma o champanhe.

- Por que ela disse que não conhecia minha mãe? Ela viveu durante anos no mesmo orfanato que vocês.

- Sabe Sarah, estou começando a duvidar da sua inteligência. Seu pai ficaria muito decepcionado, com isso também. - ele diz.

Idiota do caralho.

- Vou te dar duas dicas. - ele começa a dizer, posso ver toda sua satisfação nisso - A senhora, tem Alzheimer deve ter percebido, mas ela parecia se lembrar muito bem do seu pai, de você, da Samantha e da sua mãe.

- Mas minha mãe... Ela ficou... - paro de falar, tudo me vem a mente como uma explosão.

Mas não pode ser, ela não mentiria para mim. Não minha mãe... Ela odiava mentiras, ela não era como meu pai. Se isso for mesmo verdade, significa que eu não sei nem quem ela era de verdade.

Olho para o Paul, ele triunfa em cima da minha agonia.

- Isso é mais uma das suas mentiras? - pergunto com ódio na voz.

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