Livro 2 Cap 105

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Sarah

Alguns dias depois...

Abraço Patrick forte e ficamos assim por um tempo. O conforto de abraçar alguém é tão bom que quase choro.

Finalmente nos afastamos e ele sorri triste.

- Eu normalmente não lamento por minhas ações e você sabe disso, Sarah... Mas eu realmente estou me sentindo mal por deixar a cidade.

Retribuo o sorriso triste.

- Pois não deveria. - digo sinceramente - Eu vou ficar bem. - uma das maiores mentiras que já contei.

Patrick ergue uma sobrancelha e eu reviro os olhos.

- Não precisa se preocupar com nada Patrick. Nada que não seja fazer as pazes com sua ex-esposa e finalmente fazer parte da vida do seu filho.

Fiquei verdadeiramente feliz quando Patrick me contou que finalmente criou a coragem de falar com sua ex-mulher. Ele disse que teve uma epifânia depois de tudo que aconteceu e entendeu o quanto somos frágeis e a vida curta. Que estava perdendo algo muito precioso, todos os dias que ficava longe de seu único filho.

- Espero que que tudo dê certo. - digo enquanto ele pega suas malas. Eu me mudei de vez para o seu apart hotel depois de tudo. Não consegui voltar para casa depois de... E eu com certeza não confiava em mim mesma para ficar sozinha em nenhum lugar.

- Pode me ligar em qualquer horário. - fala mais uma vez - Você se tornou uma amiga muito preciosa Sarah e me preocupo além da razão com você. E com aquela empresa também, foram muitas noites sem dormir para manter aquele lugar funcionando e sem a polícia apreendendo tudo e todos.

Ele tem razão. Nunca serei capaz de lhe agradecer o suficiente.

- Não precisa se preocupar com a empresa também. Ryan voltou a ativa. Parece ser o único de nós que conseguiu continuar de onde estava.

- Alguém tinha que fazer isso... - ele fala e me sinto culpada por julgar o caralho do Carter.

Dou de ombros mesmo assim.

- Agora vai seu babacão! - praticamente coloco ele pra fora. Ele só vai ficar algumas semanas em Londres, depois volta para New York e então depois de resolver todas as pendências, voltará para casa definitivamente. Para seu filho se ele conseguir ser menos Patrick e mais parecido com alguém decente.

Quando me vejo sozinha, é como se as paredes começassem se fechar ao meu redor, então pego minhas coisas e saio de casa também.

(...)

Sra. Anderson me recebe em sua casa com um abraço de urso. Nunca pensei que alguém tão pequena pudesse ser tão forte, mas poderia ficar em seu abraço até o fim dos tempos. Percebo que ela está chorando.

- Nunca me perdoarei Sarah... Não sei como ainda consegue chegar perto de mim.

Willian vem até nós e aperta o ombro de sua namorada.

- Querida, ninguém jamais a culparia. A única culpada nesta história toda é a Yeva.

Concordo e espero que ela já esteja vivendo um inferno.

- Seus netos estão mesmo bem? - pergunto.

- Com a graça de Deus, sim. - ela fala limpando as lágrimas.

Forço um sorriso, mas não dura, some quando lembro de Anya e consequentemente do meu menino... Ronnie está sofrendo muito e é tudo culpa minha.

(...)

Me forço a tomar um pouco do chá que a Sra. Anderson preparou e meu estômago agradece, não tinha conseguido comer nada hoje. Na verdade, quase não comi nada nos últimos dias. Acho que apenas o suficiente para me manter funcionando.

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