Livro 2 Cap 32 - Sunshine (1)

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30 anos antes...

Branka

Estou tocando piano quando escuto meu pai entrando acompanhado por dois homens jovens, ambos olham para mim e param de andar quando meu pai o faz.

- Irei conversar com esses dois cavalheiros no meu escritório, raio de sol. - meu pai diz sorrindo.

Sorrio para ele e concordo com a cabeça.

Os três homens saem da sala, eu volto minha atenção para o piano, mas viro a cabeça mais uma vez, vejo que um dos homens me olha e sorri. Ele é alto, tem porte atlético, cabelo loiro e lindos olhos azuis. Ele me olha por mais alguns segundos, depois vira o rosto e some pelos corredores com meu pai e seu amigo moreno e sério.

Respiro fundo e me pego sorrindo. Levanto e vou para o jardim onde minha irmãzinha brinca, ela é 10 anos mais nova que eu e só somos irmãs por parte de pai, meu pai não teve sorte com seus dois casamentos, ficou viúvo as duas vezes.

- Bran! - ela grita ao me ver e corre na minha direção.

Fico alguma horas com a Yeva no jardim, ela me conta algumas histórias, mas meus pensamentos continuam nos olhos azuis do jovem homem que conversa com meu pai.

Paul

- Você consegue acreditar que chegamos até aqui? - pergunto empolgado e deito na cama.

O Sr. D nos convidou para ficar em sua casa enquanto fazemos negócios.

John permanece em silêncio, concentrado em alguma coisa, enquanto olha para o jardim pela janela.

- Claro que conseguimos... Eu disse que conseguiríamos e ainda vamos conseguir muito mais, irmão. Em poucos anos teremos uma mansão tão grande quanto esta para chamarmos de lar, cada um de nós terá uma. Não aguento mais dormir no mesmo quarto que você. - ele finalmente vira para mim, o John é a pessoa mais ambiciosa que conheço e não duvido em nada que saia da boca dele.

A alguns anos éramos dois órfãs fodidos, não tínhamos nada, além da nossa amizade e as ambições do John, agora estamos aqui, em uma mansão na Europa.

O Sr. D é um dos homens mais ricos da Europa, ele tem inúmeros negócios multi bilionários. Um deles são jóias preciosas e nós temos alguns diamantes de sangue para negociar, muitos eu diria.

- Nem acredito que saímos daquela merda. - digo fechando os olhos, acho que essa cama traduz perfeitamente a sensação de deitar sobre uma nuvem.

Depois de ficar um ano em países em guerra, no meio do nada, e presenciando as piores atrocidades, esta cama parece um paraíso.

- Vi o jeito que você olhou para filha do Sr. D. - John me censura.

Sorrio e permaneço de olhos fechados.

- Ela é uma gracinha. - digo.

- Se mantenha longe da garota, Paul. Se você estragar essa merda, porque não consegue manter seu pênis dentro da calça, pode ter certeza que mato você. - ele diz irritado.

Abro os olhos e sento na cama.

- Não precisa de tanto estresse, irmão. Vou me manter longe da filha do chefe, mesmo que ela seja a garota mais linda que vi na vida. Você viu aquele rosto? - pergunto.

- Sim, eu vi. - John fala sério.

Ele pega uma das nossas malas e abre sobre a segunda cama, dentro dela estão todos os diamantes.

- Isso vai dar para começar... - ele diz passando as mãos nos diamantes.

- Isso já é muito dinheiro, John. - digo.

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