Livro 2 Cap 11

759 63 155
                                    

Acordo com o sol no rosto, estava tão cansada que nem lembro de ir dormir. Olho para meu lado no colchão e não vejo o Daryl, sento e olho para o o mar. E de longe uma das vistas mais lindas que já vi, ao acordar.

Daryl está sentado na areia, mais a frente. Procuro minha calcinha e pego a camisa dele para vestir, levanto e vou até onde ele está.

- Achava que iria rolar pelado por essas areias, durante uma semana. - falo ao sentar do lado dele.

Daryl está vestido com a cueca box.

Ele ri e gira a aliança no dedo, não parece muito bem.

- Tudo bem? - pergunto preocupada.

Ele olha para o mar e respira fundo.

- Precisamos conversar. - diz sério.

Meu coração bate rápido, tenho medo de estragar tudo depois de contar o que aconteceu. Não vou permitir que me deixe, nem que tenha que amarrar ele em umas desses coqueiros até convencê-lo a continuar comigo.

Concordo com a cabeça, mesmo que ele não esteja me olhando.

Daryl limpa a garganta e começa a falar, com os olhos fixos no mar.

- Eu... - respira fundo e me olha sério - Por favor, prometa que vai continuar casada comigo.

Franzo o cenho. Começo a ficar com medo do que vou ouvir. Não vi nenhuma notícia que o envolvesse durante o tempo que ficamos separados, mas não quer dizer que nada tenha acontecido.

E se ele me contar que tem alguém grávida dele? Mas Daryl não seria tão burro. Seria? Oh céus!

- Se você prometer que vai fazer o mesmo, depois de eu falar. - sorrio sem graça.

Ficamos os dois calados olhando um para o outro. Passo a mão no rosto dele e me aproximo mais.

- Eu prometo... - falo encarando ele.

Ele sorri um pouco e beija meus lábios suavemente.

- Prometo. - diz de olhos fechados.

Ele se afasta um pouco e faz careta.

- Eu começo. - diz sério - Não foi muito fácil esses últimos meses, eu tive algumas fases. Nunca tinha passado por aquilo antes e pensei que não conseguiria sair são. - ele respira fundo - Eu estava no Evil Eye, quando... Vocês se beijaram. - Daryl desvia o olhar para o mar.

Puta que pariu. Passo a mão no rosto, já me sentia culpada por ele ver aquilo na imprensa, imagina ao vivo.

- Daryl... Eu, eu sinto muito. - seguro na mão dele e aperto.

- Aquilo doeu, Sarah. Doeu tanto que eu desejei morrer, para que parasse. Mas depois eu fiquei com raiva, com muita raiva, me sentindo um idiota, não queria te ver nem em pensamentos. - ele balança a cabeça - Tentei focar no trabalho o máximo possível, não pensar em você, mas não conseguia. Pedi para senhora Anderson tirar suas coisas da casa, mas quando a vi desarrumado, me bateu um desespero ao imaginar que aquelas coisas eram as únicas que me restaram de você. - ele me olha e vejo algumas lágrimas em seus olhos, mas ele devia o olhar e passa a mão no rosto - Eu mudei de ideia e pedi para ela deixar tudo lá, não conseguia fazer aquilo. Os dias passaram e eu achava que estava melhorando, mas... Piorava de novo e de novo, ficando ainda pior. - Daryl me olha sério - Até que eu achei que deveria mudar a tática.

Continuamos nos olhando, consigo imaginar que tática veio a mente dele.  Desvio o olhar e engulo seco, é agora.

- Eu fui na casa de alguns "antigos amigos". - ele fala irônico - Tava acontecendo uma festinha das que frequentei durante anos, fiquei impressionado como tudo continuava exatemente do mesmo jeito, basicamente os mesmos caras, algumas mesmas garota e outras novas. - ele para de falar - Reconheci algumas, me aproximei e começamos a falar, elas me olhavam com ainda mais cobiça, acho que fiquei mais popular. Depois de beber o bastante, levei três para o quarto, uma que já tinha fodido alguma vezes e duas que tinha acabado de conhecer. Primeiro as assisti elas, depois... - o interrompo agoniada.

Is it love? CorporationOnde histórias criam vida. Descubra agora