♕ Em Um Mundo Cheio de Erros ♕

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Caminho até o sofá e me sento, Zep corre rapidamente pelo meu braço e se aconchega no meio dos meus cabelos fazendo-me sorrir

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Caminho até o sofá e me sento, Zep corre rapidamente pelo meu braço e se aconchega no meio dos meus cabelos fazendo-me sorrir. Ele é a criaturinha mais dócil do mundo, e minha companhia em uma tarde fria e solitária de domingo.

Mamãe está trabalhando em seu escritório, resolvendo várias coisas desde o momento em que acordou e meus irmãos, sobrinhos e cunhados estão curtindo as férias em viagens. E eu estou sozinha, com meu pequeno bebê esperando que Christian volte, mas ele sequer me mandou mensagem nos últimos dois dias.

Suspiro e enfio minha mão entre meus cabelos, puxo Zep e ele faz um barulho que talvez possa ser uma reclamação. Rapidamente ele agarra minha mão enrolando sua cauda, sorrio e o aconchego contra meu peito com cuidado enquanto acaricio seu cabeça.

— Vocês dois são um grude.

Sorrio e levanto a cabeça vendo mamãe parada a porta da sala, ela está com o celular em mãos e mandando mensagens. Pelo casaco e botas, algo me diz que ela está se preparando para sair e de alguma forma isso está me assustando.

— Ana... — Mamãe suspira e me encara. — Eu tenho que resolver um monte de cosias e preciso sair.

— Você vai me deixar sozinha? — Pergunto, um pouco de pavor me sobe.

— Eu preciso, querida, eu sei que você não gosta da exposição e eu estou indo no set. Eu não vou demorar e agora que você anda tão bem, acho que você vai ficar bem aqui.

— Hã... ok, eu acho.

— Mas eu quero que você me mande mensagens, ok? Para eu saber que você está bem.

— Ok, mamãe. — Deixo um riso escapar e ela sorri. — Eu vou ficar bem.

— Eu sei que vai. Por favor, não faça nenhuma besteira, ok? Eu não quero ter que dirigir feito louca só para socorrer você.

— Ok. Eu vou ficar bem, e talvez ir ver a Evy depois, eu não sei.

— Ok, vá me avisando.

— Eu irei.

Mamãe sorri nervosamente e solta um longo suspiro. Seu rosto está tomando por uma expressão de pavor, mas posso ver orgulho em seus olhos. Ela se aproxima de vagar e se curva dando um beijo demorado na minha testa, então se afasta e sorri.

— Se cuide, mocinha, eu amo você. Estarei em casa à noite.

— Está bem, eu vou me cuidar. Eu amo você, mamãe.

Ela me encara e suspira, então balança a cabeça e me dá outro beijo para finalmente ir. Levanto-me com o coração acelerado e caminho até a parede de vidro, observo mamãe sair com o carro e suspiro olhando em volta. É tão estranho saber que agora ela confia em mim a ponto de me deixar sozinha, há alguns dias ela decidiu desligar as câmeras aqui de dentro, ela disse que não era mais necessário... e agora ela me deixa sozinha.

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