Após uma vida infeliz, que começou ainda na infância com a partida do seu pai e o buraco que sua ausência causou, Anastásia se isolou do mundo, encolhendo-se em uma bolha de sofrimento que parecia que iria durar pela eternidade. No auge da dor, cans...
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Emma está andando radiante pelo shopping, está correndo na minha frente e eu só consigo olhá-la e sorrir. A atenção de quase todos está sobre ela, a garotinha dançante no meio do shopping. Eu não acredito que fiquei tanto tempo sem isso, sem ela. Nesse pouco tempo em que estamos juntas, eu já não consigo imaginar minha vida sem ela.
— Me desculpe, senhor. — Ouço Emma dizer.
Procuro-a e a encontro caída no chão, ela esbarrou em alguém... alguém não. Elliot! Aproximo-me e cruzo meus braços enquanto Elliot ajuda Emma a levantar. Ele ajoelha na frente dela e bate a mão na calça da pequena, para limpar a sujeira.
— Olha só, se não é a minha garota. — Elliot murmura e eu reviro os olhos. — Essa garotinha é sua?
— Talvez. — Sussurro encolhendo os ombros.
— Talvez?
— Mamãe, do que você está falando? — Emma pergunta e Elliot me olha pasmo.
— Você tem uma filha?
— Talvez. — Sussurro e acabo rindo. — Elliot, essa é a Emma. Querida, esse é Elliot.
— Elliot é o cara que a tia Kate odeia?
— Ah, não, até você? — Elliot pergunta fazendo Emma rir. — A sua tia é maluca.
Reviro os olhos e me curvo pegando Emma no colo, enquanto Elliot ainda me olha chocado.
— Você nunca disse que tinha uma filha.
— Só as pessoas da família sabem. — Sussurro encolhendo os ombros. — Ela não morava comigo.
— Olha só, que surpresa, não é mesmo?
— Talvez.
— Engraçadinha.
Apenas encolho os ombros, tentando não pensar nele. Até Elliot me lembra ele, isso é ridículo.
— Eu soube sobre você e Christian... — Elliot sussurra. — Ele é um idiota, mas está sofrendo.
— Ah, então esse é o nome dele. — Emma murmura e eu arregalo os olhos. — Eu sabia que tinha alguém que deixava a mamãe pensativa.
— Ela é esperta, não é?
— Muito.
— Parece alguém que eu conheço.
— Eu não tenho a menor ideia do que você está falando, Elliot.
— Sei. Ei, Emma, você quer tomar um sorvete comigo?
— Mamãe, eu posso?
— Pode... — Sussurro sem conseguir negar, não quando ela está com os olhinhos brilhando.
Elliot me dá um sorrisinho vitorioso e pega Emma dos meus braços, no momento que ele se vira com ela vejo alguém tirar uma foto nosso. Mas quando abro a boca para contestar, eu apenas deixo acontecer. Eu não tenho que fingir nada agora, Elliot e eu somos amigos, não há nada o que esconder.
