As portas do elevador se abrem e eu suspiro quando Taís e Elliot saem na frente, eles já se tornaram grandes amigos, e eu ainda não estou tão convencida assim. Eu não acredito que realmente estou aqui, eu nem sei qual foi a última vez que saí de Seattle, talvez com uns sete anos.
Mas aqui estou eu, em Chicago, graças a Taís e Elliot, e por causa de Christian. Quando foi mesmo que isso virou uma perseguição?
— Senhorita. — Elliot murmura dando espaço para eu entrar.
Entro no quarto do hotel e encaro confusa algumas malas pelo chão, todas rosas... então... esse deve ser o quarto em que as meninas estão.
— Christian disse que a Taís pode ficar aqui. — Elliot explica.
— E a minha tia? — Taís pergunta e Elliot arqueia a sobrancelha. — Que nojo.
— Mas e a mulher dele? — Pergunto.
— Uma, ela não é mulher, a vadia é ex.
— Não diga essas coisas na frente da Taís.
— Eu gostei dele. — Taís diz rindo.
— Acho que entendo porque minha irmã te bateu.
— Sua irmã é maluca, garota. — Elliot diz, e só por falar nela, seu olhar lampeja de raiva. — Enfim, a ex do meu irmão, não fica com ele. Ela está em um hotel do outro lado da cidade, provavelmente para ficar com algum vagabundo.
— Ok.
Suspiro e cruzo meus braços olhando ao redor do quarto, eu estou absolutamente nervosa com tudo isso, mas dentro de mim, no fundo, há algo gritando de felicidade. Eu vou vê-lo, e vou poder estar com ele sem ninguém da minha família em cima, isso parece... assustador.
— Bem, agora você precisa se arrumar. — Elliot murmura. — Vocês precisam, vocês lembram do combinado?
— Sim. — Taís diz animada. — Nós não precisamos dizer nossos nomes de verdade, porque a vadia é traiçoeira.
— Taís! — Exclamo horrorizada e Elliot ri.
— Desculpe. — Taís sussurra.
— Elliot, você pode nos deixar a sós. — Peço enquanto encaro Taís. — Nós vamos nos arrumar.
— Eu pego vocês em uma hora.
Elliot dá uma piscadela para Taís e saí do quarto fechando a porta, viro-me e cruzo os braços para ela que apenas gargalha.
— Eu não entendo como a tia Kate pode não gostar dele.
— Talvez porque ele seja meio babaca. — Deduzo e ela ri.
— É, mas por alguns dias, esse babaca é seu namorado.
— Nem me diga isso. — Sussurro, suspiro e encaro Taís. — Por que você fez isso?
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Meu Pequeno Ponto Seguro
أدب الهواةApós uma vida infeliz, que começou ainda na infância com a partida do seu pai e o buraco que sua ausência causou, Anastásia se isolou do mundo, encolhendo-se em uma bolha de sofrimento que parecia que iria durar pela eternidade. No auge da dor, cans...