Paper wedding anniversary

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Sarah

Consegui descer do helicóptero sem ajuda ou maiores problemas, isso me deixa orgulhosa de mim mesma. Tento ficar na posição mais sexy possível para alguém que está no meio de um dilúvio e guarda-chuva em mãos. A parte de baixo do meu vestido está encharcada, mesmo com cuidado meu cabelo acabou molhando um pouco quando desci e meus pés estão mergulhados na água. Não foi assim que imaginei esse momento, deveria ser uma noite quente ou o mais quente possível  que se pode esperar para essa época do ano.

Quando Daryl passa pela porta e olha para mim, tudo fica sem importância. Os olhos dele percorrem meu corpo, cada centímetro exposto, um sorriso satisfeito e malicioso aparece em seus lábios. Estou com muito frio, mas consigo sorrir sedutora de volta enquanto ele corre em minha direção. O terno preto ficou perfeito, mas isso não é nenhuma novidade, meu imbecil fica maravilhosamente delicioso de qualquer jeito. 

Ele para debaixo do guarda-chuva e me encara, algumas gotas escorrem do seu rosto.

- Eu deveria ter escolhido outro penteado, deixado uma franja talvez. Acho que a cena estaria perfeitamente representada. - diz passando a mão no cabelo molhando.

Franzo o cenho em confusão. Com certeza essa não foi a primeira coisa que pensei que ouviria dele, mas conheço Daryl o suficiente para não ficar surpresa.

Ele passa os dedos pelo meu rosto lentamente, me fazendo ficar completamente arrepiada.

- Se está pensando em me levar para algum quarto pervertido, amarrar e bater com chicotes de couro, pode ir esquecendo. - diz com ironia.

Rio. Não são ideias ruins, mas vamos deixar os 50 tons fora dos nossos planos.

- Vamos deixar isso para bodas futuras ou para quando você me irritar mais que o normal. - falo.

Daryl se aproxima mais de mim e encosta seus lábios nos meus, ainda estão quentes. Ele me beija com carinho.

- Você é louca, amor. Não deveria ter vindo de helicóptero, o tempo está uma loucura. - diz roçando os lábios nos meus.

- Uma loucura bem justificável... Eu queria você o mais rápido possível e de carro demorariam horas. - digo e o beijo mais uma vez, sem me importar com a chuva ao nosso redor, ou com a única manga do meu vestido ficando encharcada.

- Poderia ter vindo com um piloto. Você não tem experiência o bastante para pilotar em climas assim. - diz preocupado.

Sorrio convencida.

- Agora tenho. Veja que sorte a sua.

Ele fica tenso, lembrando o significado do que acabei de falar.

- Meu carro está no estacionamento, tenho certeza que é a melhor opção. - diz tentando me puxar para dentro do edifício, mas me mantenho firme no lugar.

- Temos reservas muito especiais e exclusivas nos esperando, não podemos nos atrasar ainda mais. - abro a porta do helicóptero perto de nós - Entra Sr. Ortega.

Ele olha apreensivo para dentro, respira fundo e diz alguma coisa religiosa em espanhol, depois de fazer o sinal da cruz no corpo.

- Não seja dramático. - digo depois dele entrar e fecho a porta.

Ando rápido até o outro lado e entro no helicóptero também. Coloco meu cinto, Daryl faz o mesmo. Depois colocamos os headsets e ligo a aeronave. Falo com o operador, esperamos nossa autorização de decolagem, ela vem em seguida com algumas recomendações e cuidados com o clima.

- Para onde vamos? - Daryl pergunta. Ele entendeu que não vamos sair da cidade, mas continua sem saber qual exatamente é nosso destino.

Tiro o helicóptero do chão, a visibilidade está melhor que quando sai da Black Swan. Fico aliviada, isso significa que provavelmente não precisarei cancelar nada da nossa noite.

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