Após uma vida infeliz, que começou ainda na infância com a partida do seu pai e o buraco que sua ausência causou, Anastásia se isolou do mundo, encolhendo-se em uma bolha de sofrimento que parecia que iria durar pela eternidade. No auge da dor, cans...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Bem, é quase meia noite, mas o dia ainda é seu. Feliz aniversário My Little Star, que Deus te abençoe sempre e sempre. Capítulo especialmente dedicado a você <3 PriscilaSouza714
♕
Remexo-me desconfortável e sorrio ao sentir os braços agarrando minha cintura. Abro meus olhos e sorrio novamente ao encontrar Camily dormindo toda agarrada a minha cintura, como Zepp, que por falar, me abandonou para ficar com Lizzie.
Camily passou mal durante e eu me ofereci para cuidar dela, agora são três da manhã e ela está melhor, sem febre e pelo visto sem dor. Jogo a coberta para o lado e saio com cuidado da cama para não a acordar. Cubro-a e lhe dou um beijo demorado em sua testa.
— Durma bem, querida. — Sussurro acariciando seus cabelos.
— Eu te amo, Ana. — Camily sussurra em meio ao sono e meu coração se aquece.
— E eu amo você.
Afasto-me sorrindo e caminho para fora do quarto, dou uma olhada nas outras meninas e meu coração se aperta por um motivo idiota. Há algo faltando aqui e, por mais que me doa, eu não posso mudar as coisas agora. Não depois de cometer tantos erros. Eu sequer sei se vou conseguir mudar o que eu fiz.
Christian é um bom pai, ele cuida das meninas e luta por elas... tudo o que ele passa com Lúcia, é apenas por elas.
Balanço a cabeça e sorrio quando me vejo parada no meio do corredor perdida em pensamentos, então decido ir atrás de Christian. Eu não sei aonde fica o quarto dele, ou qualquer coisa nessa casa, ele pediu que eu ficasse e só esqueceu de me mostrar o lugar.
Não preciso procurar muito, quando chego a sala o encontro ao celular. Ele está de costas, usando apenas uma calça de moletom e com meias nos pés. Aproximo-me sem ser notada e o envolvo sua cintura com os meus braços. Viro meu rosto e o colo em suas costas nuas inalando o seu cheiro tão confortador.
Seus braços repousam sobre os meus e de alguma forma eu sei que ele está sorrindo.
— Como ela está?
— Dormiu. — Sussurro um pouco sonolenta. — Eu também.
— Bichinha dorminhoca.
Christian se vira e me encara, enquanto minhas mãos permanecem em sua cintura, ele segura meu rosto e fica me encarando de forma profunda. Eu amo isso, amo a forma como ele me olha e sorri para mim. Eu nunca senti isso antes e me assusta, é como um sonho ou talvez um pesadelo.
— O que você tanto pensa?
— Eu estou... assustada. — Sussurro forçando um sorriso. — Longe de casa... o meu pai voltou. É tudo tão confuso. Eu estou apavorada, Christian, tenho andado tão bem, tão feliz. Eu morro de medo de ter uma recaída... de ter que ficar longe de você. Eu te amo tanto.
