Livro 2 Cap 102 - Acerto de contas PARTE 1

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Sarah

Esbarro em várias pessoas no caminho até a garagem, algumas reclamam e xingam, mas se calam assim que me reconhecem. Não espero para ouvir os pedidos angustiados de desculpas.

Finalmente paro em frente ao carro do Patrick, é um clássico conversível. Lindo e veloz. Mas tudo que preciso que ele faça é voar pelas ruas até meu apartamento. Destravo o carro e entro nele, minhas mãos tremem tanto que quase não consigo encaixar a chave na ignição.

Respiro fundo, tentando me acalmar minimamente. Eu não estive atrás de um volante desde o meu acidente. Não cheguei nem perto de conseguir dirigir nas minhas melhores tentativas. Até que finalmente desisti. Respiro fundo mais uma vez e viro a chave, o som do motor se mistura as batidas frenéticas do meu coração.

Estou aterrorizada, mas tudo some quando penso na minha filha tão pequena e indefesa. No Daryl. Em todos que amo e dependem de mim.

Acelero o carro e saio da garagem.

(...)

É perceptível que tudo está errado quando chego no edifício que moro. Nada parece certo, desde aos desconhecidos na portaria, às câmeras de segurança desligadas. Ninguém me impede que eu suba até o andar que moro e só quando as portas do elevador se abrem no meu apartamento, sou revistada. Eu não trouxe nenhuma arma, sabia que não iriam me deixar entrar e não quis brincar com a sorte. Yeva é totalmente insana.

Meu estômago embrulha ainda mais enquanto sou levada até minha sala de estar. E como suspeitava, com excessão do James e Ronnie, estão todos lá. Daryl está amarrado e amordaçado em uma cadeira, com um pequeno sangramento na cabeça. Vejo meu medo pela Rose refletir nos olhos dele quando nos encaramos. Ao lado dele está a Jenny, também amarrada e amordaçada, chorando compulsivamente.

- Sarah, querida me perdoa... - Sra. Anderson estão ajoelhada no chão, aos prantos - Eu nunca quis... - um homem imenso bate nela, que desmaia. O ódio passa dentro de mim, mas consigo me controlar a tempo. Não posso perder a cabeça...

Ryan e Paul estão em pé, sob as miras de alguns capangas da Yeva. Eu paro do lado deles. Finalmente tenho coragem de olhar para Yeva. Para mulher que achei um dia ser quase idêntica a minha mãe. Eu nunca estive tão errada.

- Ora, ora... E não é que o passarinho teve coragem de voar de novo. - era ri de forma doente - Achei que tinha cortado suas asinhas depois do acidente.

- Vai se foder, sua vaca maldita. - digo entre dentes - Você vai pagar muito caro por isso. Onde está a minha filha?

A risada dela é estridente.

- Como é bom estar entre família, não é querida? Sua filha está no quarto, bem por enquanto.  - ela muda a posição dos braços e eu vejo que está armada. Prendo a respiração quando ela encosta o cano na cabeça do meu imbecil. Deus não - Acho que seus pais não lhe ensinaram boas maneiras Sarah, não que isso me surpreenda. John era totalmente imoral. E sabemos que sua mãe não tinha pulso para nada. - ela aperta mais a arma contra a cabeça dele - Mas hoje querida sobrinha, eu vou te ensinar como as coisas funcionam na nossa família.

- Yeva... - Ryan começa dizer - Por favor, faça o que quiser comigo, mas deixa a minha irmã ir embora. - nunca vi o Ryan tão impotente, desesperado.

Ela olha pra ele, parecendo interessada e volto a respirar quando ela tira a arma da cabeça do meu imbecil. Trocamos olhares desesperados de novo. Eu preciso dar um jeito de acabar com isso.

- A sua irmãzinha não vai a lugar nenhum, Sr. Carter. - ela sorri - Achava adorável você acreditar que podia protegê-la de mim. - ela vai até Jenny e passa as mãos nos cabelos castanhos avermelhados dela. Ryan fica ainda mais rígido do meu lado - Você mimou tanto essa garota, que a deixou burra e ingênua demais. Foi muito fácil engana-la e trazê-la até aqui.

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