Após uma vida infeliz, que começou ainda na infância com a partida do seu pai e o buraco que sua ausência causou, Anastásia se isolou do mundo, encolhendo-se em uma bolha de sofrimento que parecia que iria durar pela eternidade. No auge da dor, cans...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Solto um pequeno suspiro e vou um pouco mais para trás, aconchegando-me nos braços de Christian. Eu me sinto tão viva, tão bem. Nós estamos nus, deitados sobre a minha cama, envolvidos pelas pelos lençóis. O seu cheiro está impregnado em todo meu corpo, na minha cama, e sentir isso me traz paz. Eu não posso ficar sem ele, ele é tudo o que eu preciso.
Há vozes vindas do andar de baixo, dos meus irmãos e sobrinhos. Pelo que eu soube, papai está se dando bem com eles. Eu fico feliz por isso, sua partida afetou todos nós, mas agora ele está conosco.
— O que você tanto pensa?
Sorrio com sua pergunta e com ele enfiando o rosto na curva do meu pescoço. Christian mordisca e eu sorrio completamente encantada.
— Hm? — Insiste e eu me viro um pouco para lhe encarar. — O que se passa nessa cabecinha?
— Eu só estou feliz por você estar comigo. — Sussurro, levo minha mão até seu rosto e acaricio. — Você não tem noção do quanto eu te amo.
— Acho que eu posso ter um pouquinho de noção, talvez eu até de ame da mesma forma.
— Tão engraçadinho.
— Não, nada disso. Você é a engraçadinha aqui, eu sou apenas o cara que aproveita cada segundo ao seu lado para te admirar.
— Isso foi lindo, o que você quer?
— Agora sim, engraçadinha.
Christian me vira de costas em um movimento rápido e começa a distribuir beijos pela minha nuca, costas. Contorço-me algumas vez por sentir cócegas, mas isso só parece diverti-lo mais. Gargalhadas altas escapam e tudo o que ele faz é sorrir.
Eu não deveria rir tão alto, provavelmente vão achar que eu estou louca, mas não acho que minha situação possa piorar.
— Querida, está tudo?
Arregalo os olhos ao ouvir a voz da minha mãe, Christian congela ao meu lado e eu deixo uma gargalhada nervosa escapar.
— Ana?
— Sim, mamãe. Eu falo com você em um minuto.
Fujo dos braços de Christian e me levanto, visto minhas roupas e o encaro parado a cama, completamente nu. Droga! Ele tinha que ser tão lindo? Sorrio para ele e me aproximo para lhe dar um beijo.
— Pegue suas coisas e vá para o banheiro. — Peço baixinho. — Eu preciso falar com a minha mãe.
— Está bem.
Christian se levanta recolhendo suas coisas, cruzo meus braços quando ele se curva para pegar ao no chão. Sou pega no flagra, mas ele não diz nada. Quando ele está no banheiro eu dou uma olhada pelo quarto, mas não há vestígios. Prendo meu cabelo pós-foda em um coque e vou abrir a porta a minha mãe. Agora há um rubor em meu rosto, com todas as lembranças do que fizemos há pouco.
