Livro 2 Cap 32 - Sunshine (2)

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Paul

John não falou nada durante todo o caminho de volta para mansão. Ele parece disperso e um pouco ansioso.

- Tudo bem? - pergunto quando entramos em casa.

Ele sorri com o canto da boca.

- Vamos descobrir em breve. - diz sério.

A Branka passa por nós em soluços e corre para os braços do pai. Meu coração dói de vê-la desse jeito. Eles conversam algumas coisas em russo, os olhos do Sr. D mudam para o John e posso ver ódio neles, depois pergunta alguma coisa para Branka.

- Net, net papa. - ela diz aflita.

- Levem minha filha para o quarto. - ele fala se afastado da Branka e aproximando de nós - Vamos para o meu escritório, precisamos conversar. - diz encarando o John.

- Sim, senhor. - John responde no seu melhor tom de voz frio.

Puta que pariu. Que merda está acontecendo?

- Que merda é essa? - pergunto baixo enquanto caminhamos para o escritório do Sr. D.

- Só fica calado e deixa que eu resolvo, não fode Paul. - ele responde.

Ótimo! Olho para atrás de nós, somos seguidos por quatro homens, todos armados.

Entramos no escritório, os quatro homens ficam atrás de nós e do nosso lado.

- Bem senhores... Acho que nunca esclareci algumas coisas. - ele olha para um dos homens e faz um sinal.

O brutamonte soca o John no estômago duas vezes. Eu tento ajudá-lo mas o John diz que não.

- Mas que merda é essa? - digo tentando me aproximar do Sr. D, mas um de seus homens aponta a arma para minha cabeça e outro aponta a sua para o John.

Sr. D sorri e se aproxima do John novamente, ele tenta não transparecer a dor, depois dos dois socos.

- Você tocou na minha filha? - ele pergunta encarando o John.

- Não. - John responde apenas.

O brutamonte soca o John mais algumas vezes, eu tento impedir mas o um dos homens continua com a arma apontada para mim.

- Tem certeza? Porque meus homens disseram que minha filha estava em seus braços quando os encontraram e usando sua camisa.

- Ela estava com frio. - ele tosse e cospe um pouco de sangue no chão - Só estava tentando ajudar. - John termina de dizer.

- Em que mundo um pai espanca o cara que salvou a vida de sua filha? - pergunto com ódio.

Sr. D me encara e se aproxima de mim.

- Paul... Você parece que ainda não entendeu como as coisas funcionam. - ele para na minha frente - Vocês são dois merdas, dois vira latas, sem nenhuma significância para o mundo. Eu sou um homem muito caridoso, mas não admito em hipótese alguma ser feito de idiota. E minha filha... Minha Branka... Se algum de vocês encostar as mãos sujas nela... - ele pega a arma e aponta para minha cabeça - Eu mato os dois, das piores maneiras que alguém pode matar outro. Prefiro ver ela morta ao ser tocada por gente como vocês.

- Mas ninguém tocou na Srta. Drozdov. Juro. - John diz sério.

- Existe honra entre pessoas como vocês? - Sr. D sai de perto de mim e se aproxima do John.

- Sim. - ele responde.

O canalha olha para mim a espera de uma resposta.

- Sim. - digo entre dentes.

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