Grace é parece assustadora, assim como seu marido Raymond, padrasto de Christian e Elliot. Mas os dois são pessoas completamente adoráveis, o que me assustou foi a revolta de ambos enquanto xingavam Lúcia e o pai de Christian. Os dois estavam revoltados e mamãe e papai também estavam; brigando com Christian e até eu levei bronca por deixá-lo.
Eu senti que tinha sete anos novamente, foi horrível e engraçado, mas tudo está mais tranquilo. Mamãe, Mirelle, Mia e Mary estão com as meninas lá em cima e até mesmo Taís foi. Por mais raiva que ela ainda esteja sentindo de Camily. Admiro isso, mas prefiro ainda não me aproximar.
Estou na sala, ao lado de Christian, com Elliot, meu irmão e meus cunhados. As crianças estão brincando pela casa, fazendo muito barulho. Emma está com Grace, a sua nova vovó, como ela mesma disse. Como essa menina consegue ganhar o coração das pessoas assim? Ela é uma monstrinha.
— Ela não é tão ruim. — Christian sussurra no meu ouvido e eu sorrio.
— Sua filha é adorável, Ana. — Grace murmura enchendo Emma de beijos.
— Mais uma para mimá-la. — Christian diz rindo.
— Eu não sou mimada, papai.
— É sim! — Lizzie exclama correndo para os braços de Raymond. — Vovô, brinca com a gente.
— Ah, mas eu não perderia uma brincadeira com vocês por nada no mundo. Vamos, Emma, vamos brincar.
Emma revira os olhos, mas corre com Ray e Lizzie para se juntar as outras crianças. Olho para Grace e ela balança a cabeça sorrindo.
— Ele é um bom homem. — Diz com orgulho. — Foi minha paixão do colégio, mas eu acabei ficando com Carrick. Sorte de reencontrar Raymond a tempo.
— Viu só, Elliot? Você deveria seguir o exemplo da sua mãe. — Provoco e ele semicerra os olhos para mim.
— Exemplo?
— Elliot tem uma paixão do colégio. — Christian brinca. — Ou ele era a paixão do colégio, por mais estranho que possa ser.
— E quem é a garota?
— Ana, a mamãe está te chamando.
Todos viramos a cabeça e encaramos Kate parada na escada, ela faz uma careta e para seu olhar em Elliot.
— Acho que acabei de descobrir. — Grace murmura sorrindo.
— Eu vou ver o que minha mãe quer. — Digo rindo.
Assopro um beijo para Christian e corro para as escadas, Kate segura minha mão e nós subimos correndo, rindo baixinho. Vamos para o quarto de Camily e eu congelo na porta ao vê-la sentada na cama, pálida e com os olhos arregalados. Ela está puxando o ar com força, as lágrimas escorrem pelo seu rosto e ela segura firmemente a mão da minha mãe.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Meu Pequeno Ponto Seguro
FanficApós uma vida infeliz, que começou ainda na infância com a partida do seu pai e o buraco que sua ausência causou, Anastásia se isolou do mundo, encolhendo-se em uma bolha de sofrimento que parecia que iria durar pela eternidade. No auge da dor, cans...