Livro 2 Cap 17

672 62 131
                                    

Estou tão bêbada que não consigo sentir nem os meus membros direito e minha cabeça dói tanto que parace que vai explodir a qualquer momento.

Patrick me olha preocupado e se aproxima.

- Tudo bem, Sarah? - ele pergunta tocando meu rosto.

Não estou, faz muito tempo.

- Sim. - digo com um sorriso falso e vou até o bar pegar outra cerveja.

Ele segura minha mão e tira a cerveja.

- Eiii... Já chega Sarah. Não quero ser chato, mas você já tá passando dos limites. A quantos dias não fica sóbria? E fica usando essas porcarias quase toda hora. - ele diz como se estivesse em uma sala de aula me dando uma bronca.

Riu e tento bater continência, mas desisto depois da terceira tentativa sem sucesso.

Puxo a camiseta do Patrick para que fique mais perto de mim.

- Você não é o caralho do meu pai, nem o... - paro de falar quando a dor aguda no meu peito reaparece só de pensar em dizer o nome dele.

Patrick sorri e passa a mão no meu rosto.

- O James? Quer seu namoradinho de volta? - pergunta irônico.

- Vai se foder, idiota! - falo com raiva e empurro ele para longe de mim.

Peço mais uma cerveja e viro quase de uma vez.

- Chega! - Patrick grita e me puxa pelo braço.

Eu tendo me soltar, mas fica difícil de fazer isso quando não consigo nem andar direito. Patrick não diz nada e praticamente me joga dentro do carro e entra do outro lado.

- Isso não tá muito divertido, Sarah. E eu não sou seu guardião, se quer alguém assim, devia ligar para o James.

Eu odeio o Patrick! Eu odeio ele.

- Me deixa sair dessa porra de carro, idiota do caralho! - grito.

Ele sorri e abre a porta do meu lado.

- Quer mesmo sair? Pode ir. - ele diz apontando para fora do carro.

Passo a mão no rosto e nego com a cabeça.

- Achei que não iria. - fala e fecha a porta.

Faz pouco mais de um mês que o James foi embora, a saudade dele e a dor no meu peito são tão fortes que eu simplicidade não consigo ficar sóbria. Isso tem me ajudado a dormir também, acabo desmaiando de tão bêbada e evito os pesadelos na maioria das vezes. 

Fecho os olhos e vejo a imagem dos olhos azuis dele, o rosto próximo do meu, sorrindo e dizendo que me ama. Às vezes acho que vou ficar louca, se é que já não estou.

- Vem Sarah... - abro os olhos, nem percebi que dormi.

- Onde estamos? - pergunto sem reconhecer o lugar.

Patrick solta o ar.

- É a maior idiotice que já fiz, mas você está na minha casa. - diz abrindo a porta.

Ele dá a volta e me ajuda a sair do carro.

- O que estou fazendo aqui? - pergunto enquanto caminhamos para entrada.

É uma casa grande e bonita.

- Eu tenho culpa nesse seu estado. Se não tivesse insistido tanto, James não teria nos visto e ido embora. Então não acho justo que fique sozinha, pelo menos até melhorar um pouco.

Is it love? CorporationOnde histórias criam vida. Descubra agora